quarta-feira, 11 de maio de 2016

UFPA – Em clima de golpe legitimado pelo Consun, reitor antecipa sucessão para emplacar o seu candidato

Carlos Maneschy, reitor da UFPA, maestro do golpe: gestão opaca e...  
...sucessão antecipada, para fazer de Emmanuel Tourinho o sucessor.

Sob o manto do corporativismo, que historicamente blinda seus corruptos e corruptores e serve para escamotear as mazelas éticas da instituição, a UFPA, a Universidade Federal do Pará, vive a prematura eleição do seu novo reitor sob uma atmosfera de golpe. A trama é ironicamente legitimada pelo Consun, o Conselho Universitário, pretenso reduto de supostos notáveis, alguns dos quais aguerridos militantes pró-Dilma Rousseff, capazes de vislumbrar um golpe parlamentar no impeachment, mas que despudoradamente patrocinam ou coonestam o golpismo em marcha no âmbito da universidade. No epicentro do imbróglio figura o atual reitor, Carlos Maneschy, que protagonizou uma gestão opaca – ao contrário do seu antecessor, professor Alex Fiúza de Mello – e cuja biografia, além de títulos acadêmicos, inclui indícios de improbidade administrativa, tornados públicos por Luiz Acácio Centeno Cordeiro, seu sucessor na Fadesp, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, mas devidamente varridos para debaixo do tapete, na esteira do esprit de corps universitário. Pré-candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, sob o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará, Maneschy decidiu antecipar a sua sucessão, atropelando o Estatuto e o Regimento Geral da UFPA, ao convocar eleições, sem que ele e seu vice, Horácio Schneider, tenham renunciado. Segundo denunciou a Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, pelos artigos 20 do Estatuto e 74 do Regimento Geral, em caso de vacância simultânea dos cargos de reitor e de vice-reitor, assume a reitoria o decano do Consun, ao qual caberá convocar novas eleições.

O golpe tramado pelo atual reitor é explicado, na versão corrente, pelo empenho de Maneschy em emplacar como sucessor seu candidato, Emmanuel Zagury Tourinho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, valendo-se para tanto da máquina administrativa. Psicólogo, Tourinho teve sua imagem tisnada pelas acusações de protagonizar um constrangedor conflito de interesses, ao comandar a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação quando era beneficiário de uma bolsa de produção de pesquisa. “No mundo real, sabe-se que é humanamente impossível conciliar decentemente as responsabilidades do cargo de pró-reitor com as atividades de pesquisa”, observa uma fonte da própria UFPA. Seja como for, a candidatura de Tourinho, do qual é vice Gilmar Silva, aparentemente decolou e o pró-reitor de Pesquisa e Pós Graduação desponta, hoje, como o franco favorito, devido o declarado apoio do atual reitor. Maneschy, inclusive, não teve maiores pudores em atropelar as pretensões de outro auxiliar, Edson Ortiz de Matos, pró-reitor de Administração, que lançou-se candidato a reitor, tendo como vice Mauro de Amorim Acatauassu Nunes. Figurar na equipe do atual reitor e ser por este preterido, como candidato à sua sucessão, obviamente fragiliza a candidatura de Ortiz, a despeito dos méritos que possa ostentar.

16 comentários :

Anônimo disse...

O reitor Maneschy marcou a segunda data para deixar o cargo, seria dia 12, agora é no dia 17, com uma festa de despedida com direito a uns discursos de pessoas escolhidas da comunidade.
O que faltou pra fechar sua saída - se é que ele sai mesmo nesse dia!? - é a inauguração de obras. Sim, claro! Todo político adooooora inaugurações! Mas, tá difícil encontrar uma que esteja 100% pronta. Vai "inaugurar" uma reforma no prédio da Faculdade de Odontologia, no Campus da Saúde. Isso pra ver se consegue arranjar uns votinhos pro seu candidato Tourinho, já que Mauro Acatauassu (vice do professor Ortiz) é de lá!
Tá difícil pro reitor! Ou será que já foi publicada sua exoneração e já é ex-reitor ???

Anônimo disse...

Veja Barata. Os mesmos assessores do Maneschy ocupam os principais cargos da equipe do candidato Tourinho. A máquina continua, com força total!

Anônimo disse...

O Tourinho é o reitor da Reitoria e do ICB!

Anônimo disse...

Prezado Barata,
O reitor Maneschy tem feito uma excelente gestão à frente da UFPA. A instituição cresceu expressivamente em todas as áreas e atividades. É pessoa correta e ética. Por que não pode tentar fazer um sucessor? É legítimo!

Anônimo disse...

Porque isso é uma Universidade. Não se trata de uma quitanda, nem um pedaço de terra que passa de pai para filho.

Anônimo disse...

Fazer seu sucessor não! Ele quer a UFPA ao seu dispor, um curral eleitoral com as porteiras sempre abertas para que vá buscar lá os votos que precisa para suas aspirações políticas.
Ele quer seguir os mesmos passos do ex-reitor Nilson Pinto. Até seus "assessores" de campanha são os mesmos.

Anônimo disse...

Bom dia
Numa quitanda vocês estão transformando a Pró-Reitoria de Administração e o Centro de Ciências da Saúde, de onde seus candidatos a reitor e vice, não saem e tem acionado a máquina para fazer uma campanha rica e de baixo nível. Isso é um desserviço à universidade!

Anônimo disse...

Esse projeto de reitor mano est-ce está querendo pegar carona na esteira do PMDB para se arrumar na vida? A comunidade universitária repudia alianças com políticos reconhecidamente corruptos e passado imundo. Mano est-ce presta atenção com o que aconteceu com os trouxas que se deixaram levar pelos devaneios do ladrão de galinhas.

Anônimo disse...

Se o anônimo das 10:22 diz que a Proad está sendo transformada em quintada. O que podemos dizer da Propesp, o que dizer da Vice-Reitoria e da Editora da Ufpa. Sem contar os campi do interior ligados ao candidato Emmanuel Tourinho e ao atual vice reitor / esposa.

Anônimo disse...

Uma correção, respondi ao anônimo da das 08:20. Além dos mais aos visitas que o candidato Emmanuel faz, o mesmo sempre está acompanhado do vice reitor, da pró-reitora de pesquisa, de diretores de instituto e de servidores todos em pleno horário de expediente, e quem está usando a máquina mesmo???

Anônimo disse...

O Maneschy pensa que engana quem? Com esse papo furado de expansão universitária. A única coisa que realmente cresceu nesses dois mandatos dele fora a conta bancária sua e de seus assessores, ou melhor, pró reitores.

Anônimo disse...

Eu teria muita vergonha na cara de apoiar Tourinho e Maneschy ou qualquer outro candidato a reitoria. São iguais aos políticos de Brasília. Só pensam em meter a mão na grana pública.
O ônibus da UFPA sequer ar condicionado tem, o auditório para central para ser usado deve ser pago, a biblioteca Central tem arcevos defasados e mal conservados, a casa estudantil não fica no próprio campus, há poucos professores no interior, etc.

Anônimo disse...

Penso que cabe uma reflexão séria sobre o fato de que a alternância do poder é necessária. Especilamente, porque como disse um dos anônimos, em outras palavras, a reitoria não é uma monarquia que passa de pai pra filho. Não é o gestor atual que deve escolher o próximo reitor, mas a comunidade universitária. Me encomoda saber que o atual reitor não quer alternância de poder, mas eternizar-se como reitor por meio de Tourinho. Eles são cúmplices vergonhosos de um acordo em que Torinho sabe que parte dos votos que leva, só os leva por conta da interferencia de Maneschy. Por outro lado, Emanuel sabe que por conta desse grande favor, deverá ser rainha da Inglaterra. O atual reitor continuará reitor. Eu pergunto á comunidade acadêmica: é isso que queremos? É por isso que votamos? Para eleger alguém que vai vender, ou já vendeu, a cadeira da reitoria a outrem? Isso me envergonha sobremaneira. Mais ainda quando penso que são os considerados grandes pesquisadores da UFPA que apoiam esse absurdo. Onde está a competência politica desses pesquisadores? Por isso, reafirmo que para ser reitor não basta ter um competência académica e ser desprovido da política. Ainda há tempo para mudarmos isso. Espero que consigamos. Há muito em jogo. No caso de eleito, Tourinho noa vai governar, mas Maneschy e aqueles a quem ele se aliou recentemente. Os que agora tambem andam mandando lá por Brasilia.

Anônimo disse...

Esses caras que criticam o Reitor são todos eleitores do Vera. O Reitor fez uma ótima administração, agora é a hora de sair. Outra coisa, qual mal tem o grupo a que ele pertence escolher um candidato para a sucessão !!!!!!! tem alguma ilegalidade nisso ???? Chupem seus ptista e psolistas e etc...

Anônimo disse...

Maneschy não fez uma administração opaca. Pode não ter atendido por completo a todas as demandas (sempre gigantescas) da UFPA, mas sempre agiu e não se escondeu - como já vimos por aqui - no prédio da Reitoria.
Como funcionário da UFPA, ele tem o direito e dever de ter seu candidato e apoiá-lo, assim como qualquer técnico, professor e aluno da Universidade. Se omitir seria uma atitude completamente avessa ao comportamento do reitor.
Emmanuel Tourinho, sem dúvida, não será a "rainha da Inglaterra". É, no mínimo, imoral esta afirmativa. Emmanuel é o preferido da comunidade acadêmica em virtude de seu trabalho à frente da Propesp, pró-reitoria de maior destaque da atual gestão (que contou com a participação - aí sim opaca - de alguns dos outros candidatos), com avanços indiscutíveis e gestão de excelência do seu pró-reitor. Não será um fantoche. Sua atuação honesta e competente e o bom relacionamento com todas as categorias faz de Emmanuel o melhor dos candidatos à Reitoria e, certamente, o mais gabaritado e preparado para comandar a UFPA.

Anônimo disse...

Ter em sua intimidade não é crime, neste caso Maneschy. Porém, financia-lo e ser cabo eleitoral e Tourinho se configura como CRIME. Fere o princípio da legalidade, moralidade e imparcialidade que permeiam o serviço público.