SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
segunda-feira, 30 de junho de 2014
BLOG – De volta ao bom combate
Retomo,
enfim, a atualização do Blog do Barata, após a
pausa compulsória, provocada por uma crise gástrica. Já recuperado, desculpo-me
pelo hiato, ainda que involuntário.
Reitero
meus agradecimentos aos médicos que atenderam-me, pela competência e atenção; aos amigos, pela pronta disponibilidade em ajudar-me, no que fosse
eventualmente necessário; e aos leitores do blog, pelos votos de pronto
restabelecimento. Além, é claro, de um agradecimento especial, à minha mulher, dona
Laura, às minhas enteadas, Camila e Mariana, e a Carol e João Thiago, meus
filhos. Sem esquecer a comovente assistência dos irmãos que me restam, Fernando
e Cristina. E de Egidia, esposa de Fernando, que compartilha a generosidade
deste e de Cristina, com a dedicação de uma irmã.
Não
posso deixar de registrar, de resto, o terno afeto dos meus netos, Fernando e
João Pedro, a sublime extensão do amor que vincula-me aos meus filhos. A
simples presença deles, pontuada pela cativante espontaneidade da infância, é
capaz de revigorar-me, devolvendo-me o ânimo para tocar a vida, a despeito das
eventuais adversidades.
Por
afeto, amizade e solidariedade, dizem, a gente não agradece; a gente se comove.
Mas ainda assim, meu mais terno obrigado. Mas muito obrigado, mesmo.
MPE – Carta aberta critica trem da alegria
Marco Antônio Neves: sob críticas ácidas, diante do trem da alegria. |
“Hoje,
o Ministério Público do Pará novamente ver-se ameaçado. O PL 264/2014 que cria
nada menos que 206 cargos comissionados, com remuneração equivalente a de
servidores efetivos, entretanto com menos atribuições, traz a ameaça de
existência de servidores públicos cujos vínculos precários contribuirão para a
descontinuidade dos serviços e o compromisso com quem tem o ‘poder da caneta’,
em detrimento do compromisso com aquele que lhes paga: o cidadão.”
A
denúncia consta na Carta Aberta subscrita pela Asmip e pelo Sisemppa,
respectivamente, a associação e o sindicato dos servidores do MPE, o Ministério
Público do Estado do Pará, e constitui-se em uma crítica contundente ao trem da
alegria patrocinado pelo procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves. Em uma decisão graciosa do
CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, o imbróglio da criação dos 206
cargos comissionados resultou na instalação de um PAD, Processo Administrativo
Disciplinar, contra o promotor de Justiça Alexandre Couto. Um profissional de
competência, probidade e experiência consensualmente reconhecidas, Couto foi
penalizado por ter denunciado ao CNMP a tramóia que representa o trem da
alegria que tem como ilustre maquinista o procurador-geral de Justiça do Pará.
MPE – Campanha por concurso público
Na Carta Aberta, a Asmip e o Sisemppa lançam
uma campanha em defesa de concurso público. A campanha representa um desgaste
adicional ao procurador-geral de Justiça, expondo Marcos Antônio Ferreira das Neves a previsível indignação
pública.
“O Sol é para todos: Concurso
Público, Já”, é o slogan da campanha, veiculada na internet, através do endereço
eletrônico abaixo:
MPE – O documento, na íntegra
Segue abaixo a transcrição, na íntegra,
da Carta Aberta assinada pela Asmip e pelo Sisemppa, expondo as mazelas do MPE:
“Carta Aberta ao Ministério Público do Estado do Pará
“Esta carta não tem data e sempre será
atual, pois quando o Ministério Público e a esperança que ele representa para
milhões de brasileiros forem ameaçados, mesmo que mudem as ameaças, suas
palavras conclamarão em sua defesa o espírito público de cada um dos seus
integrantes, membros e servidores, que na condição de seres humanos, unidos,
são corações e mentes dessa grande organização.
“O espirito público que aflorou e foi às
ruas contra a perigosa PEC 37, que retirava o poder investigatório do MP,
Instituição que protege e protegeu a sociedade da privatização do Poder Público,
mediante a troca de favores de uma política partidária corrompida, responsável
pela violência em que vivemos, gerada por um Estado Patrimonialista, onde o
Público é Privado com servidores não da confiança do contribuinte que lhes
paga, mas do gestor que os nomeia.
“Hoje, o Ministério Público do Pará
novamente ver-se ameaçado. O PL 264/2014 que cria nada menos que 206 cargos
comissionados, com remuneração equivalente a de servidores efetivos, entretanto
com menos atribuições, traz a ameaça de existência de servidores públicos,
cujos vínculos precários, contribuirão para a descontinuidade dos serviços e o
compromisso com quem tem o “poder da caneta”, em detrimento do compromisso com
aquele que lhes paga: o cidadão.
“Coincidentemente,
durante os debates deste Projeto de Lei, cuja polêmica aprovação, dividiu o
Colégio de Procuradores, após solicitarmos, por diversas vezes, na condição de
Presidente da Associação de Servidores do MP – ASMIP, o direito de sustentação
oral sobre seus riscos para a governança pública, tivemos a nossa licença
classista revogada, de forma abrupta, inédita e única no Estado do Pará, pelo
proponente do Projeto, o Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral de Justiça.
“Hoje, ao vermos o nascer do Sol, único
momento para escrevermos essas linhas, após estarmos designados para Promotoria
Militar, coincidentemente longe do
Edifício-Sede, substituindo dois servidores, comunicamos a você o indeferimento
de nossa licença classista, após 29 (vinte e nove) dias de tramitação, agora
solicitada pelo Sindicato do Servidores do MP – SISEMPPA, enquanto o referido
Projeto, enfrentando a resistência pela Assembléia Legislativa, por sindicatos
e perseverantes candidatos que se submetem ao concurso público.
“No atual cenário, é doloroso ouvirmos o
escárnio dos dirigentes mal intencionados que agora tripudiam de um Ministério
Público que exige e sempre exigiu o cumprimento da Constituição, mediante
provimento de cargos por concurso público, pautado nos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade,
publicidade e eficiência, reproduzir o que sempre combateu.
“Mesmo assim, não pedimos a você que se
revolte ou reclame da situação em que vivemos, pedimos apenas que reflita sobre
a necessidade de uma atitude que assegure o direito de cada cidadão participar
de uma carreira pública, cuja seleção privilegie o desejo e o esforço de servir
à sociedade e não àquele que o
nomeia.
“O Ministério Público é Público e nunca será Privado. Esse é o seu e o
meu compromisso, esteja onde estivermos.
“Participe da campanha ‘O Sol é para todos: Concurso Público, Já’.
Acesse: http://concursopublicoja.blogspot.com.br/
“Associação
dos Servidores do Ministério Público do Estado do Pará – Asmip
“Sindicato
dos Servidores Públicos do Estado do Pará – Sisemppa”
MPE – A repercussão da denúncia
A Carta Aberta, subscrita pela Asmip e pelo Sisemppa, superou em repercussão a eleição da
nova diretoria da Ampep, a Associação do Ministério Público do Estado do Pará, e
se constitui na mais eloquente evidência da desgastante atmosfera sob a qual se
dá, hoje, a relação das entidades com Marcos Antônio Ferreira das Neves, o procurador-geral
de Justiça. Neves, cujo mandonismo – recorrentemente denunciado pelos
servidores do MPE - valeu-lhe o epíteto de Napoleão
de hospício, é acidamente criticado por render-se ao patrimonialismo e por
ter atrelado o Ministério Público Estadual ao governo Simão Jatene, do PSDB.
Intramuros,
Neves é também criticado por privilegiar procuradores e promotores de Justiça,
em detrimento do conjunto de servidores do MPE, que o acusam de destinar-lhe um
tratamento discriminatório. Esse mesmo tratamento discriminatório, acrescentam
ainda as denúncias, o procurador-geral de Justiça destina aos dirigentes da Asmip
e do Sisemppa que não se submetem aos seus caprichos autoritários.
MPE – A retaliação ao dirigente sindical
Hugo Sanches da Silva Picanço: vítima da intolerância de Neves. |
Como
exemplo da incapacidade de Marcos
Antônio Ferreira das Neves em administrar o contraditório, é citada a despudorada
retaliação do procurador-geral a Hugo Sanches da Silva Picanço, ex-presidente
da Asmip e hoje presidente do Sisemppa. Na época presidindo a Asmip, ao tentar
apresentar ao colégio de procuradores as irregularidades contidas na proposta
de criação de criação dos 206 cargos comissionados, ele teve sua licença
classista revogada, sob o argumento de que legalmente cabia ao Sisemppa, e não
a associação, representar os servidores do Ministério Público do Estado do
Pará.
Eleito presidente do Sisemppa, o
sindicato dos servidores do MPE, Picanço teve o pedido de licença classista
indeferido, a pretexto de que se trataria de “prorrogação” da licença anterior
interrompida, o que seria vedado por lei. O parecer recomendando o
indeferimento do pedido de licença classista para Picanço foi de autoria de
André Ricardo Otoni Vieira, assessor jurídico do procurador-geral de Justiça,
cuja maior credencial, para aboletar-se no cargo, é ser amigo-de-fé-camarada do
procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves.
MPE – Vieira, expressão do patrimonialismo
André Ricardo Otoni Vieira, assessor
jurídico do procurador-geral de Justiça e autor do parecer negando a licença
classista ao presidente do Sisemppa, é apontado como um personagem emblemático
da visão patrimonialista que baliza a administração de Marcos Antônio Ferreira
das Neves. Ao que consta, sua principal credencial, para ingressar no MPE, foi
ser amigo-de-fé-irmão-camarada de Neves, que tratou de nomeá-lo, tão logo tornou-se
procurador-geral de Justiça.
Descrito como um obscuro advogado, André
Ricardo Otoni Vieira figura na ilustre galeria de amigos do rei, no MPE, ao
lado, naturalmente, de Gil Henrique Mendonça Farias, cuja principal
qualificação, ao que se sabe, é ser o namoradinho da filha do nobre e impoluto
procurador-geral de Justiça. Pelos seus antecedentes, a nomeação de Farias foi
ainda mais constrangedora. No concurso realizado pelo Ministério Público
Estadual em 2012, no qual disputou o cargo de Analista Juridico - Região Adm.
Belém I, o namoradinho da filha do procurador-geral acabou no 551º lugar, com a
nota de 68,25. A despeito do pífio desempenho, Gil Henrique Mendonça Farias
passou a rasteira nos muitos candidatos que lograram classificação bem superior
a sua, e hoje usufrui de uma respeitável remuneração. Nos bastidores do MPE,
ele é conhecido, na ausência de méritos profissionais mais visíveis, como “Rei
do Borogodó”.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
BLOG – Atualização suspensa sine die
Uma
crise gástrica e a necessidade de um check-up
tiraram-me de cena desde 25 de maio, um domingo, obrigando-me a suspender, sine die, a atualização do blog, cuja
retomada deverei promover tão logo encontre-me em condições físicas para tanto.
Se de mim depender, estarei de volta bem antes das expectativas.
Aos
leitores do blog peço desculpas pela ausência e de só agora poder justificá-la.
BLOG – Meus agradecimentos
Registro
meus sinceros agradecimentos aos doutores Feliciano Mendes Vieira Júnior, Erivaldo
Maués e Márcio Costa. Assim como a enfermeira Cristina.
Merece
registro especial a generosa atenção dos doutores Feliciano Mendes Vieira Júnior
e Erivaldo Maués. A postura de ambos, inusitada para os tempos atuais, remete
a uma época em que a mercantilização da medicina, então incipiente, não havia
aviltado o exercício da profissão, reduzindo médicos a empresários e pacientes a meros cifrões.
Impressionou-me,
em particular, a postura de Feliciano Mendes Vieira Júnior. De temperamento
recatado e algo austero, mas sem vestígios de soberba, ele chega a ser sui generis, para os padrões atuais. Não só pela sua competência, mas também pela preocupação em mapear o paciente e em esclarecer as dúvidas deste. Sua
postura e desempenho fez-me lembrar do saudoso doutor Santa Helena, clínico
geral que, pela competência e rigor ético, se inclui, para todo o sempre,
dentre os nomes que enobrecem a medicina paraense.
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