segunda-feira, 21 de agosto de 2017

MPE – Exonerado por imposição do CNMP, Medrado arma circo midiático, omite erro crasso e poupa Neves



Medrado: circo midiático, erro omitido e empenho em poupar Neves,...

...ao mesmo tempo que estimula o linchamento político de Martins.

Como exigir que o fiscal da lei deixe de cumpri-la? Esta é a pergunta que não quer calar, diante da tentativa de satanização do novo procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente Martins, na esteira do circo midiático armado pelo procurador de Justiça Nelson Medrado, por ter sido exonerado da coordenação do NCIC, o Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção, do MPE, o Ministério Público Estadual. Ele foi defenestrado por estar respondendo a um PAD, Processo Administrativo Disciplinar, impedimento para permanecer na função, de acordo com a resolução nº 160 do CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, de 14 de fevereiro deste ano, que Martins - o primeiro promotor de Justiça a comandar o MPE - apenas cumpriu, em um ato de ofício, do qual não poderia se eximir. Medrado omite que deu causa ao PAD, ao incorrer em um erro crasso, ao ajuizar uma ação civil pública, por improbidade administrativa, contra o governador Simão Jatene (PSDB), sem delegação de poderes para tanto, como exige a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Ministério Público. Como omite que o ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, do qual ironicamente é fiel escudeiro, deixou de fornecer-lhe em tempo hábil a indispensável delegação de poderes, só concedida cinco dias antes de deixar o cargo, como retaliação por não ter conseguido fazer seu sucessor, César Mattar. Mais que isso, Medrado omite que foi a trapalhada protagonizada por ele e Neves que resultou na impunidade de Jatene, excluído do processo exatamente porque o então procurador-geral de Justiça manteve-se silente, sobre a delegação de poderes, quando convidado a se manifestar nos autos.

O que choca, no imbróglio da exoneração do ex-coordenador do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção, é a postura de Medrado, que claramente vale-se do capital de credibilidade acumulado, no rastro da imagem de xerife da moralidade pública, para promover uma repulsiva tentativa de manipulação da opinião pública. Em lugar da autocrítica, pelo erro crasso no qual incorreu, e da crítica pela omissão dolosa de Neves, ele optou por estimular a versão, disseminada por obtusidade e/ou má-fé, segundo a qual, ao exonerá-lo, Martins - reconhecidamente um profissional competente e probo, com marcante atuação no CNJ, o Conselho Nacional de Justiça - estaria pagando a fatura por ter sido nomeado procurador-geral de Justiça, apesar de ter sido o segundo mais votado da lista tríplice, com 143 votos, contra os 214 votos obtidos por Mattar, favorecido, convém lembrar, pela acintosa utilização da máquina administrativa. O procurador de Justiça exonerado cala-se, convenientemente, sobre uma evidência solar: ele foi o algoz de si mesmo, ao ajuizar uma ação contra o governador sem a indispensável delegação de poderes, sendo conduzido ao cadafalso justamente por seu amigo de longas datas, Marcos Antônio Ferreira das Neves, que manteve-se dolosamente silente todas as vezes que foi provocado a se manifestar sobre a delegação de poderes da qual dependia seu fiel escudeiro. Medrado também omite que não foi expurgado do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e Corrupção, mas apenas afastado da coordenação, por imposição da resolução nº 160 do CNMP. A exoneração, diga-se, era apenas uma questão de calendário e ele teve conhecimento prévio dela, tanto assim que, diante da resolução nº 160 do CNMP, chegou a ir a Gilberto Valente Martins, após a posse do novo procurador-geral de Justiça, para saber quem deveria substitui-lo. O novo coordenador do NCIC, Alexandre Couto Neto, diga-se também, é um promotor de Justiça de competência, probidade e experiência reconhecidas, a exemplo de Domingos Sávio Alves de Campos, incorporado a equipe, formada por Medrado e presumivelmente da confiança dele, convém sublinhar.

9 comentários :

Anônimo disse...

Perfeito. É isso mesmo que está acontecendo. Ele deveria ser o primeiro a reconhecer seu erro disciplinar. E também o primeiro a defender o atual PGJ esclarecendo que o mesmo só estava cumprindo norma do CNMP. Aliás a função é de confiança do Chefe do MP ele poderia e pode nomear e exonerar quem ele bem entender.

Anônimo disse...

Texto fraco, uma vez que repete várias vezes a mesma coisa.

Anônimo disse...

É estranho o PGJ anterior ter se "omitido" sobre essa circunstância. Da ta vênia, muitas são as improbidades cometidas por esse atual governo.

Anônimo disse...

Perguntar nao ofende. Perguntei muitas vezes e gistaria de saber: qual o resultado concreto das midiáticas investigações do "único impoluto" do MP deste estado. Quantos foram condenados por denúncias dele? Quanto dinheiro público roubado foi recuperado a requerimento dele?

Anônimo disse...

Tem coisa que nem repetindo mil vezes não entra na cabeca dos asseclas. Não vê o caso do Lula e seus cúmplices?

Anônimo disse...

Anonimo de 21.08 de 13:29. Só um mentecapto como vc pode falar tanta bobagem. Quem condena e o juiz e não o procurador. Vai estudar antes de falar!

Anônimo disse...

Tem algo MUITO Estranho no AR.

Anônimo disse...

Independente de Omissão, Erros, Corporativismo e Tráfico de Influência o que está acontecendo em Nosso País, Estado e Municípios é a IMPUNIDADE de Muitos Cidadãos(Politicos e Não Políticos), que deixam a Sociedade indignada.

Anônimo disse...

Na realidade vão fazer de Tudo para NÃO mexer com o Governador e deixar seu Filho Beto Jatene Livre para concorrer a uma Vaga na ALEPA.

2018 tá chegando e os Candidatos de Primeira Viagem já Estão aparecendo é em Patrocínio, Aniversários e Movimentos.

Não é Verdade Beto Jatene e Paula Gomes (Irmã do Prefeito de Salinopolis)