Janaina Paschoal: advertência sobre os perigos da intolerância. |
O discurso do
ódio, historicamente incorporado pelo PT, célebre por satanizar todos aqueles
que a ele se opõem, ganha sua versão à direita com Jair Bolsonaro e sua agenda
permeada pela intolerância, com um cinismo afrontoso. Cinismo que o faz negar
como golpe a deposição do presidente João Goulart, em 1964; recusar-se a
admitir o caráter arbitrário e truculento do regime dos generais, que perdurou
de 1964 a 1985; desconhecer que o regime militar violou as instituições
democráticas, cassou direitos políticos, exilou adversários, perseguiu,
prendeu, torturou e assassinou presos políticos, como ilustram as mortes do engenheiro
e político Rubens Paiva, do operário Manoel Fiel Filho e do jornalista Vladimir
Herzog, algumas das mais conhecidas vítimas dos tenebrosos porões da ditadura
militar.
E ninguém mais
autorizada a constatar essa intolerância cultivada por Bolsonaro e seu séquito que
a advogada Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidente
petista Dilma Rousseff. Cogitada para vice na chapa do capitão, a advogada
acabou por declinar do convite, alegando motivos familiares. Na convenção do
PSL que sacramentou a candidatura de Bolsonaro, Janaina advertiu seus
apoiadores sobre os perigos da tentação totalitária. "Não se ganha eleição com pensamento único. Não se
governa uma nação com pensamento único. Os seguidores, muitas vezes, do
deputado Jair Bolsonaro têm uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente
uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas.
Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário", salientou Janaína.
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