Ao pretender obter minha condenação,
valendo-se de um ardil capaz de poupá-lo de explicar-se sobre as denúncias de
malfeitos que pontuam sua administração, a intenção do procurador-geral de
Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, é constranger-me e
intimidar-me. Uma tentativa vã, antecipo logo, longe de qualquer bravata, até
porque, a caminho dos 65 anos, sequer tenho mais idade para blefar.
Não me move nenhuma questão pessoal, porque
estou velho demais, calejado demais, para deter-me em alguém com um currículo
tão irrelevante como o de Marcos Antônio Ferreira das Neves, um suburbano intelectualmente tosco, que
saiu do subúrbio, mas do qual o subúrbio jamais saiu. Esse deslumbramento ele
evidencia pela volúpia diante dos poderes e pompas e circunstâncias do cargo,
como é próprio daqueles que se deixam fascinar facilmente quando são
beneficiários do processo de mobilidade social, sobretudo quando alcançada pelo
arrivismo.
Não vou xingar Neves de veado enrustido, ou chamá-lo de Marquesa, como costumam fazer alguns de
seus desafetos dentro do próprio Ministério Público. Primeiro, porque cultivo o
respeito à diversidade, inclusive e sobretudo sexual, e não discrimino
minorias. Depois, porque sou movido por princípios, à margem de eventuais
questões pessoais, que com ele sequer tenho, porque só vim a conhecê-lo
pessoalmente na audiência de sexta-feira, 17. Por fim, porque, respeito meus
leitores.
De resto, de indecoroso, basta eu ser
obrigado a tratar sobre gente do jaez de Marcos Antônio Ferreira das Neves, de
inequívoca vocação a quadrilheiro. Da pior espécie, diga-se, porque
aparentemente respeitável, para os incautos e ingênuos.
3 comentários :
Pegou pesado,Barata!
Infelizmente essa é a realidade de TODAS as nossas instituições: as mais corruptas do Brasil.
Quem ta pegando pesado é o MP e o PJ q invertem o ordenamento jurídico para perseguir aqueles q ñ rezam por suas cartilhas
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