Socorro Medrado, em primeiro plano, e Maria da Conceição Paiva (de azul): amizade que pavimentou a nomeação da assessora no MPE. |
Descrita como farta em deslumbramento
e arrogância, mas parca em substância, de acordo com fontes do próprio MPE
Maria da Conceição Paiva teve como principal avalista, para ser introduzida no
MPE, Nelson Medrado e contra ela pesou, segundo a versão corrente, a duvidosa
habilitação para o cargo para o qual foi nomeada e o claudicante desempenho nas
funções. Emblematicamente, ela foi nomeada a 8 de fevereiro deste ano, pelo
então procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, também
conhecido como Napoleão de Hospício, por sua falta de escrúpulos e
pudores éticos, e que vem a ser amigo, há cerca de 20 anos, de Medrado, seu
fiel escudeiro. A nomeação foi tornada sem efeito, por se dar em período
eleitoral do MPE, mas a queridinha dos Medrado voltou a ser nomeada assessor
especializado de apoio técnico-operacional judicial e extrajudicial, a contar
de 11 de abril de 2017, em 25 de maio último, já pelo atual procurador-geral de
Justiça, Gilberto Valente Martins.
Na época da nomeação de
Maria da Conceição Paiva, Medrado era o coordenador do Núcleo de Combate à
Improbidade e à Corrupção, do qual foi posteriormente exonerado por estar
respondendo a um PAD, Processo Administrativo Disciplinar, impedimento para
permanecer na função, de acordo com a resolução nº 160 do CNMP, o Conselho
Nacional do Ministério Público, de 14 de fevereiro deste ano, que Martins
apenas cumpriu, em um ato de ofício, do qual não poderia se eximir (Leia aqui).
Foi pelas mãos amigas de
Medrado que Maria da Conceição Paiva foi introduzida no MPE, onde embolsava
mensalmente R$ 10.396,11, o dobro do que ganham técnicos efetivamente competentes e de
comprovada dediucação. Com isso, ela deixou para trás os tempos de vacas magras
da extinta Sedurb, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano Regional,
atual Sedop, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras, quando
era obrigada a vender bolsas, para reforçar o orçamento. Na Sedop, onde
permaneceu até maio de 2014, ela foi contratada sem vinculo, com um salário
mensal de pouco mais de R$ 2 mil, segundo revela a página da Transparência
Pará. Foi na extinta Sedurb, atual Sedop, que Maria da Conceição Paiva conheceu
sua fada madrinha, Socorro Medrado, a mulher de Nelson Medrado, que lá aportou enquanto arrastava-se o
contencioso judicial que garantiu-lhe a condição de servidora efetiva da Alepa,
a Assembleia Legislativa do Pará. Na Alepa, Socorro Medrado ganhava pouco mais
de R$ 3 mil mensais e passou a embolsar mensalmente algo em torno de R$ 18 mil,
no rastro de um PCCR, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, claramente
inconstitucional (Leia aqui). O PCCR
da Alepa foi referendado, mediando um arranjo espúrio, pelo ex-procurador-geral
de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, o amigo pessoal de Nelson Medrado
e cuja gestão foi pontuada por recorrentes denúncias de corrupção e malfeitos
diversos (Leia aqui).
6 comentários :
O padrinho da sessora não demonstrou o mesmo empenho e desempenho para manter a sessora, como pra reintegrar a madrinha e pra garantir pra esta os 18 mil de salário.
18 Mil é muita grana. E sem prestar concurso público!
Faz o que na Alepa?
16:29, como todo peixe: nada, nada, nada ...
Muito dinheiro pra não fazer nada. Puxa vida!
Não seria o caso de encaminhar essa situação pro doutor Nelson Medrado? Certamente ele iria resolver rapidinho.
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