O estopim para a intervenção na seccional do Pará - por decisão do Conselho Federal, por 22 votos a quatro, algo sem precedentes na história da OAB – foi uma nebulosa transação, articulada por Jarbas Vasconcelos do Carmo, envolvendo Robério Abdon D’Oliveira (foto, à dir.; à esq., Jarbas Vasconcelos do Carmo), conselheiro e amigo pessoal do presidente da Ordem no Pará. As suspeitas de falcatruas foi suscitada pela venda de um terreno doado à subseção de Altamira, pela prefeitura do município, e que seria adquirido - em uma nebulosa transação, costurada à margem da legalidade - por R$ 301 mil, por Robério Abdon D’Oliveira, conselheiro e amigo pessoal de do Carmo.
O imbróglio ganhou tinturas grotescas diante da falsificação da assinatura do vice-presidente da OAB Pará, Evaldo Pinto, por ele próprio denunciada, o que acabou por abortar a venda do imóvel, por decisão do conselho seccional. A crise de credibilidade na qual submergiu do Carmo levou 23 dos 34 conselheiros, a se licenciarem, nesse elenco figurando três dos cinco diretores.
Teve um efeito devastador, para do Carmo, o silêncio de Robério Abdon D’Oliveira, o conselheiro que compraria o terreno cuja venda acabou abortada, diante da pergunta que não quer calar. Na reunião do conselho seccional, para debater o imbróglio, dois ex-presidentes da OAB Pará, Sérgio Couto e Angela Sales, esta avalista eleitoral da candidatura de do Carmo, indagaram mais de uma vez a Robério Abdon D’Oliveira, sem obter resposta, se ele abriria mão do seu sigilo bancário. A indagação traduziu, subliminarmente, a suspeita suscitada pela transação abortada, de que Robério Abdon D’Oliveira serviria, em verdade, de laranja para Jarbas Vasconcelos do Carmo, o do Carmo. Setores da OAB suspeitam que o real comprador do terreno seria o próprio Jarbas Vasconcelos do Carmo, valendo-se, para tanto, de Robério Abdon D’Oliveira.
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