segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

FUNBOSQUE – Professores mantêm protesto e reiteram denúncias sobre condições de trabalho aviltantes

Carol Rezende Alves, presidente da Funbosque: um dos alvos da...

...insatisfação dos professores, disseminada pelas redes sociais.

Está confirmado para esta terça-feira, 19, às 8 horas da manhã, em frente à sede da Funbosque, a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, em Outeiro, o protesto dos professores da instituição contra as relotações arbitrárias e o aumento da jornada de trabalho, sem a devida contrapartida salarial. Essas medidas, jocosamente etiquetadas de “pacote de maldades do prefeito Zenaldo Coutinho e de Carol Rezende Alves”, a presidente da Funbosque, são interpretadas como retaliação aos docentes que reivindicam melhores condições de trabalho e educação de qualidade nas unidades pedagógicas da região das ilhas, conforme enfatizam denúncias reafirmadas via Blog do Barata e redes sociais. Além da revogação imediata do “pacote de maldades”, os professores reivindicam a demissão da presidente da fundação, Carol Rezende Alves, acidamente criticada por protagonizar uma administração “pífia”, que levou ao paroxismo o sucateamento da instituição, acentuado na gestão do prefeito Zenaldo Coutinho.
Os professores da Funbosque não só mantêm a realização do protesto, anunciado na sexta-feira, 15, como reiteram as denúncias sobre condições de trabalho aviltantes, algumas das quais já formalizadas junto ao MPE, o Ministério Público Estadual, que inusitadamente conserva-se inerte. “A Unidade Pedagógica Jutuba continua com os graves problemas denunciados no MP. Gerador que vive quebrando, cuja manutenção se resume a remendos; ponte e trapiche a ponto de desabar; escola com risco de desabamento; lancha escolar quebrada, o que faz os alunos serem transportados em uma lancha pequena, totalmente inadequada”, relata um professor. “Agora, eu pergunto: o que falta para Carol Rezende resolver estes problemas? Por que não se movimenta? Ao contrário, resolve perseguir os professores que denunciaram estes absurdos ao MP”, sublinha

Problemas semelhantes observa-se nas três unidades pedagógicas localizadas na ilha de Cotijuba, acrescentam os professores. “A ilha de Cotijuba, com três unidades pedagógicas, também amarga o abandono”, acentuam os relatos. “Na Unidade Pedagógica Faveira, com 18 turmas e quase 700 alunos, distribuídos em dois turnos, espera-se as duas salas prometidas por Carol Rezende e até agora nada! Apenas a promessa que o número de alunos por turmas ainda irá aumentar mais”, salientam as denúncias. E o acervo de denúncias é extenso. “Na Unidade Pedagógica Seringal, a professora, também alvo do ‘pacote de maldades’, sofre com a presença de cobras e uma estrutura de madeira da década de 1980”, acentua um dos relatos. “Querem remanejar para lá uma professora contratada, que, até pelos precários vínculos trabalhistas mantidos, não perturbará a tão preciosa paz de Carol Rezende Alves”, desabafa uma professora.

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