É vasto o elenco de malfeitos de Marcos
Antônio Ferreira das Neves.
Nomeação do namorado da filha e do sócio
O patrimonialismo que marca a administração
de Neves começa pela nomeação como assessor de Gil
Henrique Mendonça Farias, cujo principal predicado é ser namorado da
filha, Mariana Silva Neves, por sua vez alojada em uma sinecura do TCE, o
Tribunal de Contas do Estado, sobre cujas irregularidades o MPE mantém-se
silente. Em seguida, ele nomeou, também como assessor, seu amigo amigo íntimo,
além de sócio e advogado, André Ricardo Otoni Vieira, por cuja permanência no
MPE lutou com a obstinação só comparável a de amante apaixonado.
O escândalo da Águia Net
Isso foi chá pequeno, diante de um dos mais
ruidosos escândalos da história recente do Ministério Público Estadual, que foi
reajuste
do contrato da Águia Net em mais de 100%, quando a lei 8.666 só autoriza o
máximo de 25% (o valor licitado foi de R$ 490 mil e acabaram pagando mais de R$
1 milhão).
O
embargo da gaveta ao PCCR da Alepa
Um capítulo à parte nos malfeitos perpetrados por
Neves, como procurador-geral de Justiça, foi o embargo de gaveta imposta ao
parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos, declarando
inconstitucional o PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração do Palácio Cabanagem. A explicação para o silêncio obsequioso do
MPE, diante da imoralidade que representa o PCCR da Alepa, veio com as
diligentes aprovações, pela Assembleia Legislativa, dos sucessivos trens da
alegria promovidos por Neves, criando uma avalancha de cargos comissionados, tradicionais
cabides de emprego.
A farra de cargos do Gabinete Militar
Outra estripulia de Neves
foi a criação de um Gabinete Militar, superdimensionado para as necessidades do
MPE. O Gabinete Militar é repleto de PMs e bombeiros mantidos em funções
burocráticas, em detrimento da segurança pública, a despeito da escalada da
criminalidade a qual se vê exposta a população indefesa.
A covarde omissão na ação contra Jatene
Mas o procurador-geral de Justiça, Marcos
Antônio Ferreira das Neves, conseguiu superar-se, em matéria de ignomínias, no
episódio da aviltante omissão diante da denúncia, por improbidade
administrativa, contra o governador Simão
Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana Soares Monteiro, e
o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene. A ação foi
ajuizada pelo procurador de Justiça Nelson Medrado e o promotor de Justiça
Militar Armando Brasil, diante da promiscua
relação de Beto Jatene com o governo do pai, na esteira da qual parte da frota
da Polícia Militar abastece nos postos de combustível do ilustre rebento, que
entre 2012 e 2014 faturou, com isso, algo em torno de R$ 5 milhões.
Depois de subscrever os pedidos de
informação a Simão Jatene, que simplesmente ignorou as solicitações do MPE,
Neves simplesmente não só não subscreveu a ação,
como sequer delegou poderes para Medrado e Brasil fazê-lo. Com isso, Neves
simplesmente desautorizou a ambos e sordidamente blindou Jatene e seus comparsas.
A situação foi tão patética, mas tão patética, que Medrado e Brasil chegaram a
solicitar à juíza Kátia Parente Sena para intimar o procurador-geral a se
manifestar sobre a delegação de poderes para que pudessem processar o
governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana
Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto
Jatene.
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