terça-feira, 29 de novembro de 2011

SEFER – O (suposto) preço da absolvição

Segundo especulações de bastidores, a absolvição do ex-deputado Luiz Afonso Sefer (foto, a quando de sua prisão no Rio de Janeiro, quando esteve foragido), pela 3ª Câmara Criminal Isolada, teria custado ao ex-parlamentar (ex-DEM, hoje PP) algo em torno de R$ 12 milhões. R$ 6 milhões dos quais seriam relativos aos honorários de Márcio Thomaz Bastos, um dos mais respeitados advogados criminalistas do Brasil e que foi ministro da Justiça no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Seu prestígio é tanto, que os eventuais postulantes a uma vaga no STF, o Supremo Tribunal Federal, só ganham o endosso do Palácio do Planalto depois de sabatinados por Márcio Thomaz Bastos.
Médico, mas sobretudo um próspero empresário da medicina, Sefer havia sido condenado a 21 anos de prisão pela juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca, titular da Vara Penal de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém, em 6 de junho de 2010, sob a acusação de ter abusado sexualmente de uma menor, dos 9 aos 13 anos da garota, que nesse período trabalhou e residiu na casa do ex-deputado. A defesa recorreu da sentença para o Tribunal de Justiça do Pará, sendo concedida a época liminar para que o réu aguardasse julgamento do recurso em liberdade.
O relator do recurso de apelação penal, desembargador João Maroja, acatou o argumento da defesa de insuficiência de provas para a condenação do réu. O voto do relator foi acompanhado pelo voto do revisor da apelação, desembargador Raimundo Holanda. O juiz convocado, Altemar da Silva Paes, foi o único a divergir, votando pela manutenção da condenação.

4 comentários :

Osvaldo Cunha disse...

Sr.Jornalista.Esse é um caso típico de clamor público em qurentena , mas não manifesto.Entretanto, voce viu só a repercussão dessa chacina ocorrida em Icoaraci?? - De fato, casos dessa natureza a semelhança do ocorrido com as crianças da escola em Realengo,do menino João Hélio, arrastado que nem um condenado medieval, da menina Izabela jogada para a morte do alto de um prédio por seu Pai, sem dúvidas que ganham repercussão porque tocam no clamor público. Entretanto, passadas a consternação e a indignação,diante desses atos isolados, cometidos por verdugos de sentimentos primitivos e que devem ser exemplarmente punidos, não podemos esquecer de fazer uma reflexão sobre o que motiva isso: A VIOLÊNCIA.E não podemos reduzir a nossa comoção só a esses momentos extremos.Vivemos um ambiente de violência:A violência da Polícia,dos Bandidos, dos pedófilos,dos homens espancadores de mulheres, do sistema de saúde falido que mata na porta dos hospitais,das escolas onde alunos selvagens se agridem e ainda agridem os professores, e enfim,da mídia consumista que dilui um imaginário de violência nas programações das lan hause da vida, cujo jogo preferido da juventude é o da guerra e do confronto. Precisamos insitir na construção de uma cultura de paz.Que saudades do tempo em que as condições materiais da República ainda eram muito precárias, mas o padeiro deixava o pão na porta, o jornaleiro o jornal e o leiteiro o leite, e ninguém ousava pegar. Hoje se fizermos isso até o patio levam.Então, mudou alguma coisa, só o elemento sócio-econômico não pode explicar a violência. Existe um outro fator:a crise de valores morais. Antes, destituidos de condições materiais, mas o que segurava as famílias para não fazer a juventude descambar pra deletência era exatamente isso: os valores morais, raros nesse tempo de audácia.Por isso, urge fazer movimentos para além dos emocionalismo ou parcialismos. Movimentos de engajamento da sociedade por uma cultura de paz que cobre do Estado Brasileiro mais investimento em políticas públicas sobretudo para a juventude,mudanças nos curríuculos escolares com a volta da disciplina Educação, Moral e Cívica, mudanças no código penal, e mudanças no judiciário para afastar da magistratura vendilhões de sentenças, alvarás e habeas corpus, sempre em benefício de bandidos endinheirados.

Anônimo disse...

E os outros 6 milhões foram para pagar quem?

Anônimo disse...

Neste caso, os desembargadores ignoraram decisão do STF que admite o relato da vítima como prova. Aliás, em todas as audiências e depoimentos, acompanhada de psicólogas, a vítima se manteve coerente e mostrou que os fatos aconteceram. Há, ainda, contra o ex-deputado e médico rico, o fato recorrente de que ele teve uma filha com uma menina de 12 anos, tendo engravida-o-a com 11, depois de apanhá-la em uma escola de freiras em Belém. A mãe, hoje com pouco mais de 35 anos mora no Maguary e a filha parece que fez medicina (coisa de folhetim) e trabalha em um hospital do pai, o estuprador.

Anônimo disse...

E agora malha serelepe na academia pelé club, cuidadndo do corpinho.