sexta-feira, 1 de julho de 2016

FARSA ELEITORAL – Estelionato político


BLOG – Após breve pausa, retorno na segunda-feira

Uma breve pausa, para resolver pendências domésticas e fazer companhia ao meu neto mais velho, algo sempre imensamente prazeroso, leva-me a suspender neste fim de semana as atualizações do blog, que retomo na segunda-feira, 4.

UFPA – Em manifesto, Ortiz agradece apoios, reafirma compromissos e deseja êxito para Tourinho e equipe

Ortiz: gratidão a "guerreiros apoiadores e amigos de jornada e de vida".

Em manifesto divulgado nesta sexta-feira, 1 de julho, o professor Edson Ortiz, que polarizou a eleição da UFPA, a Universidade Federal do Pará, agradece os apoios à sua candidatura, reafirma o compromisso com suas propostas de gestão, permitindo entrever a convicção de que não poderão ser ignoradas, e deseja êxito ao reitor eleito, professor Emmanuel Tourinho, e sua equipe. “Não sonhamos o impossível, não lutamos em vão. Não buscamos um status nem a valorização pessoal. Lutamos conscientes de que nossos objetivos estavam alicerçados na percepção de que a UFPA pode ser democrática, reconhecer as desigualdades e respeitá-las, e que sua comunidade tem, sim, muito a contribuir para os dirigentes que se dignarem ouvi-la”, sublinha Ortiz, no manifesto, no qual faz uma exortação aos dirigentes da UFPA: “Que saiam de seus gabinetes e passem a conhecer verdadeiramente quem são os servidores e quais os seus desejos para fazer crescer a UFPA.”
Com a elegância habitual, Ortiz salienta seu agradecimento aos “guerreiros apoiadores e amigos de jornada e de vida”. “Minha gratidão a todos vocês e, em especial, a cada um que escolheu me seguir nesse caminho pra um sonho de transformação e de mudanças coletivo”, enfatiza. “Tenho o maior orgulho de todos vocês, meus guerreiros incansáveis. Tenho maior orgulho, ainda, de termos revelado uma postura humana e ética que deveria ser assumida por todos os dirigentes que demonstram ter respeito pela nossa querida UFPA”, acrescenta, sem esquecer de desejar êxito ao reitor eleito e sala equipe. “À nova equipe que guiará os destinos de nossa instituição nos próximos quatro anos, queremos desejar êxito e sucesso na condução das políticas de gestão”, destaca.

“Depois desses meses de convivência, união e dedicação que eu experimentei com vocês, uma convicção eu guardarei: a universidade deve se orgulhar de vocês, pois merecem toda a gratidão e reconhecimento pelo esforço e zelo demonstrados no dia-a-dia”, reafirma Ortiz, ao reiterar o agradecimento a todos que se engajaram em sua campanha, para então arrematar: “Meu reconhecimento será eterno, porque #somostodosufpa.

UFPA – “Não lutamos em vão”, sublinha o candidato

Em seguida, a transcrição, na íntegra, do manifesto do professor Edson Ortiz, segundo colocado na eleição para reitor da UFPA:

Aos meus guerreiros apoiadores e amigos de jornada e de vida

Um ser que não reconhece amizade e dedicação oferecidas voluntariamente jamais será merecedor de uma verdadeira amizade. Minha gratidão a todos vocês e, em especial, a cada um que escolheu me seguir nesse caminho pra um sonho de transformação e de mudanças coletivo. Não entraria numa missão como essa se vocês não tivessem me apoiado, amparado e emprestado suas forças para prosseguir, com os obstáculos cada dia maior, lutado contra o desânimo e, acima de tudo, confiado e acreditado que juntos fomos e seremos sempre fortes.

Não sonhamos o impossível, não lutamos em vão. Não buscamos um status nem a valorização pessoal. Lutamos conscientes de que nossos objetivos estavam alicerçados na percepção de que a UFPA pode ser democrática, reconhecer as desigualdades e respeitá-las, e que sua comunidade tem, sim, muito a contribuir para os dirigentes que se dignarem ouvi-la. Que saiam de seus gabinetes e passem a conhecer verdadeiramente quem são os servidores e quais os seus desejos para fazer crescer a UFPA.

Tenho o maior orgulho de todos vocês, meus guerreiros incansáveis. Tenho maior orgulho, ainda, de termos revelado uma postura humana e ética que deveria ser assumida por todos os dirigentes que demonstram ter respeito pela nossa querida UFPA. 

À nova equipe que guiará os destinos de nossa instituição nos próximos quatro anos, queremos desejar êxito e sucesso na condução das políticas de gestão.

Depois desses meses de convivência, união e dedicação que eu experimentei com vocês, uma convicção eu guardarei: a universidade deve se orgulhar de vocês, pois merecem toda a gratidão e reconhecimento pelo esforço e zelo demonstrados no dia-a-dia.

Eu preciso dizer o quanto todos foram muito especiais nesse processo de eleição.

Meu reconhecimento será eterno, porque #somostodosufpa.


Ortiz

UFPA – Serenidade na derrota

Quem tem acesso privilegiado ao professor Edson Ortiz louva a serenidade do candidato na derrota, ainda que convicto da pertinência das propostas defendidas durante a campanha. “Fiz o que deveria fazer, mas, infelizmente, tenho que admitir a derrota, em respeito à comunidade universitária”, declarou, elegantemente, ainda no calor das emoções da apuração dos votos, ao admitir a vitória de Emmanuel Tourinho.

A necessidade de respeito ao resultado das urnas, a despeito das eventuais críticas à condução do processo eleitoral, é um argumento repetido por Ortiz como mantra, relatam fontes que privam da sua intimidade. Essas mesmas fontes contam que Ortiz tratou de agir como bombeiro, contendo os mais exaltados, ainda indignados na esteira das denúncias de irregularidades que pontuaram a eleição do novo reitor da UFPA.

UFPA – Oposição obteve mais de 50% dos votos

Há um porém escamoteado pelo discurso triunfalista, segundo o qual a vitória do professor Emmanuel Tourinho nos três segmentos eleitorais da UFPA – docentes, técnicos e discentes – evidenciaria a aprovação majoritária da gestão do ex-reitor Carlos Maneschy, que patrocinou o candidato vencedor.
Contabilizados os votos, os candidatos de oposição – Edson Ortiz, Vera Jacob, João Weyl e Erick Pedreira -, somados, obtiveram mais de 50% da votação. O que significa dizer, ao fim e ao cabo, que há uma nítida divisão política na comunidade acadêmica.

Tourinho, convém, lembrar, teve sua candidatura patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy – candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará – e pelo atual reitor, Horácio Schneider, com o apoio do PMDB, do PT, este via senador Paulo Rocha, além do PC do B e de facções de esquerda, mas com um histórico de fisiologismo.

UFPA – A expectativa em torno de Weyl

Apurados os votos da eleição para reitor da UFPA, a expectativa é sobre a leitura feita pela campanha do professor João Weyl sobre o resultado das urnas, que contrariou frontalmente todos os prognósticos que embalaram sua candidatura, sobretudo na reta final do pleito.

Weyl, que para além da serenidade pessoal parecia empolgar por um discurso de mudança mais conectado com a realidade, acabou superado por Vera Jacob, uma candidata historicamente restrita aos guetos da esquerda mais radical e a segmentos corporativos do eleitorado universitário.

ELEIÇÕES - Zenaldo e Pioneiro desafiam a lei com propaganda eleitoral antecipada em horário nobre



Ministério Público Eleitoral, cadê você?
Esta é a pergunta que não quer calar, diante da acintosa propaganda eleitoral antecipada protagonizadas pelos prefeitos tucanos de Belém, Zenaldo Coutinho, e Ananindeua, Manoel Pioneiro.

Em pleno horário nobre da TV, de custo exorbitante, Zenaldo e Pioneiro - ambos assumidos candidatos à reeleição - estrelam a propaganda enganosa, em inserções repetidas exaustivamente, exaltando realizações com um discurso que sugerem morarmos em cidades de primeiro mundo.

ELEIÇÕES – Regina Barata lança pré-candidatura

Fanpage de Regina Barata, que hoje lança sua pré-candidatura pelo PT.

Está previsto para logo mais, às 5 horas da tarde desta sexta-feira, 1 de julho, no Hotel Gold Mar – na rua Nelson Ribeiro, nº 123, próximo da avenida Pedro Álvares Cabral -, o lançamento da pré-candidatura à Prefeitura de Belém, pelo PT, da ex-deputada Regina Barata.
Defensora pública de carreira, Regina Barata teve marcante passagem pela Assembleia Legislativa do Pará, durante o governo da petista Ana Júlia Carepa, destacando-se pelo atuante desempenho parlamentar e por um discurso em defesa da transparência e da moralidade pública. Na época, ela acabou alijada, na correlação de forças internas do PT, por Cláudio Puty, eminência parda do governo Ana Júlia Carepa, que inclusive tomou-lhe o controle da Sedes, a Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, transformada em comitê de campanha do então chefe da Casa Civil, eleito deputado federal em 2010 e que, sem o calor da máquina administrativa estadual, não conseguiu reeleger-se.

Com a candidatura de Regina Barata, o PT tenta sobreviver ao vexatório naufrágio do governo Dilma Rousseff e a memória retentiva sobre o desastroso governo de Ana Júlia Carepa. O sacrifício talvez sirva para a ex-deputada ganhar evidência na mídia e voltar a ser lembrada pelo eleitorado, mirando em um eventual retorno à Assembleia Legislativa, nas eleições estaduais de 2018.

MARKETING ELEITORAL – Propaganda enganosa


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – Eleição para reitor da UFPA turbina audiência e mais um novo recorde é alcançado, com 3.943 acessos

Pelo terceiro dia consecutivo, o Blog do Barata estabeleceu um novo recorde, ao registrar um total de 3.943 acessos nesta quinta-feira, 30, quando mais uma vez a eleição do reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, foi o destaque do dia.

Nesta quinta-feira a postagem mais acessada foi UFPA – Mesmo sofrendo um revés na reitoria, Emmanuel Tourinho amplia vantagem e Edson Ortiz admite a derrota, publicada já no final da noite de quarta-feira, 29, às 23h43, anunciando o resultado da eleição para reitor.

BLOG – Mais lidas






BLOG – Acessos por país

Brasil – 3.466 acessos.

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

ELEIÇÕES – Cinismo eleitoral


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – No dia da eleição do reitor da UFPA, um novo recorde, com um total de 3.925 acessos registrados

Nesta última quarta-feira, 29, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, ao registrar um total de 3.925 acessos, ultrapassando a marca de 3.889 acessos, verificada na terça-feira, 28. A exemplo de terça-feira, nesta quarta-feira a postagem mais acessada foi também UFPA - Segundo denúncia,Gilmar Silva, vice de Tourinho, foi responsabilizado por dano ao erário.
Como nos últimos dias, o destaque foi a eleição do novo reitor da UFPA, vencida pelo professor Emmanuel Tourinho, do qual é vice o professor Gilmar Pereira da Silva. Tourinho e Silva venceram em todas as categorias, segundo revela a edição desta quinta-feira, 30, do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará.

Tourinho, o reitor eleito, teve sua candidatura patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, com o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Maneschy, o patrono político de Tourinho, é o candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader Barbalho, cujo nome é associado a recorrentes denúncias de corrupção.

UFPA – Weil e Lírio lançam manifesto exortando à luta pela universidade e cumprimentando Tourinho

Weyl (à esq.) e Lírio: exortação à luta e cumprimento aos vencedores.

A chapa que teve como candidatos a reitor e vice-reitor os professores João Weyl e Armando Lírio, respectivamente, divulgou um manifesto no qual, além de agradecer os votos dos seus eleitores, exorta à luta por novas ideias e propostas para a UFPA, a Universidade Federal do Pará. “Chegamos ao final desta campanha com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi exitosa. Percebemos o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e como conseguimos agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma universidade mais cidadã e democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a mesma”, assinala o manifesto. A chapa de Weyl e Lírio chegou à recorrer à Justiça, solicitando a suspensão da eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento eleitoral e cobrando informações “essenciais para garantir a lisura do certame”.
Elegantes, Weyl e Lírio cumprimentam os vencedores da eleição para reitor, na qual a chapa de ambos acabou em quarto lugar, surpreendentemente superada pela professora Vera Jacob, terceira colocada. “Parabenizamos o professor Emmanuel Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor,  pela vitória e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA exerça plenamente sua função pública e social”, destacam.

“Nossa candidatura foi construída coletivamente e em torno de um projeto que coloca a UFPA no centro da vida social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso grupo e de defender nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos honrou e esperamos ter estado à altura da expectativa das que caminharam junto conosco e das que nos deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem ter escolhido nossa proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas”, frisam Weyl e Lírio no manifesto, que concluem com uma profissão de fé em suas propostas: ”Nossa luta apenas começou, porque somos a terceira margem do rio e escolhemos ter voz.

UFPA – O manifesto

Em seguida, a transcrição, na íntegra, do manifesto dos professores João Weyl e Armando Lírio:

Amigos e amigas,

Chegamos ao final desta campanha com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi exitosa. Percebemos o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e como conseguimos agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma universidade mais cidadã e democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a mesma.
A experiência de construir uma candidatura de forma coletiva, dialogando com franqueza e conhecendo as dificuldades, os problemas e os sonhos da nossa comunidade acadêmica foi de uma riqueza indescritível. Todo o nosso grupo aprendeu muito com essa campanha. Conhecemos a fundo a UFPA e sabemos ter contribuído para o surgimento de novas ideias e propostas.
Nossa candidatura foi construída coletivamente e em torno de um projeto que coloca a UFPA no centro da vida social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso grupo e de defender nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos honrou e esperamos ter estado à altura da expectativa das que caminharam junto conosco e das que nos deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem ter escolhido nossa proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas e a todas os que nos enviaram pensamentos positivos e nos dirigiram mensagens de incentivo.
Ao mesmo tempo nos desculpamos por não termos podido estar presentes, da maneira como gostaríamos, em todos os campi e espaços da universidade. O tempo exíguo e as limitações de recursos nos impediram de fazer uma campanha mais ampla e com maior quantidade de rodas de diálogo.
Parabenizamos o professor Emmanuel Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor,  pela vitória e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA exerça plenamente sua função pública e social.
Seguiremos refletindo e lutando por uma universidade mais democrática, mais cidadã e mais participativa nos debates e na vida da Amazônia. Por isso, convidamos todos que caminharam conosco a seguirmos juntos na nossa construção.
Essa caminhada não teria sido possível sem o apoio de tantas pessoas queridas. Familiares se envolveram, colegas colaboraram e novos e antigos amigos se juntaram a esse sonho. Nossa campanha aglutinou seres humanos tão diversos e maravilhosos que a riqueza desses meses de convívio certamente ficará para sempre em nossos corações. O afeto nos moveu e esse afeto que agora queremos devolver, mesmo que uma só palavra não dê conta de expressar o nosso sentimento. A todos e a todas, gratidão!
Nossa luta apenas começou, porque somos a terceira margem do rio e escolhemos ter voz.


Chapa João Weyl e Armando Lirio

UFPA – O agradecimento de Weyl

Registro o agradecimento do professor João Weyl pela cobertura do Blog do Barata sobre a eleição para reitor da UFPA, feito por e-mail no qual enviou a planilha com os números parciais da apuração paralela.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

CORRUPÇÃO - Ilustres bandidos



UFPA – Mesmo sofrendo um revés na reitoria, Emmanuel Tourinho amplia vantagem e Edson Ortiz admite a derrota

Tourinho: vitória consolidada antes mesmo do término da apuração.

A despeito do revés que amargou na própria reitoria, o professor Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor da UFPA, ampliou sua vantagem de modo irreversível e o professor Edson Ortiz, seu principal adversário, acaba de admitir a derrota. “Fiz o que deveria fazer, mas, infelizmente, tenho que admitir a derrota, em respeito à comunidade universitária”, declarou Ortiz, elegantemente, já às 11 horas da noite desta quarta-feira. “Agradeço, sinceramente sensibilizado, a confiança dos que votaram em mim”, acrescentou o ex-reitor de Administração, que desafiou a máquina administrativa, posta a serviço de Tourinho, o candidato patrocinado pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, que ainda teve o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico.
A despeito do significado político, a vitória por 199 votos a 195 obtida por Ortiz na reitoria, até pela sua minguada diferença, foi insuficiente para compensar a vantagem aberta por Tourinho no Hospital Universitário Barros Barreto. “Não há possibilidade de reversão. Tenho que reconhecer a derrota”, declarou Ortiz, ao admitir a vitória de Tourinho.

Com a apuração ainda em andamento, as projeções sinalizam que, sepultando as expectativas desenhadas na reta final da campanha, Vera Jacob deverá ficar em terceiro lugar, superando João Weyl. Essas projeções foram confirmadas pelo próprio Weyl, cuja coordenação de campanha optou por fazer uma apuração paralela, que, a exemplo da oficial, coloca Erick Pedreira como o último colocado na disputa pela reitoria da UFPA.

UFPA - A votação no Itec

No Itec, o Instituto de Tecnologia, entre os docentes Ortiz obteve 103 votos; Tourinho, 56; Weyl, 25; Erick, 17; Vera, dois. Entre os técnicos, Ortiz obteve 50 votos; Vera, 17; Erick, 14; Tourinho, três. Entre os alunos de pós-graduação, Erick teve 56 votos; Ortiz, 41; Weyl, 31; Vera, sete; Tourinho, quatro.

UFPA – Os números de Salinas e Parauapebas

Contabilizados os votos de Salinas, entre os docentes Ortiz teve três votos, contra dois de Tourinho e dois de Weyl. Entre os técnicos, Ortiz somou 12 votos, contra quatro de Tourinho e dois de Weyl. Entre os discentes, Tourinho somou 16 votos, contra seis de Weyl e três de Ortiz. Os votos em separado são três – um entre os docentes e dois entre os técnicos.

Em Parauapebas, apurados os votos entre os discentes, Ortiz teve 12 votos; Tourinho, seis; Vera Jacob, também seis; e Weyl, dois.

UFPA – A apuração dos votos em separado

A pretexto de precaver-se da possibilidade de um mesmo eleitor votar em várias seções, foi decidido que os votos em separado serão apurados pela própria comissão eleitoral.

UFPA – No ICSA, uma única urna e fila de eleitores

Estripulias da organização da eleição para reitor da UFPA: como no ICSA, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, foi instalada apenas uma urna, apesar do grande números de eleitores, registra-se uma monumental fila de votantes.

UFPA – Denúncia de voto de cabresto em Abaetetuba

Segundo denúncia feita ao Blog do Barata, pelo menos em Abaetetuba a campanha de Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor da UFPA, teria disponibilizado ônibus para transportar alunos do Parfor, o Plano Nacional de Formação Docentes.
O Parfor é destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, representando um contingente estimado em cerca de cinco mil alunos na UFPA. Esse segmento é considerado uma reserva de mercado eleitoral de Tourinho, porque a ele tem acesso privilegiado a administração superior da universidade, além dos prefeitos dos municípios pelos quais se espalham.

A candidatura de Tourinho, recorde-se, é patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy, candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará, com uma vasta experiência em tranquinagens eleitorais.

UFPA – O vale-tudo eleitoral


UFPA – A (comovente) elegância de Ortiz

Como elegância tornou-se utensílio de museu, o comovente gesto merece registro.
Nesta quarta-feira, 29, fui alcançado por um telefonema do professor Edson Ortiz, a quem sequer conheço pessoalmente, no qual ele agradeceu o espaço aberto pelo Blog do Barata para a eleição para reitor da UFPA e, em particular, à sua candidatura.

“Não sou movido pela vaidade, mas por princípios”, salientou Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. “Meus compromissos são com a instituição”, acrescentou.

UFPA – Voto de cabresto


MURAL – Queixas & Denúncias


UFPA – Tourinho e Ortiz polarizam disputa para reitor, em eleição pontuada por denúncias de irregularidades

Emmanuel Tourinho, o candidato com o escancarado apoio da reitoria,...
...polariza a disputa com Edson Ortiz, que desafia a máquina administrativa.

Em uma eleição pontuada por recorrentes denúncias de irregularidades, a UFPA, a Universidade Federal do Pará, elege nesta quarta-feira, 29, seu novo reitor, em disputa polarizada por dois candidatos originários da atual administração – Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, e Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Beneficiada pela escandalosa utilização da máquina administrativa, a candidatura de Tourinho é patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy, que renunciou ao cargo para sair candidato a prefeito de Belém pelo PMDB - antecipando a sucessão, com o aval do Consun, o Conselho Universitário -, e pelo atual reitor, Horácio Schneider, e tem o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, agora acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Ortiz, cuja candidatura, sem tintura político-partidária, foi pérfida e solenemente ignorada por Maneschy, desponta como o único candidato com possibilidades concretas de derrotar Tourinho, cacifado por 38 anos de vida acadêmica e um temperamento respeitoso, mas afável, com a vantagem adicional de ser considerável imbatível entre os técnicos da universidade.

No entorno de Tourinho e Ortiz desfilam os demais candidatos - João Weyl, Vera Jacob e Erick Pedreira. Weyl, cuja candidatura se apresenta como apartidária, a despeito dele ser um militante histórico do PT, disputa o terceiro lugar com Vera Jacob, turbinado por um discurso de intransigente defesa da transparência administrativa e do diálogo político na condução da UFPA. Vera Jacob é identificada com o PSol e tradicional porta-voz dos setores mais sectários da esquerda e de segmentos corporativos, como a Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, o Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará, e o Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, cuja diretoria é alvo de denúncias de corrupção. Erick Pedreira costuma ter sua candidatura associada ao PSDB e, em particular, ao prefeito Zenaldo Coutinho, em cuja gestão foi presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém.

UFPA – Triunfalismo de Tourinho e otimismo de Ortiz



Na campanha de Emmanuel Tourinho, pelo menos para consumo externo, o tom é de triunfalismo, de inocultável menosprezo aos adversários em geral e a Edson Ortiz, em particular. Ortiz, a despeito de elegante e parcimonioso nas críticas, é o alvo predileto dos golpes, às vezes abaixo da linha da cintura, desfechados pela campanha de Tourinho.
Mais realistas, as projeções da campanha de Ortiz, embora otimistas, apontam para uma polarização com Tourinho, permeada por uma “disputa acirrada” entre os docentes e uma expressiva vantagem do candidato de oposição entre os técnicos, mas reconhecem uma indefinição entre os alunos. Na avaliação feita pela campanha de Ortiz, entre os discentes destaca-se o contingente de alunos do Parfor, o Plano Nacional de Formação Docentes, aos quais tem acesso privilegiado a administração superior da universidade, engajada na campanha de Tourinho. O Parfor é destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, habitualmente dispersos pelo interior e mais suscetíveis às pressões dos inquilinos do poder.
De acordo com as estimativas confiáveis, o universo de votantes da UFPA, na eleição para reitor – feita pelo voto proporcional - ,inclui cerca de 2.500 docentes, aproximadamente 2.300 técnicos e mais de 40 mil estudantes, entre os quais é colossal o percentual de abstenção. Nas últimas eleições, por exemplo, exerceram o direito de voto em torno de 12 mil estudantes. Por isso, sobretudo em uma disputa polarizada, previsivelmente ganha grande relevância o voto dos alunos do Parfor, um contingente estimado em mais de cinco mil discentes.
Na campanha de João Weyl, a avaliação reconhece a polarização entre Tourinho e Ortiz, sinalizando uma suposta vantagem do candidato da reitoria, em função da utilização da máquina administrativa e da omissão da comissão eleitoral. A sincera pretensão da candidatura de Weyl, segundo sua própria campanha, seria emergir como uma espécie de terceira via, credenciada pelo terceiro lugar na disputa pela reitoria, com algo em torno de 30% dos votos. “Nossa briga é pelo terceiro lugar”, admite, com todas as letras, fonte de campanha.

Seja como for, o clima da disputa sinaliza para uma eleição polarizada. O triunfalismo da campanha de Tourinho, anabolizada pela utilização da máquina administrativa, é traído pelo tom abrasivo reservado a Ortiz e por lances burlescos, como a divulgação do simulacro de pesquisa de intenção de intenção de voto, conferindo-lhe ampla vantagem, ardil próprio de candidato inseguro sobre seu cacife eleitoral.

UFPA – Juiz indefere liminar e mantém eleição

Armando Lírio e João Weyl: liminar indeferida pelo juiz Rafael Bussolari.

O juiz federal Rafael Bussolari, indeferiu o pedido de liminar da chapa do professor João Weyl, solicitando a suspenção da eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento eleitoral. No elenco de irregularidades mencionadas, o mandado de segurança impetrado cita que não foram apresentados pela comissão eleitoral, “mesmo após prévio requerimento administrativo”, informações “essenciais para garantir a lisura do certame”. Dentre essas informações figuram as listas de eleitores por seção (professores, técnicos administrativos e estudantes), relação nominal dos presidentes e mesários de cada uma das seções eleitorais e relação dos locais nos quais seriam instaladas cada uma das 87 seções eleitorais. Na leitura da assessoria jurídica da chapa de Weyl, pelo regimento eleitoral a comissão eleitoral, presidida pela professora Jane Beltrão, teria a obrigação de fornecer essas informações até sete dias antes da eleição, isto é, até o último dia 22, o que não ocorreu pelo menos até a segunda-feira, 27.
Na sua decisão, o juiz federal Rafael Bussolari observa que o edital eleitoral realmente determina que as mesas receptoras dos votos serão divulgadas sete dias antes do dia da votação. Mas ressalva que a resolução 746/2016, em seus artigos 3º e 4°, define que cada seção eleitoral corresponderá a uma mesa receptora de votos e que as seções eleitorais funcionarão em prédios das unidades universitárias e/ou em locais a serem definidos pela comissão eleitoral. “Note-se, portanto, que não há no edital ou no regimento eleitoral prazo específico para divulgação nominal dos membros de cada mesa receptora, como exigem os impetrantes em sua inicial”, sublinha o magistrado.
O juiz federal Rafael Bussolari também observa que no edital regulamentador e no regimento eleitoral também não se visualiza a exigência de apresentação de listas de eleitores por seção, mas tão somente que estes se enquadrem na categoria de professores, técnicos administrativos e estudantes. “Desta feita, entendo que o mero fato de não haver especificado previamente o nome dos componentes de cada mesa eleitoral ou listagem nominal de candidatos por seção eleitoral não afastaria a possibilidade de ser realizado o controle e fiscalização por parte de todos os interessados, sendo inclusive franqueado aos candidatos o cadastramento e habilitação de fiscais com livre acesso a todos os locais de votação para a devida sindicância”, assinala também o magistrado.
“Não há que se pensar na suspensão de um certame da magnitude da escolha de nomes que futuramente ocuparão a vaga do Reitor de uma universidade federal tão somente pela pretensa ausência de nomes que impossibilitariam fiscalização do processo eleitoral”, acrescenta o juiz federal Rafael Bussolari. “Não se está diante da negativa de acesso às informações pela comissão eleitoral, mesmo porque os nomes dos componentes das mesas diretoras e das pessoas que registraram seus votos naqueles locais ficarão à disposição de todos os candidatos para a devida fiscalização na data de sua realização, não exigindo o edita l ou o regimento eleitoral prazo mínimo para tanto.”

“Certo é que a concessão de medida tão extrema se mostraria mais gravosa do que oportunizar à própria comissão eleitoral a apuração de eventuais falha s apontadas pelos eleitores e candidatos interessados durante o recebimento e apuração dos votos, bem como pelo próprio Poder Judiciário em momento posterior, na análise de tal questão”, arremata o magistrado, ao indeferir o pedido de liminar.

terça-feira, 28 de junho de 2016

ELEIÇÕES – Armadilhas eleitorais


BLOG – Com 3.889 acessos, mais um novo recorde, novamente com destaque para a eleição na UFPA

Depois da marca de 3.221 acessos, alcançada segunda-feira, 27, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, ao registrar 3.889 acessos nesta terça-feira, 28, quando novamente o destaque do dia foi a eleição para reitor da UFPA.

BLOG – As mais lidas






UFPA - Angústia eleitoral


UFPA – Weyl oferece versão sobre recurso à Justiça e poupa Jane Beltrão das suspeitas suscitadas ao blog

A propósito da postagem UFPA – Weyl recorre à Justiça e pede que sejam asseguradas medidas garantindo a lisura da eleição, o professor João Weyl, um dos candidatos a reitor, enviou ao Blog do Barata um e-mail com sua versão sobre o suposto sentido do recurso à Justiça, impetrado pela sua chapa. No mesmo e-mail, ele faz a ressalva de que “o trabalho da professora Jane [Beltrão] na condução da comissão eleitoral tem sido conduzido com absoluta lisura e de forma exemplar”, poupando-a das suspeitas suscitadas ao blog por fonte da sua própria campanha.
Em seguida, a transcrição, na íntegra, do e-mail enviado pelo professor João Weyl:

Prezado Barata,

Agradeço divulgação da nota sobre entrada na Justiça para garantir eleição ampla na UFPA.

Nós responsabilizamos os erros relativos a listagem/locais e inconsistência com ausência de nomes de eleitores a gestão da UFPA que não tem garantido uma auditoria nos sistemas de informação/base de dados e ao açodamento para realização das eleições.

Portanto é isso que estamos pedindo à Justiça, que a UFPA oportunize condições para trabalho da comissão eleitoral que garanta um pleito.

Com relação interpretação sobre presidente da comissão eleitoral conforme consta no seu blog, eu ressalto que, na minha opinião, muito embora a professora só tenha lido no debate de ontem notas referentes interpelação entre os dois candidatos, Ortiz e Emanuel, e não tenha refletido sobre nossa ação com relação pesquisa eleitoral sem critério, divulgada pela chapa Emanuel e Gilmar,  eu considero que o trabalho da professora Jane na condução da comissão eleitoral em sido conduzido com absoluta lisura e de forma exemplar.

Cordialmente


João Weyl

UFPA – A minha resposta

Sem que isso possa obnubilar-me sobre seus inegáveis méritos profissionais e pessoais, ou sobre a inquestionável contribuição de sua candidatura a reitor, surpreende-me o e-mail do professor João Weyl pelo tom dúbio, que sugere uma acintosa concessão ao corporativismo e tisna a imagem de candidato destemido. Pior, muito pior, no e-mail, é sugerir, subliminarmente, que eu possa ter incorrido em um erro crasso, na esteira de ilações indevidas.
O professor João Weyl sabe muito bem quem foi a fonte da notícia, que até aqui mereceu minha mais irrestrita confiança. E porque sabe muito bem quem foi a fonte do Blog do Barata, sabe também que, como de hábito, traduzi fielmente o relato feito, sobre o qual nada tenho a retificar, diga-se.
Sobre o sentido do recurso à Justiça, o esclarecimento do professor João Weyl opta por uma versão edulcorada, que destoa abissalmente do relato a mim feito, cobrando claramente que sejam asseguradas as condições capazes de garantir a lisura do pleito, o que está expresso até no título da postagem. Tanto assim que o relato embutiu a crítica à falta do fornecimento da relação dos eleitores por urna, em plena véspera da eleição para reitor da UFPA.
A respeito da opinião do professor João Weyl sobre a postura da presidente da comissão eleitoral, que ele diz comportar-se “com absoluta lisura e de forma exemplar”, evidentemente contradita o inequívoco sentido da queixa sobre a omissão seletiva da professora Jane Beltrão quanto a interpelação sobre a suspeita pesquisa de intenção de voto divulgada pela campanha do professor Emmanuel Tourinho. “A comissão [eleitoral] não reage”, chegou a verbalizar a fonte da notícia, ao queixar-se da falta de retorno à interpelação feita pela chapa do professor João Weyl, embora detendo-se da interpelação feita por Tourinho ao professor Edson Ortiz, conforme a reclamação verbalizada sob a garantia do anonimato.
As suspeitas sobre a suposta falta de isenção de Jane Beltrão não foram suscitadas pelo Blog do Barata, mas por fontes de chapas distintas, inclusive quanto ao mapa de crenças dos seus candidatos. O blog apenas reproduziu uma versão que varre os bastidores, assinalando que são recorrentes as queixas nesse sentido, ainda que manifestadas em off, presumivelmente para não ferir suscetibilidades e comprometer relações pessoais e/ou profissionais.
De resto, sobre a notícia veiculada na postagem que deu causa ao e-mail do professor João Weyl, nada tenho a retificar. O que faço não por soberba, mas na convicção pétrea de não ter incorrido em nenhum equívoco, com o respaldo de 43 anos de jornalismo sem amargar maiores tropeços em termos de fidelidade aos fatos ocorridos e aos relatos oferecidos. Nem mesmo nas vezes nas quais fui condenado no rastro de sentenças graciosas, proferidas por canalhas togados, as denúncias feitas jamais foram desmentidas.

Nesse episódio, se alguém mentiu, ou distorceu o sentido da informação fornecida, certamente não fui eu.