sábado, 19 de setembro de 2009

OAB – Respeito pela liberdade de expressão

A intervenção de Ângela Sales tem ainda um mérito adicional. Ela faz uma ardorosa defesa da liberdade de expressão, a despeito de ser alcançada, ainda que indiretamente, por críticas aqui feitas. Críticas que absorve democraticamente, ainda que delas possa discordar, sem tomá-las como pessoal. Críticas, diga-se, políticas, que não desmerecem a dignidade pessoal e profissional de Ângela, que nesse aspecto honra o legado do seu pai, o saudoso mestre Egydio Sales, um dos mais ilustres presidentes que já teve a OAB/PA, cargo hoje ocupado pela filha.
De resto, como é próprio de quem sabe que disputas e divergências políticas não desobrigam da dignidade, Ângela Sales repele, enfaticamente, a tentativa de estigmatizar-me, com a pecha de ingrato, por questionar o candidato apoiado por seu irmão, Egydio Sales Filho. Egydio, do qual sou amigo e contemporâneo de Colégio Moderno, advoga-me, sem nada cobrar, em uma ação judicial movida por Orly da Costa Bezerra, o marketeiro-mor dos sucessivos governos do PSDB no Pará, que reivindica uma indenização de R$ 100 mil, a pretexto de supostos danos morais.
Na ocasião em que Orly deu entrada na Justiça com a ação, advogado pelo escritório Coelho de Souza, uma das mais respeitadas bancas de advocacia do Pará, não havia a menor perspectiva do PSDB ser apeado do governo. O que evidencia a coragem moral e a generosidade de Egydio Sales Filho, que comanda outra das mais respeitadas bancas de advocacia do Estado, da qual faz parte também Ângela, sua irmã.

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