segunda-feira, 1 de junho de 2009

SAÚDE – A grave denúncia de João de Deus

Pela sua probidade e por sua condição de médico de competência e experiência reconhecidas, não convém desqualificar, a priori, a denúncia do ex-presidente do Ophir Loyola, João de Deus Reis da Silva (à esq., em foto do site da AVAO), que debita o sucateamento do hospital à falta de recursos que deveriam ter sido repassados pelo FES, o Fundo Estadual de Saúde. De janeiro a maio deste ano, segundo o ex-presidente do hospital, o FES deveria ter repassado ao hospital um total de R$ R$ 17,5 milhões para despesas de custeio, o que corresponderia a um repasse mensal de R$ 3,5 milhões. Nesse período, porém, apenas R$ 6.063.853,00 foram repassados ao Ophir Loyola, de acordo com revelação feita por João de Deus, em matéria publicada na edição deste domingo, 31 de maio, do Diário do Pará.
A diretoria do Ophir Loyola, que pediu exoneração em bloco após o vazamento de um relatório da Auditoria Geral do Estado denunciando as precárias condições de funcionamento do hospital e relacionando-a ao inchaço da folha de pessoal, foi uma indicação do PMDB, dentro da cota que coube ao partido no governo Ana Júlia Carepa. Isso poderia fazer soar suspeita a revelação feita pelo Diário do Pará, o jornal da família do ex-governador Jader Barbalho, o manda-chuva do PMDB no Estado, mas a credibilidade profissional de João de Deus recomenda conceder-lhe, ao menos, o benefício da dúvida, diante da gravidade da denúncia.

8 comentários:

  1. O que vem acontecendo no Ophir Loyola é apenas um - infelizmente o mais grave - dos problemas de gestão da SEFA. Soma-se à cretina administração do cômico Zé Trindade o boicote financeiro do próprio governo, a custa de mortes e desespero da população, para desqualificar qualquer indicação que não seja do grupo que hoje assume a SESPA. Todo este embrólio encerra-se com o texto pra lá de previsível do fraco Puty: " o problema no Ophir foi de gestão". Não, o problema da saúde no Estado é um crime deliberadamente planejado pelo próprio governo.

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  2. Dr. João é bom, o problema dele foi deixar a Deane e a Moscoso fazerem essa enorme patifaria dentro do Ofir.

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  3. Concordo com o anônimo das 09:02. O grande problema desse governo é justamente a (ausência) de gestão. Mas todos nós enquanto sociedade organizada (chavão do PT) não utilizarmos os recursos (improbidade, ação civil pública)que a Lei nos oferece, vamos continuar a ser atores/espectadores desse drama social, que é a saúde pública. Algúem se recorda de alguma audiência pública de prestação de contas quadrimestral promovida pelo governo?

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  4. Com a palavra o povo que manda no FES, onde nem a Leura metia o bedelho. E aí Cláudio VAle e Nonato, e aí PT????????????????

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  5. O maior erro do João de Deus foi acreditar na lealdade de Laura Rossetti. Ardilosa e traiçoeira costumaz, a ex-secretária, seja no Ophir Loiola seja na SESPA, preocupava-se apenas com obras físicas que pudessem beneficiar um engenheiro mais do que próximo dela (vide CEDRO CONSTRUTORA). Diante de crises, jogava a culpa em seus colaboradores e pedia à governadora que os exonerasse, expondo-os à reprovação pública. Quando Jader percebeu os sucessivos golpes, se antecipou, entregou os cargos e, pelo menos, levou a nefasta Laura junto. De qualquer modo, sobrou também para o smpático João de Deus.

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  6. O JOAÕ DE E UM EXCELENTE PROFISSIONAL MEDICO E UM OTIMO GESTOR...ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA
    INFELIZMENTE QUEM O CERCAVA ERA UM MONTE DE INCOPETENTES A COMEÇAR PELA LAURA ROSSETI....

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  7. Esses diretores só falam mal do governo quando são defenestrados e perdem a baba. Antes disso são uns caras-de-pau que metem a mãozinha na m. e sacrificam toda a ordem funcional e admninistrativa do órgão aos desmandos oriundos dos gabinetes superiores. Pois sim, estamos fartos desses.

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  8. Barata:

    Os DAS da saúde pública estadual há muito decoraram o estribilho: "fecha, pára, terceiriza, ou manda para a unidade de referência (nem que seja num outro estado como sugeriu a secretária de saúde ao se referir aos pacientes do Ofir Loyola)". São uns gestores que não querem gerir, querem apenas acabar com o que os outros fizeram. Depois quando são demitidos, ficam contrariados e dizem na imprensa que são apenas técnicos. É a "tecnocracia da subserviência ao descaso".

    A saúde pública - a nível estadual e municipal - é um problema em franco agravamento, o qual só começará a ser resolvido quando as pessoas sairem às ruas, de forma organizada, exigindo das autoridades a aplicação honesta das verbas do SUS.

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