sábado, 3 de abril de 2010

IASEP – A contestação, na íntegra

Transcrevo mais abaixo, na íntegra, o comentário no qual o pai cujo filho, de apenas quatro anos, enfrentou uma via crúcis até ter engessado o braço fraturado, no arremate de um drama que se estendeu por mais de 12 horas.

“Entendo a posição da dona Sandra Leite ,mais não aceito,pois não sou partidário, e sim um pai aflito, ao ver o filho sofrendo e sem atendimento,até o segundo item do esclarecimento está correto. Fomos sim atendido pelo plantonista do Saúde da Mulher, o qual alegou que seria necessário internar a criança, serviço este que o hospital Saúde da Mulher não dispõe para menor da idade do meu filho.
“No item terceiro, Sandra fala que a médica auditora alegou que não houve registro de atendimento. É mentira! O traumatologista atendeu, sim, a criança e alegou que não faziam o serviço de internação e engessamento. Este fato teve várias testemunhas. Inclusive, na mesma hora, havia um servidor da Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará), com um colega servidor, com dor no pescoço, para ser atendido após o Bruno. Como essa médica vem dizer que não fomos para o Saúde da Mulher? A recepcionista do Saúde da Mulher alegou que não fariam esse serviço e na mesma hora a atendente ligou para Clínica do Bebê, para que voltássemos para esta. Agora, eu pergunto: se tínhamos acabado de ser encaminhados para o hospital Saúde da Mulher, como iríamos voltar para Clinica do Bebê, se também lá não fazem este tipo de internação e nem o serviço de engessar pacientes da idade de Bruno, pois a Clinica do Bebê não dispunha de traumatologista no dia do ocorrido???!!! Lógico que não voltamos para lá, pois já se passava das 22 horas, quando saímos do Saúde da Mulher, e o cansaço físico e psicológico era visível.
“Pela manhã, ao ligar para todos os hospitais da guia médica do PAS, telefonei inclusive para a Clínica do Bebê novamente, e a atendente reafirmou que não faziam esse serviço de engessamento lá. Ora, qual pai iria ficar com o filho em casa com o braço quebrado e inchado, esperando o pior???!!
“Acionei, sim, o meu primo, para que me ajudasse a internar e engessar o braço do Bruno, o que foi feito, em fim, na Clínica Maradei pelo SUS, o Sistema único de Saúde.
“Sandra Leite alega que a Clínica do Bebê acionou o plantonista esperando que voltássemos lá. Volto a perguntar: por que então a Clínica do Bebê nos encaminhou para o hospital Saúde da Mulher? Por que não acionaram o plantonista na hora em que o Bruno estava sendo atendido na Clinica do Bebê? E por que, ao ligar pela manhã para a Clinica do Bebê, novamente, não pediram para voltar com a criança ? Estamos falando de vida ,de saúde,e não de um objeto, dona Sandra. Leio seus argumentos, mas não aceito, e não me convenço, pois, como relatei antes, houve falhas do PAS. A senhora tem que usar esse caso para que falhas desse gênero não venha mais a ocorrer. Ainda mais em se tratando de uma criança de apenas quatro anos.
“No fim do terceiro item, a médica auditora alega que ‘não há registrado atendimento, ou seja, não houve consulta com o traumatologista de plantão’. Mas logo no inicio do quarto item há uma contradição. Como falam que não houve registro de atendimento e, logo em seguida, a recepcionista da Saúde da Mulher liga para a Clínica do Bebê, dizendo que o Bruno iria retornar para lá???!!!
“‘A direção da Clínica do Bebê relatou que a recepção foi acionada por telefone por funcionário do Hospital Saúde da Mulher, informando que o paciente retornaria à clínica".
“Alguém está mentindo, para poder se eximir de suas responsabilidades. Talvez queiram afirmar que o maior culpado de tudo isso é o pequeno Bruno, pois quem mandou ele quebrar o braço!!! Só pode!!!
“Desafio a dona Sandra Leite a fazer um teste e ligar para todos os hospitais de urgência e emergência da guia do PAS, perguntando se internam e engessam o braço de uma criança de quatro anos. Faça este teste, dona Sandra, mas se identifique como uma dona de casa comum, anônima, sem se identificar, e verá o resultado.
“Até você mesmo, amigo Barata, experimente fazer esse teste. Fale que você já está com o raio-x do braço fraturado de uma criança, e que deseja interná-la e engessar o braço, e tire a prova dos nove.”

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