sábado, 8 de outubro de 2011

CÍRIO – O preço pela coragem moral

Em um previsível desfecho, Luizpê pagou caro pela coragem moral. Ele acabou defenestrado do principal jornal do grupo de comunicação dos Maiorana. O mesmo que ocorreu depois com sua mulher, Socorro Costa, a Socorrinho, jornalista de inquestionável competência e de indiscutível probidade, vítima de uma torpe retaliação de Rosângela Maiorana Kzan, a Loloca, diretora administrativa de O Liberal, com a qual tivera uma altercação, no exercício de seu mandato sindical. No seu primeiro dia sem a estabilidade conferida pela condição de dirigente sindical, Socorrinho foi sumariamente demitida por Loloca, sem justa causa. Trata-se de um episódio que tisna a biografia de Rosângela, ironicamente aquela que parecia ter herdado a sagacidade empresarial do patriarca dos Maiorana e cujo poder foi esfarinhado, diante da ascensão de Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, hoje presidente executivo das ORM, Organizações Romulo Maiorana.
Luizpê seguiu carreira, assim como Socorrinho, ainda que fora dos jornalões. Pela dignidade com a qual enfrentaram um ciclo de previsíveis adversidades, pode-se dizer que eles saíram maior, muito maior, do que quando submergiram no tsunami de intolerância e prepotência provocado pelos barões da comunicação no Pará. Com o agravante da responsabilidade de ambos, diante dos filhos. Luiz Pinto e Socorrinho têm dois filhos, hoje adolescentes. Aos quais se somam os três filhos do casamento anterior de Luiz Pinto. Sem esquecer que Socorinho, a companheira em tempo integral de Luiz Pinto, é arrimo de família, inclusive dedicando-se, com comovente desvelo, à mãe e a uma jovem irmã, esta por ela tratada com a generosidade habitualmente reservada a filhos.

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