PSDB – As mágoas insepultas em relação a Jatene

Como era previsível, e deixam evidentes as intenções que movem-no no apoio à pré-candidatura de Mário Couto a governador, em 2010, são as declarações de Almir Gabriel sobre o seu sucessor, o ex-governador Simão Jatene, a quem responsabiliza – agora publicamente – pela derrota eleitoral de 2006. “Acho que fez corpo mole. Fez sim, pode escrever”, vociferou, debitando a Jatene ter sido derrotado pela petista Ana Júlia Carepa, em 2006, em uma eleição que, na sua leitura, “estava na mão”.
Jatene, recorde-se, foi o mais prestigiado dos secretários de Almir Gabriel, nos dois mandatos deste como governador – de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002. Um técnico reconhecidamente competente, que até então fora tão-somente um político de gabinete, Jatene foi eleito sucessor de Almir com o escandaloso uso da máquina administrativa estadual, em 2002, sob o compromisso de se fazer suceder pelo seu predecessor. Assim, em 2006, embora o cenário lhe fosse mais favorável, Jatene foi atropelado por Almir, ungido candidato do PSDB ao governo.