SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
BLOG – De volta, apesar dos percalços
Problemas pessoais e de saúde – estes os
mais graves, porque obrigam-me a reduzir drasticamente minhas atividades e dos
quais ainda convalesço – levaram-me a um novo hiato na atualização do blog, que
retomo, desculpando-me, mais uma vez, pela ausência compulsória.
CRISE – Em tom ácido, Sindifisco repudia “pacote de maldades” de Simão Jatene e propõe alternativas
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Simão Jatene: "pacote de maldades" sob ácidas críticas do Sindifisco. |
“O Sindicato dos
Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco) se posiciona terminantemente
contra a aprovação dos projetos que propõem aumento de carga tributária - com
poder de atingir a população e, dentro dela e de forma mais impactante, as suas
camadas mais pobres - além de danosas mudanças na Previdência dos servidores
públicos estaduais.”
Na mais categórica e esclarecedora crítica feita
ao chamado “pacote de maldades de Jatene”, é neste tom, entre contundente e didático,
que o Sindifisco se manifestou, em nota oficial, sobre o pacote de medidas para
supostamente aplacar os efeitos da crise econômica enviado pelo governador
tucano Simão Jatene à Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. A principal
proposta do chamado “pacote de maldades de Jatene” consiste em aumentar a alíquota básica do ICMS de 17% para 18%, na
presunção de que o estado arrecadará com a medida, em 2017, em torno de 200
milhões de reais. “O projeto impactará, especialmente, a parcela da população
de menor poder aquisitivo, visto que o ICMS incidente sobre as mercadorias têm
o mesmo valor, independente do poder aquisitivo do consumidor (pobre ou rico)”,
sublinha a nota do Sindifisco.
Sobre as mudanças na Previdência dos
servidores públicos estaduais, a nota do Sindifisco é corrosiva. “Há diversas proposições que precisam de esclarecimento aos servidores,
demonstrando os impactos das medidas no curto, médio e longo prazos”, acentua,
para então fulminar: “São necessárias a abertura e a transparência dos números
e o propósito da proposta”, acentua. De resto, o sindicato critica acidamente o
governo Simão Jatene porque suas propostas não foram debatidas “com a sociedade
e com os afetados pelas medidas, demonstrando falta de transparência e de senso
do debate democrático por parte do governo”.
CRISE – Opções ao aumento do ICMS
Em seu repúdio ao “pacote de maldades de
Jatene”, o Sindifisco salienta o caráter apartidário de suas críticas. “Não é, porém, a simples oposição pela oposição. O Sindifisco traz
propostas para que o governo substitua o aumento da carga tributária e
previdenciária por outras medidas ao seu alcance, sem sacrificar os mais pobres
e as empresas que vêm se esforçando para a retomada de fôlego na crise, em meio
a um número recorde de desemprego no Brasil e no Pará”, enfatiza a nota oficial
do sindicato.
Em contraposição ao aumento da alíquota básica do ICMS de 17% para 18%, o Sindifisco defende, dentre
outras opções, a reavaliação dos benefícios fiscais existentes e revogação dos
que não apresentarem eficácia comprovada. “Por ano, há em torno de R$ 1,3
bilhão de renúncia fiscal. Caso sejam revogados 15% do montante renunciado, se
atingiria em torno de 195 milhões de reais”, destaca. O sindicato propõe,
igualmente, a redução do número de secretarias de governo de 29 para 15, “gerando
economia no gasto com o número de cargos comissionados e temporários”. Maior
efetividade na cobrança da Dívida Ativa, que hoje gira em torno de 10 bilhões
de reais, é outra alternativa elencada pelo Sindifisco. “Complementarmente, a
instituição da execução administrativa e do projeto nacional de adoção do
depósito judicial para a proposição do Embargo à Execução da Divida Ativa”,
sugere o sindicato.
CRISE – Transparência na reforma da Previdência
Sobre as “mudanças danosas mudanças na Previdência dos servidores públicos estaduais”, o
Sindifisco é cirúrgico em suas propostas. A primeira delas é a realização de
auditoria dos fundos Finanprev e Funprev, “com o objetivo de verificar o
patrimônio, os direitos e as obrigações, assim como a sustentabilidade de ambos
e a viabilidade econômica futura diante da junção das massas de servidores dos
respectivos fundos, sem a migração dos quase 5 bilhões de reais do atual Funprev”.
Ao lado disso, o
sindicato defende a constituição de uma comissão parlamentar na Alepa, para
promover um amplo debate sobre as mudanças na Previdência dos servidores
públicos estaduais, “analisar a proposta do governo e ouvir as entidades
representativas dos servidores”. Essa comissão, no elenco de alternativas
oferecidas pelo Sindifisco, “deverá debater, avaliar e deliberar sobre a criação,
funcionamento e efetividade da previdência complementar constituída a partir de
2017”.
CRISE – A nota oficial
Abaixo, a nota oficial do Sindifisco sobre
o “pacote de maldades de Jatene”:
SOMOS CONTRA O PACOTE DO
GOVERNO
Silenciosamente, na vigência de uma das fases mais
agudas da crise econômica que se abate sobre a população e sem a mínima
discussão com qualquer setor sacrificado pela intenção de reforçar o seu caixa,
o governo do estado enviou em torno de 19 projetos para a Alepa aprovar em
regime de urgência até o dia 20 de dezembro de 2016, quando o Poder Legislativo
deverá fechar o ano legislativo e entrar em recesso.
O Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do
Pará (Sindifisco) se posiciona terminantemente contra a aprovação dos projetos
que propõem aumento de carga tributária - com poder de atingir a população e,
dentro dela e de forma mais impactante, as suas camadas mais pobres - além de
danosas mudanças na Previdência dos servidores públicos estaduais.
Primeiramente porque os projetos estabelecem
mudanças, eternas ou de longo prazo e abrangência geral - afetando toda a
sociedade e todo o universo de servidores públicos estaduais.
Segundo, por não terem sidos debatidos com a
sociedade e com os afetados pelas medidas, demonstrando falta de transparência
e de senso do debate democrático por parte do governo.
Não é, porém, a simples oposição pela oposição. O
Sindifisco traz propostas para que o governo substitua o aumento da carga
tributária e previdenciária por outras medidas ao seu alcance, sem sacrificar
os mais pobres e as empresas que vêm se esforçando para a retomada de fôlego na
crise, em meio a um número recorde de desemprego no Brasil e no Pará.
AUMENTO DE IMPOSTO
Quanto ao aumento de carga tributária, a principal
proposta consiste em aumentar a alíquota básica do ICMS de 17% para 18%.
Estima-se que o Estado arrecadará com a medida em torno de 200 milhões de reais
em 2017.
O projeto impactará, especialmente, a parcela da
população de menor poder aquisitivo, visto que o ICMS incidente sobre as
mercadorias têm o mesmo valor, independente do poder aquisitivo do consumidor
(pobre ou rico).
MEDIDAS SUBSTITUTIVAS A SEREM ADOTADAS
1. Reavaliação dos benefícios fiscais
existentes e revogação dos que não apresentarem eficácia comprovada. Por ano,
há em torno de R$ 1,3 bilhão de renúncia fiscal. Caso sejam revogados 15% do
montante renunciado, se atingiria em torno de 195 milhões de reais;
2. Diminuição do número de
secretarias de Governo de 29 para 15, gerando economia no gasto com o número de
cargos comissionados e temporários;
3. Maior efetividade na cobrança da
Dívida Ativa, que hoje gira em torno de 10 bilhões de reais. Complementarmente,
a instituição da execução administrativa e do projeto nacional de adoção do
depósito judicial para a proposição do Embargo à Execução da Divida Ativa.
REFORMA
PREVIDENCIÁRIA
Há diversas proposições que precisam de
esclarecimento aos servidores, demonstrando os impactos das medidas no curto,
médio e longo prazos. São necessárias a abertura e a transparência dos números
e o propósito da proposta.
MEDIDAS SUBSTITUTIVAS A SEREM ADOTADAS
1. Auditoria dos
Fundos Finanprev e Funprev, com o objetivo de verificar o patrimônio, os
direitos e as obrigações, assim como a sustentabilidade de ambos e a
viabilidade econômica futura diante da junção das massas de servidores dos
respectivos fundos, sem a migração dos quase 5 bilhões de reais do atual Funprev;
2. Constituição
de uma Comissão Parlamentar na Alepa para promover o debate sobre o assunto,
analisar a proposta do governo e ouvir as entidades representativas dos
servidores;
3. A comissão constante do item 2 deverá debater,
avaliar e deliberar sobre a criação, funcionamento e efetividade da previdência
complementar constituída a partir de 2017.
SINDIFISCO PARÁ
FISCO, ESSENCIAL.
CRISE – Protesto da Asconpa
A Asconpa, a Associação dos Concursados,
convocou para a manhã desta quarta-feira, 14, a partir das 9 horas,
uma manifestação de protesto diante da Alepa, contra o “pacote de maldades de
Jatene”. Em sua página do Facebook, a associação, ao convocar o protesto, faz
contundentes críticas ao governo Simão Jatene. “Além de não promover mais
concursos públicos para suprir a necessidade em órgãos da administração pública
estadual, inviabilizando o atendimento à população, mantendo nos cargos
temporários e DAS, Jatene quer aumentar a contribuição do Instituto de
Assistência dos Servidores do Pará (Iasep), o plano de saúde dos servidores
públicos estaduais, de 9% para 11% e ainda corrigir o Igeprev, a contribuição
previdenciária, de 11% para 14%”, denuncia.
A Asconpa também reserva severas críticas
ao aumento do ICMS. “Outra medida que atinge com gravidade a
população é a correção no percentual de desconto do ICMS, imposto recolhido a
cada compra de bens ou serviços, o que gerará imediato aumento da conta de
energia elétrica”, salienta. E chama atenção para as evidências de que o
governo Simão Jatene tem fartas gorduras por cortar. “Dos cerca de 140 mil
servidores públicos estaduais, 80 mil foram aprovados em concursos públicos. Os
demais (60 mil) são temporários e DAS, que possuem remuneração bem superior ao
que o governador paga aos concursados”, destaca. E acrescenta: “Além do mais, Jatene não tomou nenhuma medida para conter os gastos
que o seu governo tem feito com publicidade. Somente este ano, já foram gastos
R$ 38 milhões de reais, com anúncios em rádios, jornais e televisão, de acordo
com dados do Portal da Transferência.”
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