quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VEREQUETE – Obrigado, mestre. Descanse em paz

Obrigado, mestre, mas muito obrigado, mesmo. Descanse em paz.
Isso é o mínimo que se pode dizer sobre Augusto Gomes Rodrigues, 93 anos, o Mestre Verequete, que morreu no início da tarde de terça-feira, 3, no Hospital Universitário João Barros Barreto. Cantor e compositor de carimbó, Mestre Verequete foi um dos pioneiros na divulgação do ritmo nos subúrbios de Belém.
O reconhecimento oficial e público à importância de Mestre Verequete cumpriu o amargo roteiro que costuma ser escrito pelos inquilinos do poder, pródigos em promover somente na morte as homenagens que sonegaram em vida àqueles que fizeram por merecer nossa reverência.
De acordo com o noticiário dos nossos jornais de circulação diária, Mestre Verequete recebia do Governo do Estado uma pensão especial de R$ 1.040,00, equivalente a menos de três salários mínimos. O salário mínimo é de R$ 465,00. O auxílio, acrescentaram as notícias, foi aprovado dentro da lei orçamentária pela Assembléia Legislativa do Pará. De resto, uma rede de farmácias de Belém também doava mensalmente, para Mestre Verequete, R$ 1 mil em remédios.
Segundo ainda foi relembrado, o pagamento de uma pensão a Mestre Verequete, feito pela Prefeitura de Belém na administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues (então PT, hoje PSol), foi suspenso tão logo Duciomar Costa (PTB), Dudu, O Nefasto, aboletou-se no Palácio Antônio Lemos.

4 comentários:

  1. Tinha que ser essa íngua pra fazer isso com o Mestre Verequete. Também, além de ser um escroque, o que é que essa anta Dudu conhece de cultura?

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  2. Não lembro de ter visto alguém com tamanha sensibilidade no trato da cultura paraense. Verequete é para o carimbó o que Luís Gonzaga é para o forró. A diferença é que o último tem ainda hoje o reconhecimento nacional (merecido, diga-se), com uma biografia constantemente explorada e divulgada...já o nosso Verequete, a julgar pelas meias páginas de jornais dedicados ao seu falecimento, literalmente morrerá ou então, no máximo, aparecerá em uma ou outra citação musical. Tudo isso graças ao provincianismo que toma conta de um lugar chamado Pará. MESTRE, o senhor merecia ter entrado muito mais vezes nesse templo da cultura paraense que é o Teatro da Paz. Mas, enfim, este espaço não era para o senhor, afinal o que é o carimbó e quem é Verequete? "Pará, oh Pará", quando aprenderás a cuidar da sua cultura e, especialmente, daqueles que fazem a cultura desse Estado?

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  3. É, enquanto isso vale lembrar a pensão epecial (receber o dobro do salário de quando vivo) que foi garantida para o tucano Sérgio Maneschy no governo Jatene, e o mesmo morreu de um amplo e irrestrito, digamo assim, infarto e não por conta de serviço que lhe colocasse em risco a vida. É assim a vida no Pará.

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  4. Muito cara de pau desse prefeito ficha suja Duciomal, que além de ter coratado a pensão de três salários mínimos, ainda ousosu mandar para a família uma coroa de flores no velório do mestre. So podia ser esse nefasto.

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