SUCESSÃO 2010 – O PT e os pastores de má-fé

Tanto ou mais repulsivo foi a Escola de Governo ser entregue ao PRB, o Partido Republicano Brasileiro, uma legenda de aluguel, que no Pará é o braço político da Igreja Universal. Esta vem a ser a igreja comandada pelo autonomeado bispo Edir Macedo, acusado de formação de quadrilha pelo Ministério Público de São Paulo. Para tanto, Ana Júlia Carepa defenestrou da Escola de Governo, de forma humilhante, Edilza Fontes, comadre e até então amiga pessoal da governadora, substituída por Divino Santos, um pastor da Igreja Universal, cuja escolaridade não ultrapassa o ensino fundamental. Ao tomar de assalto a Escola de Governo, em troca do apoio à reeleição de Ana Júlia, os prepostos de Edir Macedo promoveram uma razia, com exonerações em massa dos servidores da autarquia que ocupavam cargos comissionados, destinados, desde então, aos apaniguados da Igreja Universal.
Algo semelhante ocorreu no Detran, o Departamento de Trânsito do Estado do Pará, transformado em feudo dos pastores da Igreja do Evangelho Quadrangular, cujas lideranças jamais se notabilizaram por precauções éticas. Não por acaso, a evolução patrimonial de alguns desses pastores coincide com a disseminação da igreja no Pará. Feito diretor-geral do Detran, Alberto Campos protagonizou um episódio revelador do jaez das lideranças da Igreja do Evangelho Quadrangular, ao desrespeitar a lei para conceder a carteira nacional de habilitação à diretora Administrativa-Financeira da autarquia, Maria Denise da Silveira. Como Alberto Campos, Maria Denise da Silveira é também pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular.