Exibindo seu habitual modelito de yuppie brega, ostentando um terno com a
elegância de roupa de liquidação de loja de departamento e uma camisa de gosto
duvidoso, complementado por um corte de cabelo à la presidiário de algum Bangu
da vida (o que soaria premonitório, se no Pará tivéssemos um Judiciário decente),
na audiência Marcos Antônio Ferreira das Neves foi, mais do que nunca, o Napoleão de Hospício que ele tão bem
encarna. Com trejeitos longe dos padrões de virilidade, ele teve a desfaçatez
de vocalizar a tese segundo a qual, além de ofendê-lo, desde que foi empossado,
eu moveria uma campanha de satanização do MPE. O discurso da suposta
satanização, por coincidência, amparou a ação ajuizada pela Procuradoria Geral
do Estado, a pedido do MPE, impondo uma torpe censura judicial, à margem da
Constituição, após uma reunião da banda podre do colégio de procuradores, sobre
o que fazer contra mim. De resto, ele fez questão de pontuar, repetidamente,
que a ação por injúria não comporta a exceção da verdade e também que não
costumar ler blogs, embora carregando consigo um vasto volume, com reproduções
de postagens do Blog
do Barata.
Cínico, como costumam ser os canalhas,
Marcos Antônio Ferreira das Neves reagiu com um ar blasé quando relembrei que,
na sua primeira eleição, o Blog do Barata defendeu seu direito de postular a
nomeação, após a morte da procuradora mais votada. Com igual cinismo ouviu,
impassível, eu relembrar que as críticas à sua gestão começaram quando
enveredou pelo patrimonialismo, ao nomear como assessores, tão logo empossado,
o namorado da filha e o sócio e amigo íntimo. Antes disso, tive que reagir
energicamente à patética tentativa da promotora de Justiça Bethania Maria da
Costa Corrêa de graciosamente tentar caracterizar-me como debochado, com uma
dessas perguntas que mais escondem que esclarecem o objetivo da indagação.
Retruquei que não responderia, por ter a indagação como capciosa.
Nenhum comentário :
Postar um comentário