domingo, 19 de fevereiro de 2017

BLOG - Os malfeitos de Neves

É vasto o elenco de malfeitos de Marcos Antônio Ferreira das Neves.

Nomeação do namorado da filha e do sócio

O patrimonialismo que marca a administração de Neves começa pela nomeação como assessor de Gil Henrique Mendonça Farias, cujo principal predicado é ser namorado da filha, Mariana Silva Neves, por sua vez alojada em uma sinecura do TCE, o Tribunal de Contas do Estado, sobre cujas irregularidades o MPE mantém-se silente. Em seguida, ele nomeou, também como assessor, seu amigo amigo íntimo, além de sócio e advogado, André Ricardo Otoni Vieira, por cuja permanência no MPE lutou com a obstinação só comparável a de amante apaixonado.

O escândalo da Águia Net

Isso foi chá pequeno, diante de um dos mais ruidosos escândalos da história recente do Ministério Público Estadual, que foi reajuste do contrato da Águia Net em mais de 100%, quando a lei 8.666 só autoriza o máximo de 25% (o valor licitado foi de R$ 490 mil e acabaram pagando mais de R$ 1 milhão).

O embargo da gaveta ao PCCR da Alepa

Um capítulo à parte nos malfeitos perpetrados por Neves, como procurador-geral de Justiça, foi o embargo de gaveta imposta ao parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos, declarando inconstitucional o PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Palácio Cabanagem. A explicação para o silêncio obsequioso do MPE, diante da imoralidade que representa o PCCR da Alepa, veio com as diligentes aprovações, pela Assembleia Legislativa, dos sucessivos trens da alegria promovidos por Neves, criando uma avalancha de cargos comissionados, tradicionais cabides de emprego.

A farra de cargos do Gabinete Militar

Outra estripulia de Neves foi a criação de um Gabinete Militar, superdimensionado para as necessidades do MPE. O Gabinete Militar é repleto de PMs e bombeiros mantidos em funções burocráticas, em detrimento da segurança pública, a despeito da escalada da criminalidade a qual se vê exposta a população indefesa.

A covarde omissão na ação contra Jatene

Mas o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, conseguiu superar-se, em matéria de ignomínias, no episódio da aviltante omissão diante da denúncia, por improbidade administrativa, contra o governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene. A ação foi ajuizada pelo procurador de Justiça Nelson Medrado e o promotor de Justiça Militar Armando Brasil, diante da promiscua relação de Beto Jatene com o governo do pai, na esteira da qual parte da frota da Polícia Militar abastece nos postos de combustível do ilustre rebento, que entre 2012 e 2014 faturou, com isso, algo em torno de R$ 5 milhões.

Depois de subscrever os pedidos de informação a Simão Jatene, que simplesmente ignorou as solicitações do MPE, Neves simplesmente não só não subscreveu a ação, como sequer delegou poderes para Medrado e Brasil fazê-lo. Com isso, Neves simplesmente desautorizou a ambos e sordidamente blindou Jatene e seus comparsas. A situação foi tão patética, mas tão patética, que Medrado e Brasil chegaram a solicitar à juíza Kátia Parente Sena para intimar o procurador-geral a se manifestar sobre a delegação de poderes para que pudessem processar o governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene.

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