Cláudio Portela, corregedor do CNMP: estarrecido diante das denúncias. |
Se efetivamente for para valer, e não
apenas para simular o rigor de quem cultiva a austeridade apenas para consumo
externo, a correição que o CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público inicia
nesta quinta-feira, 19, no MPE, o Ministério Público do Estrado do Pará, fatalmente
incluirá as gavetas do procurador-geral de Justiça. Nas gavetas de Marcos
Antônio Ferreira das Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, devido seu mandonismo, dormita desde 2014, por
exemplo, o parecer do promotor de Justiça Domingos
Sávio Alves de Campos, concluindo pela inconstitucionalidade do PCCR da Alepa,
o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Assembleia Legislativa do Pará,
por isso passível, assim, de ajuizamento de uma ADIN, a Ação Direta de
Inconstitucionalidade. No leque de aberrações contempladas no PCCR da Alepa
inclui-se, dentre outras pérolas, a supressão do nível fundamental, cujos
cargos migram para o nível médio, enquanto os cargos de nível médio migram para
o nível superior, a despeito de, em ambos os casos, a escolaridade dos servidores
contemplados com a tramoia ser absolutamente incompatível com a ascensão das
quais foram e serão beneficiados. Como é parceiro do presidente da Alepa,
deputado Márcio Miranda (DEM), no ardil do nepotismo cruzado, e conta com a boa
vontade dos deputados para obter as benesses desejadas, o procurador-geral de
Justiça mantém-se silente, em uma omissão criminosa diante da aberração que é o
PCCR da Assembleia Legislativa do Pará.
Comandada pelo corregedor
Cláudio Portela, a correição do CNMP no MPE deverá se estender até esta próxima
sexta-feira, 20, e foi precedida por uma reunião com dirigentes do Sisemppa, o Sindicato dos
Servidores do Ministério Público do Estado do Pará, nesta última quarta-feira,
18. Na reunião, segundo relatos, Portela revelou-se estarrecido diante das
denúncias sobre assédio moral aos servidores do MPE, por parte de Neves, e a
respeito das manobras protelatórias do procurador-geral de Justiça para manter
como assessor André Ricardo Otoni Vieira, seu
amigo-de-fé-irmão-camarada, além de sócio-administrador de suas empresas e
advogado, na contramão de determinação do próprio CNMP. Por ser
sócio-administrador em empresas de Neves, André Ricardo Otoni Vieira não
poderia ter sido nomeado assessor e, por ser assessor, não poderia advogar para
o procurador-geral de Justiça, tal como foi flagrado fazendo, em uma ação de
despejo, inclusive em horário de expediente.
2 comentários :
Tem diretor que chega nove da manhã e sai quatro da tarde e ganha pra isso dez mil reais de gratificação
Egua não acredito. Mas ja sei quem é o famoso ze preguiça do financeiro .
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