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Neves: contratação da empresa à margem das exigências do edital,... |
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...beneficiando o genro de Jorge Rocha, na época subprocurador-geral,... |
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...Thiago Figueiredo, cuja firma não poderia disputar a licitação do MPE. |
Confirmada a denúncia feita ao Blog do Barata,
o novo procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente Martins, o primeiro
promotor de Justiça a ocupar o cargo, terá seu primeiro teste de probidade à
frente do MPE, o Ministério Público Estadual, em uma tramoia que inclui uma
fraude grosseira. De acordo com a denúncia, em agosto de 2016, na gestão do
ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, o MPE
contratou, na contramão do decoro e do edital da licitação, a empresa C. S.
Comércio e Serviços de Informática Ltda, da qual é sócio-administrador Thiago
Lourenço Godinho de Figueiredo. Casado com Débora Rocha, Figueiredo - cujo
estado civil é falseado na ata de registro de preços, na qual é qualificado como solteiro -, vem a ser genro do
procurador de Justiça Jorge de Mendonça Rocha, na época subprocurador-geral
para a área jurídico-institucional e atual 2º subcorregedor-geral
do MPE, ao qual, ironicamente, cabe fiscalizar
as atividades funcionais e as condutas dos membros do Ministério Público Estadual. Neves, então
procurador-geral de Justiça, ficou conhecido como Napoleão de Hospício justamente por seu mandonismo e parcos pudores
éticos. Ele ganhou notoriedade ao nomear como assessores o namorado da filha, Gil Henrique Mendonça Farias, reprovado em
concursos públicos promovidos pelo MPE, e o amigo íntimo André Ricardo Otoni
Vieira, sócio-administrador de uma de suas empresas, que por isso não poderia ter sido nomeado. Vieira também serviu a
Neves como advogado, mesmo sem poder fazê-lo, por força do cargo de assessor do
procurador-geral, com o agravante de ter sido flagrado, no exercício da
advocacia, em pleno horário de expediente no MPE, no qual supostamente se
encontrava trabalhando. Vieira se mantém como assessor, integrando a cota de assessores de Neves, depois que este deixou o cargo de procurador-geral.
No imbróglio em cujo epicentro figura a empresa
C. S. Comércio e Serviços de Informática Ltda, a contratação se deu em total
afronta ao edital da licitação, sublinha a denúncia feita ao Blog do Barata.
Pelo edital, estavam impedidas de participar da licitação empresas prestadoras
de serviço que tivessem como sócios, gerentes ou diretores, cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, de membros ou de servidor ocupante, no âmbito do Ministério
Público Estadual, de cargo de direção, chefia ou assessoramento.
Sócio-administrador da C.
S. Comércio e Serviços de Informática Ltda, Thiago Lourenço Godinho de Figueiredo,
como genro de Jorge
de Mendonça Rocha, é parente por afinidade, em linha reta, do procurador de
Justiça. Na época, Rocha ocupava o cargo de subprocurador-geral de Justiça na
área jurídico-institucional, na administração de Marcos Antônio Ferreira das
Neves como procurador-geral de Justiça, uma gestão, diga-se, pontuada por recorrentes denúncias de patrimonialismo e corrupção.
6 comentários :
Barata era bom o presidente da OAB Alberto campos tomar uma posição em relação a essas graves denúncias! Ele poderia muito bem acionar o cnmp
Esse povo que vive apontando apontando o dedo para políticos (e muitas vezes com razão),usa dos mesmos artifícios e acha que está tudo certo.
Realmente, a frente do MP/PA, o ex-PGJ Neves aprontou muito, inclusive economizou o orçamento da instituição negando direitos aos servidores, tais como a ausência de revisão anual, garantida constitucionalmente, e a falta de efetivação de progressões funcionais. Consequentemente, hoje os servidores amargam diminuição considerável do valor real de seus vencimentos e tbm o governo estadual tem um projeto propondo redução do repasse ao MP, pois nos últimos anos tem sobrado dinheiro na casa.
Barata a gestão do Marcos Neves precisa ser passado a limpo, pois foram inúmeras denúncias de irregularidades. O atual PGJ precisa mostrar que não compactua com a corrupção e deve mandar apurar tudo, seja na Corregedoria, no CNMP e na justiça!
Se isso tudo for verdade, no mínimo, esse contrato tem que ser anulado. Se teve pagamento, o dinheiro deve ser devolvido, e o empresário tem que ser processado por falsidade ideológica. Vamos ver se esse novo PGJ é honesto mesmo.
Esse Mp é uma sem-vergonhice só!
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