Os candidatos a reitor: Ortiz, Pedreira, Weil e Vera são os azarões. |
À margem do
calor oficial, que tem como beneficiário Emmanuel Zagury Tourinho e do qual
acabou órfão Edson Ortiz de Matos, ambos
pró-reitores e identificados com a administração do atual reitor, Carlos
Maneschy, emergem outras candidaturas a reitor, algumas de viés oposicionista,
com previsíveis diferenças de grau. Nesse elenco figuram Erick Pedreira, do
qual é vice Hito Braga; João Weil, que tem como vice Armando Lírio; e Vera Lúcia
Jacob Chaves, cuja vice é Sandra Cruz. Tratam-se, por assim dizer, de
respeitáveis azarões, cujas chances podem eventualmente ser turbinadas,
dependendo do nível de rejeição da comunidade acadêmica aos laços que hoje atam
Maneschy ao senador Jader Barbalho. O manda-chuva do PMDB no Pará, Barbalho é
estigmatizado não só pela pecha de corrupto, associada ao seu nome, mas também
pelo desdém às amarras ideológicas caras aos setores mais à esquerda da UFPA.
Os notórios vínculos do atual reitor com o morubixaba peemedebista fatalmente
contaminam a imagem de Emmanuel Zagury Tourinho, o candidato
chapa-branca à reitoria da universidade.
No elenco de nomes que se contrapõem ao candidato de Maneschy
destaca-se o de Vera Jacob, identificada com o PSol, o Partido Socialismo e
Liberdade, que tem origem em uma dissidência do PT e surge na esteira do
mensalão, o propinoduto com o qual o governo do ex-presidente Lula garantia –
com dinheiro público – o apoio parlamentar aos projetos de interesse do Palácio
do Planalto. No Pará, o PSol tem como principal liderança o deputado federal
Edmilson Rodrigues, ex-prefeito de Belém, eleito e reeleito pelo PT e
pré-candidato à Prefeitura de Belém nas eleições de outubro próximo. Além do
aval do PSol, a favor de Vera Jacob, dizem, conta o apoio de setores da Adufpa
e do Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de
Ensino Superior no Estado do Pará, aos quais se soma a atual direção do
Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, uma
entidade que tem cerca de 22 mil associados e cuja receita anual é estimada em
R$ 12 milhões. A atual direção do Sintepp está sob a suspeita de corrupção, na
esteira do aparelhamento do sindicato pela APS, Ação Popular Socialista, tendência
do PSol, suscitada por denúncia protocolada no MPE, o Ministério Público do
Estado do Pará. Um dos coordenadores gerais do Sintepp, Alberto Ferreira de
Andrade Júnior, o Beto Andrade, é pré-candidato à Prefeitura Ananindeua pelo
PSol. O outro coordenador geral do Sintepp, Mateus Ferreira, suspeito de
valer-se de falsidade ideológica para cursar o mestrado na UFPA, é assumido
cabo eleitoral de Vera Jacob.
3 comentários :
Vera Jacob é uma mulher difícil. Trata mal as pessoas tem atitudes grosseira e é antipatizada por muitos professores. Não tem nada pra ela nessa eleição. Ela só tá pra aparecer, então usa a tática de bater em todos os candidatos pra dizer que ela é a correta e os outros errados.
Quem tem telhado de vido não joga pedra no telhado do vizinho !
Dessa rapaziada aí não escapa um da nódua da corrupção. Ao final o que desejam é o cargo de reitor para dele fazer sua fonte de enriquecimento ilícito, a exemplo do próprio Maneschy, são "pesquisadores" que não fazem ciência de fronteira.
A menos mal colocada Universidade do Brasil no ranking mundial é a USP, a UFPa nem aparece no ranking. Por que será?
Porque vive um momento lastimável com pessoas inescrupulosas que se preocupam com a grana do governo federal e esquecem a função primeira da Ufpa que é fazer ciência na Amazônia. Rica em biodiversidade, Cultura de raiz, linguas nativas, etc.
Prezado jornalista,
Tenho acompanhado suas postagens, desde quando Maneschy era candidato ao 1o. mandato.
E fico impressionada que mesmo após tantas denuncias nada tenha sido feito por quem é de direito, o MPF.
O agir desses asseclas é tremendamente grave e sabemos que priorizam o continuísmo e estão desgastando a imagem da UFPA, colocando todos no mesmo rol de "pesquisadores corruptos, medíocres" conforme assinalam muitos comentários.
Solicito que estes que comentam, pesquisem mais sobre o que falarão em seus comentários e se embasem para não serem levianos.
O que menos precisamos agora é que os que tentam fazer oposição a essa gente, sejam agredidos, por terem, historicamente, uma posição de luta em defesa da universidade pública, autônoma e democrática. Trata-se de uma luta nacional, encampada pelos que defendem a resistência (nem sempre pacífica, mas também nem sempre antipática) e a existência da educação superior pública, gratuita e de qualidade.
Antes de pensarmos em questões pessoais que levaram este ou aquele a se candidatar, pensemos nos projetos de gestão que cada candidato apresenta. Essa, talvez seja, a atitude mais responsável que devemos tomar nesse delicado momento da UFPA.
Atenciosamente,
Profa. Vânia Alvarez
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