O aforismo segundo o qual políticos só
falam a verdade quando brigam entre si também se aplica às cabeças coroadas da
UFPA, a Universidade Federal do Pará. Isso é o que se conclui do tiroteio
deflagrado pelas postagens do Blog do Barata, no último dia 11, sobre a sucessão
do reitor Carlos Maneschy, prematuramente antecipada pelo Consun, o Conselho
Universitário, na contramão do que determinam o estatuto e o regimento geral da
UFPA e, por isso, com claras tinturas de golpismo, do qual é beneficiário o
candidato chapa-branca, Emmanuel Zagury
Tourinho, até recentemente pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. O leque de
denúncias, a começar pela acusação de que o estatuto e o regimento geral da
universidade foram atropelados, certamente justificam uma intervenção do
Ministério Público Federal.
Pré-candidato a prefeito
de Belém pelo PMDB, sob o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do
partido no Pará, Maneschy decidiu antecipar a sua sucessão, atropelando o
estatuto e o regimento geral da UFPA, ao convocar eleições, sem que ele e seu
vice, Horácio Schneider, tenham renunciado. Segundo
denunciou a Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, pelos artigos 20 do
Estatuto e 74 do Regimento Geral, em caso de vacância simultânea dos cargos de
reitor e de vice-reitor, assume a reitoria o decano do Consun, ao qual caberá
convocar novas eleições. A manobra foi interpretada como um ardil para Maneschy
emplacar como sucessor um títere, valendo-se para tanto da máquina
administrativa, e garantir seu quinhão no atraente feudo eleitoral que é a
UFPA, cujo exacerbado corporativismo protege seus corruptos e corruptores e
escamoteia as mazelas e os desvios éticos da instituição.
Um comentário :
São graves as denúncias que chegaram semana passada na UFPA envolvendo Maneschy e Ortiz em relação à aplicação dos recursos da orla do Campus! Ortiz está inelegíveis perante o TCU os desvios passam de 10 milhões de reais
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