Protagonista
de uma gestão pontuada por recorrentes denúncias de improbidade administrativa
e ostensivos atos de tráfico de influência, além do notório atrelamento a tucanalha, a banda podre do PSDB, Marcos
Antônio Ferreira das Neves é também acusado, por seus adversários, de utilizar
a máquina administrativa para ser o mais votado na eleição para definição da
listra tríplice para escolha do novo procurador-geral de Justiça. Acumulando de
privilégios os procuradores de Justiça e contemplando com benesses os
promotores de Justiça em geral, e particularmente os de 1ª e 2ª entrâncias,
Neves investiu no fisiologismo, irmão siamês do corporativismo, para blindar-se
contra reações diante dos recorrentes malfeitos que já protagonizou. Para
viabilizar esse pacote de bondades espúrias, ele contou com a colaboração da
Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. Em contrapartida, ele impôs um embargo
de gaveta à cobrança de anulação do PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Palácio Cabanagem, declarado
formalmente ilegal e imoral pelo próprio MPE, o Ministério Público do Estado do
Pará.
Assim,
na eleição para definição da lista tríplice, Neves obteve 189 votos; contra 111, de Almerindo José Cardoso Leitão; 64, de Geraldo
de Mendonça Rocha; e 29, de Ricardo Albuquerque da Silva. Na campanha pela
recondução ao cargo, Neves imprimiu o mesmo baixo nível exibido no colégio de
procuradores, onde já esteve na iminência de protagonizar cenas de pugilato com
Geraldo de Mendonça Rocha. No debate entre os candidatos à lista tríplice, por
exemplo, ele levou a leviandade eleitoreira ao paroxismo, ao fazer insinuações
sobre obras supostamente superfaturadas, em administrações passadas, sem ousar,
porém, nominar eventuais suspeitos de patrocinar a pretensa falcatrua. A
lambança provocou uma irada reação de Geraldo de Mendonça Rocha, pelo qual Neves
escapou de ser agredido, no rastro da intervenção de terceiros. Pálido e
ostentando um sorriso nervoso, o procurador-geral, então licenciado do cargo,
foi xingado com palavras de baixo calão por Rocha, que colocou em dúvida a
masculinidade de Neves e não poupou, sequer, a mãe deste. A postura de Neves,
no debate, reforçou a imagem de Napoleão
de Hospício que aderiu ao procurador-geral de Justiça, devido seu
mandonismo, frequentemente no limite da insanidade.
2 comentários :
O Procurador Marcos das Neves, representa o perfil e a Administração que a maioria dos membros quer para o MP e só resta lamentar.
Esse Geraldo Rocha fez coisas aburdas no comando do MP. Ele pegou corda pq escancararam ele na frente de todos. Óbvio que, na maioria das vezes, quando uma pessoa não tem mais argumentos parte pra agressão física e verbal. Foi o que ocorreu no caso presente.
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