Mesmo sem que a legalidade
da recente greve da categoria tenha sido julgada, o governo Simão Jatene manterá
o desconto - agora incidindo sobre o pagamento retroativo do piso salarial de 2015 dos
professores da rede pública estadual de ensino - dos dias parados durante a paralisação
dos docentes, que se estendeu por um total de 72 dias, dos quais 45 correspondentes
a dias letivos. Isto, pelo menos, foi o que ficou definido no acordo costurado
pelo dirigentes do
Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Estado do Pará, com a secretária estadual de Administração,
Alice Viana. Também deverá ser deduzido, do pagamento retroativo do piso
salarial, a parcela deste paga pelo governo, em agosto do ano passado.
O acordo não aplaca a queixa
recorrente dos professores, segundo os quais os descontos já consumados, além de feitos
independentemente da manifestação da Justiça, não obedeceu ao critério anunciado
pelo governo, de acordo com o qual seria feito em parcelas mensais de 10% da
remuneração dos professores. “Em alguns casos esse limite foi respeitado, mas
há casos de descontos de R$ 1 mil, R$ 2 mil, R$ 3 mil, o que levou a situações
de docentes cujo contracheque foi simplesmente zerado”, desabafa um professor.
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