O mais grave é o questionamento suscitado pelos salários faraônicos pagos pelo TCE a uma parcela dos seus servidores. “Como foram feitos os cálculos que levaram a esses salários? Por que a diferença salarial entre servidores do mesmo nível e com o mesmo tempo de serviço?”, questiona uma das fontes do blog. “Como chegaram a salários superiores a R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$ 40 mil, pagos a alguns dos servidores, se outros, contemporâneos desses privilegiados, não chegam a ganhar R$ 8 mil?”, reforça a fonte, previsivelmente protegida pelo anonimato. A revelação que se segue é emblemática do despautério institucionalizado, que trata iguais com desigualdades. “O que se sabe, aqui no TCE, é que muitos desses privilegiados chegaram a esses salários absurdamente elevados mediante portarias ou resoluções claramente direcionadas para beneficiá-los, o que é ilegal”, sublinha uma das denúncias feitas ao Blog do Barata.
Fontes do TCE revelam ainda que a maioria dos beneficiários de salários faraônicos ingressou no tribunal sem concurso público. Alguns obtiveram estabilidade porque contavam cinco anos de serviço a quando na promulgação da Constituição Federal de 1988. Outros são janelados, que ingressaram no tribunal entre 1983 e 1988. Os salários que embolsam são tão absurdamente elevados que sequer a aplicação do redutor constitucional é capaz de torná-las compatível com a realidade do mercado, particularmente em se tratando do conjunto dos servidores públicos estaduais. “Mesmo assim, muitos deles ingressaram com ações judiciais contestando a aplicação do redutor constitucional”, acentua um servidor do tribunal.
Da farra salarial do TCE, que dilapida o erário e onera o contribuinte, é igualmente beneficiário um expressivo contingente de aposentados do tribunal. “É gente que recebe aposentadorias muito acima daquelas pagas aos pobres mortais. Todos ingressaram no tribunal sem concurso público e são parentes de ex-conselheiros. É só acessar a lista de inativos”, relata um dos autores das denúncias feitas ao blog. “A turma do bem-bom, citada nesta denúncia, está sonhando com essas mesmas gordas aposentadorias”, ironiza servidor ouvido pelo blog. E arremata: “Estamos reunindo provas, para encaminhar ao Ministério Público Estadual, de forma que este apure a legalidade dos atos que beneficiaram alguns privilegiados com salários superiores aos de presidente, governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal.”
6 comentários :
Barata
De uma olhada no Portal Transparencia do governo do Pará.
Veja lá as remunerações da Procuradoria Geral do Estado-PGE, Secretaria de Estado da Fazenda-SEFA, Defensoria Publica do estado do Pará.
Os Procuradores do Estado-PGE, Auditores-Fiscais-SEFA
Defensores Publicos não ficam atras dessas turmas dos Tribunais TCE,TCM,TJ.
É so Maraja!!!
Enquanto isso, o povo massacrado com tanto imposto prá manter a boa vida dessa corja e seus rebentos, não tem direito nem a uma vaga digna nos presídios. Estão todos superlotados, e pegando porrada a torto e a direito comandadas pelos policiais militares maçanetas que vivem dando de encontro nos corredores daquele órgão.
Ei das 18:26
Tem uma diferença grande dos Procuradores do Estado e Auditores-Fiscais da SEFA para essa turma do TCE e TCM.Procuradores e Auditores são concursados.Não apaniguados como esse povo do TCE.
O concurso é a maneira correta e justa de ingreso no serviço público. Janelados RA-RE-RI-RÓ-RUAAAAAAAAAAA.Entendeu agora ou quer que eu desenhe? Vão estudar. tiveram pai rico para bancar tudo e agora estão aí tirando o lugar de gente estudiosa e honesta. Larga o lugar que não te pertence. RRRUUUUUUAAAAAAAAA!
Aguardem o resultado desse concurso no tce, e observem os sobrenomes. Devem ser só rebentos das otoridades.
O Governo do Pará já disponibilizou no portal Transparencia Pará as relações com nome, cargo e remuneração de todos os servidores do executivo estadual, órgão a órgão, seja secretaria de Estado, fundação, autarquia ou agência reguladora.
Informações que chegam a surpreender. Com essas informações, dá para saber quem ganha bem e quem realmente ganha mal.
Em 1º lugar, com as melhores remunerações, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Ou seja, os procuradores do Estado, auditores fiscais e fiscais de receitas são as carreiras e categorias mais bem remunerados do Executivo estadual.
Em 2º lugar neste ranking, Consultoria Geral do Estado, Defensoria Pública. Obs: essas carreiras e categorias não deixam em nada a desejar à magistratura.
Em 3º lugar, Polícia Civil (delegados). Obs: a diferença remuneratória dos antigos delegados para os novos são grandes. A diferença está na incorporação de DAS pelos delegados em fim de carreira, situação que os novos não tem.
Eu tinha ideias equivocadas dessas realidades financeiras dos servidores estaduais, pensava que os fiscais da Sefa tinham salários de 3 ou 4 mil reais. Lerdo engano, quem ganha esses pequenos salários são os servidores de apoio administrativo e operacional da Sefa e os agentes e fiscais da Adepará, que, convenhamos, são baixos salários para a importância do trabalho da Adepará em nosso Estado. O pessoal da Sefa, na verdade ganha, ganha mais que os da Receita Federal.
Em último lugar, com as piores remunerações: Secretaria de Educação (Seduc), e Policia Militar. As baixas remunerações são gerais. Na Seduc, de servente a professor ganha pouco; na PM não é diferente, de soldado a coronel a situação é feia.
Os altos salários dos oficiais, coroneis acabaram. Algumas leis mudadas no Estado causaram isso, como o fim das incorporações dos famosos DAS. Eles passam para reserva agora apenas com o soldo da patente. Quem tem direito adquirido, se beneficiou, deu sorte, já os policiais militares dessas últimas e novas gerações perderam essas vantagens.
Obs.: a diferença dos valores remuneratórios de uma patente para outra é muito pouco.
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