Abaixo, as pautas
ignoradas por Erick Pedreira e Vera Jacob, os dois candidatos a reitor que
optaram por não conceder entrevista ao Blog do Barata. A candidatura de Erick Pedreira é
associada a setores do PSDB, e mais particularmente ao prefeito de Belém,
Zenaldo Coutinho, cuja equipe ele já integrou, como presidente do Ipamb, o
Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém. A candidatura de
Vera Jacob identifica-se com o PSol, e mais especificamente com a APS, Ação
Popular Socialista, uma das tendências abrigadas na legenda e no epicentro das denúncias de corrupção no Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará. Ela também tem o
apoio de setores da Adufpa, a Associação dos
Docentes da UFPA, do
Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino
Superior no Estado do Pará, e do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Pará. As indagações grafadas em vermelho são aquelas feitas especificamente aos dois candidatos.
A PAUTA DE ERICK PEDREIRA
·
Como o senhor
avalia qualitativamente a UFPA, hoje, e quais suas propostas para dinamizar a
instituição e melhorar a qualidade do ensino, em um cenário de grave crise
econômica, com seus naturais reflexos nos orçamentos das instituições de ensino
superior públicas?
·
Como qualquer
universidade federal, obviamente a UFPA tem suas mazelas, que contra ela
conspiram. Quais as principais dessas mazelas e como, a curto ou médio prazo,
aplacá-las, de modo a garantir aquele mínimo de excelência que se espera de uma
academia?
·
Na esteira do
Reuni, os campus da UFPA transformaram-se em canteiros de obras, multiplicando
suas unidades físicas, mas sem a contrapartida de concursos públicos capazes de
atender a previsível demanda por mais pessoal de apoio técnico e professores.
Se eleito reitor, como o senhor pretende administrar esse descompasso?
·
Se eleito, quais as
medidas que o senhor contempla para contornar o descompasso hoje existente, em
matéria de nível, entre a graduação, que pela avaliação do ENAD está abaixo da
média nacional, e a pós-graduação, que pela avaliação da Capes atinge níveis de
excelência? O porquê disso, na sua opinião, é o que fazer, de imediato, para
superar essa discrepância?
·
Qual a sua postura
em relação ao Prouni, diante das críticas, de vastos setores acadêmicos, de que
o programa acaba por privar a universidade pública de maiores recursos, para
beneficiar, com isenções fiscais, os barões da educação?
·
Elencando em ordem
decrescente, quais serão as prioridades mais imediatas de sua administração, se
eleito reitor da UFPA?
·
Como o senhor se posiciona
diante do governo Michel Temer, e mais particularmente sobre os limites de
gastos proposto pelo novo presidente, com óbvios reflexos na educação?
·
Sua candidatura é associada ao PSDB e, mais particularmente,
ao atual prefeito de Belém, o tucano Zenaldo Coutinho, de cuja equipe o senhor
já teria feito parte. Fala-se inclusive na injeção de recursos de setores do
PSDB na sua candidatura. Essa versão procede?
·
O que o estimula a
sair candidato a reitor e como o senhor avalia suas chances, nessa disputa tão
acirrada?
·
Fala-se, nos
bastidores, de uma atmosfera de velada caça às bruxas para intimidar quem se
oponha ao candidato ungido pelo ex-reitor Carlos Maneschy. Essa versão procede
ou trata-se de lengalenga próprio de campanha eleitoral?
·
A UFPA acaba por
refletir a sociedade na qual está inserida, o que talvez explique ter sido
contaminada pelos vícios da política partidária, nela presentes no rastro da
redemocratização do país e visíveis nas disputas registradas a cada troca de
guarda. O que pode ser capaz de promover, no âmbito da universidade, uma
faxina ética capaz de sobrepor a excelência a conveniências eleitoreiras,
varrer a impunidade determinada pelo corporativismo e privilegiar o
contraditório?
A PAUTA DE VERA JACOB
·
Como a senhora
avalia qualitativamente a UFPA, hoje, e quais suas propostas para dinamizar a
instituição e melhorar a qualidade do ensino, em um cenário de grave crise
econômica, com seus naturais reflexos nos orçamentos das instituições de ensino
superior públicas?
·
Como qualquer
universidade federal, obviamente a UFPA tem suas mazelas, que contra ela
conspiram. Quais as principais dessas mazelas e como, a curto ou médio prazo,
aplacá-las, de modo a garantir aquele mínimo de excelência que se espera de uma
academia?
·
Na esteira do
Reuni, os campus da UFPA transformaram-se em canteiros de obras, multiplicando
suas unidades físicas, mas sem a contrapartida de concursos públicos capazes de
atender a previsível demanda por mais pessoal de apoio técnico e professores.
Se eleita reitora, como a senhora pretende administrar esse descompasso?
·
Se eleita, quais as
medidas que a senhora contempla para contornar o descompasso hoje existente, em
matéria de nível, entre a graduação, que pela avaliação do ENAD está abaixo da
média nacional, e a pós-graduação, que pela avaliação da Capes atinge níveis de
excelência? O porquê disso, na sua opinião, é o que fazer, de imediato, para
superar essa discrepância?
·
Qual a sua postura
em relação ao Prouni, diante das críticas, de vastos setores acadêmicos, de que
o programa acaba por privar a universidade pública de maiores recursos, para
beneficiar, com isenções fiscais, os barões da educação?
·
Elencando em ordem
decrescente, quais serão as prioridades mais imediatas de sua administração, se
eleita reitora da UFPA?
·
Como a senhora se
posiciona diante do governo Michel Temer, e mais particularmente sobre os
limites de gastos proposto pelo novo presidente, com óbvios reflexos na
educação?
·
Sua candidatura é associada a setores do PSol e, mais
particularmente, à APS, Ação Popular Socialista, cujos alguns dos expoentes
estão alojados na direção do Sintepp, cuja credibilidade foi tisnada pelas
denúncias de corrupção protocoladas no Ministério Público Estadual. Fala-se
inclusive na injeção de recursos não só do Sintepp, mas também da Adufpa, na
sua candidatura. Essa versão procede?
·
Pela sua
condição de coordenadora do Programa de
Pós-Graduação do ICED, o Instituto de Ciências da Educação, seu nome é
associado às recorrentes denúncias de que estaria sendo tratada como letra
morta a exigência de dedicação em tempo integral para o curso de mestrado, no
caso de Mateus Rocha da Costa Ferreira, coordenador do Sintepp e um dos seus
mais aguerridos cabos eleitorais. O que a senhora tem a dizer sobre esse
imbróglio?
·
Não lhe
constrange ter na sua campanha um dirigente sindical sob o qual pesa a suspeita
de corrupção e cuja biografia inclui um episódio policial, que originou uma
ação criminal, por ter agredido com uma cadeirada, por motivo fútil, um colega?
·
O que a estimula a
sair candidata a reitora e como a senhora avalia suas chances, nessa disputa
tão acirrada?
·
A sua candidatura
ser associada ao PSol não conspira contra o seu nome, ao sugerir uma
partidarização que historicamente tem soado deletéria para a UFPA?
·
Fala-se, nos
bastidores, de uma atmosfera de velada caça às bruxas para intimidar quem se
oponha ao candidato ungido pelo ex-reitor Carlos Maneschy. Essa versão procede
ou trata-se de lengalenga próprio de campanha eleitoral?
·
A UFPA acaba por
refletir a sociedade na qual está inserida, o que talvez explique ter sido
contaminada pelos vícios da política partidária, nela presentes no rastro da redemocratização
do país e visíveis nas disputas registradas a cada troca de guarda. O que pode
ser capaz de promover, no âmbito da universidade, uma faxina ética capaz de
sobrepor a excelência a conveniências eleitoreiras, varrer a impunidade
determinada pelo corporativismo e privilegiar o contraditório?
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