segunda-feira, 23 de outubro de 2017

ANA JÚLIA – Edilza, exemplo do patrimonialismo

Edilza Fontes: promiscuidade entre o público e o privado.

Nada mais emblemático da promiscuidade entre o público e o privado, no governo Ana Júlia Carepa, do que a passagem por este de Edilza Joana Oliveira Fontes, a Cuca, professora de carreira da UFPA, comadre da ex-governadora, da qual no passado foi amiga íntima e assessora da mais absoluta confiança. A Fontes foi entregue a Escola de Governo, que ela passou a acumular com o com o PTP, o Planejamento Territorial Participativo, programa capaz de turbinar eventuais pretensões eleitoreiras, porque estreitava os laços com as lideranças municipalistas. Nada parecia capaz de obstaculizar a ascensão da assessora e amiga. Nem seu temperamento explosivo, desagregador, que consolidou sua imagem de casca-grossa, barraqueira, ou a fama de estróina dos recursos públicos, que ela incorporou após sua passagem pela Fumbel, a Fundação Cultural do Município de Belém, no primeiro mandato de Edmilson Rodrigues, então no PT, como prefeito de Belém.
Deslumbrada com o vasto leque de prerrogativas do poder, Edilza passou a alimentar o projeto de sair candidata à Câmara Federal, sobrepondo o PTP a EGPA. Ao alimentar a veleidade de tornar-se deputada federal, Edilza entrou em rota de colisão com o círculo de assessores mais íntimos de Ana Júlia Carepa, capitaneados por Marcílio de Abreu Monteiro, então secretário de Projetos Estratégicos, que é também ex-marido e pai da filha da governadora. Essa entourage já havia definido o nome ungido para chegar à Câmara Federal, com o declarado apoio da governadora Ana Júlia Carepa e turbinado pelo uso da máquina administrativa estadual.

O nome ungido pelo chamado núcleo duro do governo, como candidato a deputado federal, foi o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, chefe da Casa Civil e articulador político do Palácio dos Despachos, também conhecido como Pacheco, em alusão ao personagem de Eça de Queiroz farto em empáfia e parco em realizações. Ao entrar em rota de colisão com Puty, Edilza acabou defenestrada de forma humilhante do governo, no que marcou também o epílogo da longa e estreita amizade com Ana Júlia.

Um comentário :

Anônimo disse...

Tristeza ver essa despreparada assumir cargo público e se olhar para a família vai notar que os brothers metras alhadora são inocentes frente ao brother da school técnica of the state of Açaí.