Emanoel Loureiro, diretor de "Covato - Desenterre seus segredos", o curta do Pará selecionado para o Festival Internacional de São Paulo. |
Ao lado de “Xiña Bena”, de Dedê Maia, do Acre,
“Covato – Desenterre seus segredos”, dirigido pelo cineasta paraense Emanoel Loureiro,
que é também publicitário, foi um dos dois únicos filmes da região Norte
selecionados para o 29º Festival Internacional de Curtas Metragens
de São Paulo, iniciado nesta quarta-feira, 22, e que se estenderá até 2 de
setembro. O curta de Emanoel Loureiro foi selecionado dentre 3.630 filmes do
mundo todo inscritos para o festival, um dos mais importantes do país, com
sessões em um vasto leque de salas da capital paulista. Com o tema “Em busca do
tempo de agora”, a 29º edição da mostra privilegia curtas abordando temas como a
imigração e nova vida dos refugiados; o feminismo e a luta diária das mulheres
por direitos iguais; a homossexualidade e a transexualidade; o empoderamento de
minorias; e o preconceito racial.
“Recebo com muita alegria a seleção do
curta, porque serve para valorizar os talentos paraenses e também para dar
visibilidade ao nosso cinema regional”, assinala Emanoel, um santareno que cultiva
com orgulho suas raízes. Ele é diplomado em cinema pela New York Film Academy, onde
deu substância a uma paixão estimulada na própria família. De ascendia
portuguesa, seus pais, Raul e Laura Loureiro, durante muito tempo administraram
os cinemas Olympia e Cinerama, uma tradição familiar com mais de 80 anos. Por
isso, embora desdobrando-se em projetos em Belém, em Portugal e nos Estados
Unidos, sua referência prioritária é o Pará. “Participar de mostras e
competições no Brasil e no exterior é o nosso maior objetivo, porque isso
permite dar visibilidade aos profissionais da região, viabilizando novas
oportunidades aos atores e técnicos paraenses, evidenciando ainda as belezas e
riquezas da terra”, assinala o diretor de “Covato – Desenterre seus segredos”,
cuja filmografia inclui “Meu Tempo Menino”, apontada como a primeira obra
cinematográfica genuinamente santarena.
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