Rubens Cardoso: candidatura turbinada pela máquina administrativa. |
Cesar Matias: candidatura surge como dissidência do grupo hegemônico. |
Augusto Carvalho (à esq.) e Autem Pontes: uma proposta apartidária. |
Conseguir superar a força da máquina
administrativa, turbinada pela recente contratação de 400 servidores
técnico-administrativos, é o desafio a que se propõem os candidatos da oposição
à atual administração, na eleição para reitor da UEPA, a Universidade do Estado
do Pará. A eleição é disputada pelos professores Rubens Cardoso, Cesar Matias e
Augusto Carvalho e o denominador comum dos candidatos é a preocupação em dissociar a figura do governador tucano Simão Jatene
das mazelas da instituição, para não inviabilizar o pretendido aval do Palácio
dos Despachos.
Atual vice-reitor, o engenheiro agrônomo
Rubens Cardoso, da chapa UEPA Sempre,
é vinculado ao CCNT, o Centro Ciências Naturais
e Tecnológicas, e tem o apoio do atual reitor, Juarez Antônio Simões
Quaresma, protagonista de uma gestão apontada como desastrosa. Ele tem ainda o
aval do chefe da Casa Civil do governo, deputado José Megale (PSDB), o que
turbinou a versão de que seria o candidato do governador Simão Jatene, versão
categoricamente desmentida por fontes do Palácio dos Despachos. Sua candidatura
ainda tem o apoio de setores notoriamente fisiológicos identificados com o PT,
o PSol, o PC do B, o PPS e o PMDB.
Formado em educação
física, com doutorado em doenças tropicais, Cesar Matias, vice-diretor do CCBS,
o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, é o candidato pela chapa Muda UEPA, que surge como uma dissidência do grupo
hegemônico, representado pelo atual vice-reitor, Rubens Cardoso. Sua
candidatura foi encampada pelo grupo identificado com Cláudia Hage, a
secretária estadual de Educação, desalojado do comando do CCSE, o Centro de Ciências
Sociais e Educação, na esteira de uma desastrosa manobra política.
Doutor em ciências sociais, Augusto Carvalho
é candidato pela chapa Renova UEPA, cuja peculiaridade é não estar atrelada a
partidos ou facções partidárias, na contramão dos seus adversários e das
tradições históricas da universidade. Para além disso, Carvalho ainda
ostenta outra peculiaridade, que é ostentar um vice atuante, com visibilidade,
o professor Altem Pontes, doutor em física teórica. “O fato de não termos
filiação partidária facilitará o diálogo”, sublinha Pontes, corroborado por
Carvalho.
As chapas de oposição admitem que, por
força do domínio sobre a máquina administrativa, Rubens Cardoso leva vantagem
entre os servidores técnico-administrativos, restando a Cesar Matias e Augusto
Carvalho aplacar a vantagem do adversário em comum. Entre os professores, paira
uma incógnita, na avaliação da oposição, que aposta, porém, em um bom desempenho
entre os alunos. Para efeito de cálculo, o determinante, para o desempenho
eleitoral, é o número de votantes, somado, obviamente, ao percentual de votos
de cada candidato.
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