domingo, 5 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018 – Os perigos da intolerância

Janaina Paschoal: advertência sobre os perigos da intolerância.


O discurso do ódio, historicamente incorporado pelo PT, célebre por satanizar todos aqueles que a ele se opõem, ganha sua versão à direita com Jair Bolsonaro e sua agenda permeada pela intolerância, com um cinismo afrontoso. Cinismo que o faz negar como golpe a deposição do presidente João Goulart, em 1964; recusar-se a admitir o caráter arbitrário e truculento do regime dos generais, que perdurou de 1964 a 1985; desconhecer que o regime militar violou as instituições democráticas, cassou direitos políticos, exilou adversários, perseguiu, prendeu, torturou e assassinou presos políticos, como ilustram as mortes do engenheiro e político Rubens Paiva, do operário Manoel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, algumas das mais conhecidas vítimas dos tenebrosos porões da ditadura militar.
E ninguém mais autorizada a constatar essa intolerância cultivada por Bolsonaro e seu séquito que a advogada Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff. Cogitada para vice na chapa do capitão, a advogada acabou por declinar do convite, alegando motivos familiares. Na convenção do PSL que sacramentou a candidatura de Bolsonaro, Janaina advertiu seus apoiadores sobre os perigos da tentação totalitária. "Não se ganha eleição com pensamento único. Não se governa uma nação com pensamento único. Os seguidores, muitas vezes, do deputado Jair Bolsonaro têm uma ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas. Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário", salientou Janaína.

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