quarta-feira, 11 de outubro de 2017

TEMER – Strike fisiológico


Um comentário :

Anônimo disse...

A Crise e o Transe Político:

Já está se tornando comum, quase uma regra, ir ao supermercado e ouvir nas filas dos caixas patéticos acusadores do ex-presidente Lula em voz alta (daqueles que certamente integraram aquelas patéticas passeatas embaladas pelo bater das panelas). Digo isso porque já não gozam mais do benefício da dúvida que é possível conceder aos jovens, que nestes tempos tão difíceis também estão no mesmo estado de transe, sem saber direcionar indignação com o festival de roubalheira que impera de norte a sul nos poderes públicos - depois de haverem mobilizado multidões nas ruas por causa de irrisórios aumentos na passagem de ônibus, agora falam em ditadura e - pasmem! até em Bolsonaro! como solução para esses problemas.

Não para mais a descoberta de propinas em malas cheias de dinheiro, propinas em depósitos bancários no estrangeiro, propinas em bolso de paletó, propinas em pedras preciosas, propinas em reformas de imóveis e até propinas com o ouro que deveria ter sido usado somente para dourar as medalhas olímpicas. A cada semana os políticos se superam em criatividade e cinismo. Ouvir pela TV Jáder Barbalho esbravejar no senado federal contra medidas cautelares do supremo tribunal federal, numa clara tentativa de defender a auto-blindagem dos senadores corruptos, deveria chocar a população esclarecida deste país e nunca mais sequer admitir a possibilidade deste senhor se candidatar a algum cargo eletivo pelo Pará - nem ele, nem as ex-mulheres, e nem os filhos. Aliás a cúpula do PMDB, o "quadrilhão do congresso" há muito já devia estar se reunindo no solarium dos presídios federais.

Acabaram-se os partidos e a ideologia, e ficou a corrupção só. A fórmula é simples e funciona muito bem. Empresários ávidos por bilhões de dólares em isenção de impostos e obras superfaturadas, doleiros para fazer a transferência do dinheiro de vultosas propinas e políticos engordando a fortuna pessoal e o caixa 2 do partido; tudo isso sob um manto de "austeridade e modernidade administrativa". É raro vêr governador e prefeito transgredindo a lei de responsabilidade fiscal - eles dão aulas de como respeitar isto metendo os servidores públicos e aposentados num rolo compressor de falsidade ideológica e calote - que diga o eminente professor Simão Jatene. Há vários anos governando o Pará, Jatene consolidou um esquema de centenas de isenções de imposto a empresários da terra - com ou sem publicidade oficial, dinheiro este cujo montante vai a centenas de milhões de reais e que certamente não chegou para que se implantassem melhorias na educação pública e foi pouco, ou sequer apareceu nas contas do estado, para pagar o piso nacional dos professores.

Peço portanto a todos os patéticos acusadores do Lula em filas de supermercado que não ocupem os meus ouvidos com a cegueira politica deles. Espero estar vivo para ver botarem na cadeia o Lula, o Temer, o quadrilhão do congresso e o professor Jatene.