DETRAN – A origem do entrevero

No entrevero, que a grande imprensa noticiou como quebra-quebra dos grevistas no gabinete do diretor geral, foram agredidos o presidente do Sindetran, o Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito do Estado do Pará, Elias Monteiro, que teve inclusive sua camisa rasgada, Eric Coelho Pereira (foto), com um corte no braço esquerdo, e Josedeque Sousa Santos. A origem do entrevero, segundo o relato do Sindetran, foi a tentativa de intimidar os grevistas com ameaças de retaliação, atribuída à diretora geral do Detran em exercício, Maria Denise da Silveira, que é pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, da qual também é pastor o diretor geral licenciado, Alberto Campos. Na versão disseminada entre os grevistas, por fontes vinculadas a Maria Denise da Silveira, esta determinara não só o desconto dos dias parados, mas também do vale alimentação, o que provocou a indignação dos servidores em greve. Estes decidiram então formar uma comissão para apurar a veracidade dessa versão junto a própria diretora geral em exercício.
Habitualmente hostil aos grevistas, Maria Denise da Silveira, que é diretora Administrativa e Financeira, se recusou a receber a comissão, mas esta insistiu em ir ao encontro da diretora geral em exercício. Foi quando surgiu em cena o corregedor geral, Dino Calvet, que pretendeu impedir - com o recurso à truculência, valendo-se para tanto dos PMS da USO e seguranças privados - o acesso da comissão de grevistas ao gabinete do diretor geral, onde se encontrava Maria Denise da Silveira.