Edson Ortiz: candidatura palatável ao eleitorado mirado por Tourinho. |
O mais escandaloso
fisiologismo, transposto da política partidária para a academia, tem sido, desde
a redemocratização do país - que introduziu o voto direto para a escolha do
reitor -, um componente decisivo nas eleições para a reitoria da UFPA. Mas ainda
assim não convém menosprezar a candidatura de Edson Ortiz. Abstraídas questões de
caráter e, por extensão, de idiossincrasias pessoais, assim como juízos de
valor, há obviamente uma similitude em termos de mapas de crenças entre o
ex-reitor e o ex-pró-reitor de Administração, balizada por uma visão algo
conservadora, cujos limites éticos foram acintosamente transgredidos por Carlos
Maneschy. Um conservadorismo naturalmente oxigenado pelas concessões à
tolerância, no limite da cumplicidade, diante das extravagâncias, no tênue
fronteira dos desvios legais e éticos, impostas em nome do pluralismo. Trata-se
de uma condescendência que permite que prosperem impunes, na universidade, notórios corruptos e
corruptores, sob o silêncio cúmplice determinado pelo corporativismo.
Apesar das diferenças
entre ambos e da opção de Maneschy por Emmanuel Tourinho, o eleitorado fiel ao status
quo certamente não deixa de identificar-se também com Ortiz, que está longe de
se contrapor ideologicamente ao ex-reitor, ainda que dele se distinga por
cultivar princípios que se sobrepõem às circunstâncias. Conta ainda a favor do
ex-pró-reitor de Administração a aura de um gestor administrativamente competente,
preocupado em não desperdiçar recursos carreados para a UFPA. Nesse quesito,
Tourinho sai em desvantagem, diga-se. Embora intelectualmente respeitado, sua
imagem como administrador é tisnada por versões sobre recursos que, por
negligência a ele atribuída, a universidade esteve na iminência de desperdiçar.
Porque são relatos feitos nos bastidores, sem que as fontes que vocalizam as
críticas se disponham a assumi-las publicamente, convém obviamente recebê-las com
reservas, ainda que não seja possível ignorá-las pura e simplesmente.
7 comentários :
Prezado Barata,
Ortiz foi extremamente centralizador do orçamento na Pró-Reitoria que ocupou, transformando-a
num verdadeiro balcão, o que desagradou a todos os gestores sérios da gestão que agora apoiam expressivamente o Tourinho. Esse jeito de fazer política encerra um ciclo no Brasil. Ele já estava em campanha a muito tempo, mas foi atropelado pela nova dinâmica de gestão da coisa pública que deve ser descentralizada e transparente.
Prezado Barata, Ortiz reitor deixaria a UFPA isolada, ele nao tem nenhum poder de articulacao, nao tem representatividade academica, muita rejeicao Na categoria docente, e gestao é questionavel, qual o processo otimizado por ele a frente da PROAD?
Eu quero que o Anônimo das 09:26 escreva aqui o nome desses "gestores sérios da gestão" que preciso saber quem são! pra dizer a eles que são mentirosos, que isso é mimimi de quem não mereceu nada! de quem tava acostumado a chegar no "balcão" e furar a fila pra ter seus pedidos atendidos logo. Eita gente gananciosa,que tá se lixando pros outros, pra necessidade de outras unidades, só olha pro seu umbigo. E vem aqui chorar e pedir voto pra esse candidato metido, casado com uma psicóloga antipática e esnobe, e que não falava com os pobres antes, agora vive de mão esticada.
Sai pra lá! Pensa que só tem mané na Universidade é?
A candidatura dele fez água. Seu vice dentista atrapalhou muito. Péssima escolha
Não encontram argumentos para tentar difamar o candidato- porque é integro -, passam a rosnar como cães raivosos para o vice dele. Cuidado, animais raivosos costumam morrer envenenados ao morderem a língua!
Cê está achando que a UFPA vai aguentar mais 8 anos os mesmos assessores que vivem de CD´s sem trabalhar?. quer nomes? vai no hall da reitoria e olha por aí, estão amontoados, pedindo votos para o Tourinho. Quem vai mandar na reitoria, ele ou sua mulher?
Barata,
Veja pelos comentários acima o nível dos quadros que estão ao lado de Ortiz e Mauro Trator...O anônimo das 17:52 deve ser um dos desocupados que andam com eles. Um bando de zumbi que não tem o que fazer.
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