quinta-feira, 22 de abril de 2010

HISTÓRIA – A saga do mestre Aldebaro

O próprio Aldebaro Cavaleiro de Macedo Klautau foi vítima da truculência dos baratistas, juntamente com José Maria Chaves. Ambos deputados, Klautau e Chaves foram barbaramente agredidos, por cerca de seis a dez homens, na entrada da Assembléia Legislativa, em 1948, conforme os relatos dos jornais da época, resgatados pelo jornalista e historiador Carlos Rocque.
Nem quando a oposição chegou ao poder, mestre Aldebaro abdicou de seus princípios. Preferiu abdicar do mandato de deputado, em 1951, no arremate de uma carreira parlamentar na qual se notabilizou, dentre outros tantos méritos, como paradigma em matéria de moralidade pública e pela intransigente defesa dos postulados democráticos. E também pela coragem moral, pela coerência entre o discurso e a prática e pela defesa da gratuidade do ensino em todos os níveis.
Quando a Assembléia Legislativa pretendeu homenageá-lo, diante da sua lamentada renúncia ao mandato de deputado, declinou da iniciativa. “Nada existe de extraordinário na conduta de quem simplesmente cumpre o dever”, justificou. “Nunca tive pendores às atividades político-partidárias. Somente o amor a terra paraense me obrigou a ingressar em organizações dessa natureza, com o objetivo de salvar o Pará dos desregramentos baratistas”, assinalou, em ofício endereçado ao general Alexandre Zacarias de Assunção, o governador eleito pela oposição.

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