sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ALEPA – Uma fraude grosseira

Em uma evidência de que a mente criminosa dispensa o brilho intelectual, a despeito de suas notórias limitações intelectuais Naná consolidou seu espaço no Palácio Cabanagem ao se familiarizar com os atalhos que levam às benesses do poder, ainda que à margem da lei. Assim, por exemplo, como todos os demais procuradores da Alepa, até recentemente Naná desconheceu solenemente o redutor constitucional, ao qual só passou a submeter a partir de outubro de 2010, quando o Ministério Público Estadual começou a fazer incursões no Palácio Cabanagem. As evidências sinalizam que a procuradora da Alepa, como os demais integrantes da máfia legislativa, apostava na impunidade.
A aparente convicção de que estaria blindada pela tradição de impunidade que historicamente viceja no Palácio Cabanagem talvez sirva para explicar o porquê das grosseiras fraudes patrocinadas por Naná nos simulacros de licitação que protagonizou, para beneficiar a Hábil Informática & Assessorias. A Computer Store Comércio e Serviços Tecnológicos Ltda, por exemplo, não participou de nenhuma concorrência na Alepa entre 2007 e 2009, mas é citada pela procuradora da Assembleia Legislativa do Pará, como presidente da CPL, nas duas concorrências fraudadas. Com o agravante da falsidade ideológica representada pela falsificação da assinatura do suposto representante da Computer Store Comércio e Serviços Tecnológicos Ltda.
É emblemático da atmosfera de impunidade, sob a qual se move Naná no Palácio Cabanagem, que no computador de Jorge Moisés Caddah tenham sido encontradas atas de supostas licitações, prontas para ser impressas e subscritas. Caddah, recorde-se, é o delinquente confesso, que operacionalizou as fraudes na folha de pagamento da Alepa e mantém um caliente affaire com Naná, embora se declare apaixonado por Mônica Alexandra da Costa Pinto, a eterna musa das mamatas do Palácio Cabanagem. Apesar de não ostentar currículo, mas prontuário, Caddah tem a proteção de cabeças coroadas do PMDB, como os deputados Simone Morgado, 1ª secretária da Alepa, e Parsifal Pontes, líder da legenda no Palácio Cabanagem.
A lambança protagonizada por Naná poderá levá-la a perda da função. Além, é claro, da obrigação de ressarcir o erário, independentemente de qualquer outra punição a que fique sujeita.

Um comentário:

  1. BARATA,
    Como antiga servidora da ALEPA, me sinto afrontada com os paraquedistas que chegam para ocupar os principais cargos diretivos da Casa, muitos dos quais hoje apontados como responsáveis diretos pela roubalheira que aí está. Felizmente as apurações têm revelado, tanto quanto possível, os verdadeiros autores das falcatruas, como é o caso da Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, ex-Guimarães, uma das responsáveis pelas licitações fraudulentas. Entretanto, observa-se com grave estranheza que há gente de peso que tem conseguindo se esconder, sorrateiramente, como se nada tivesse a ver com as falcatruas. É o caso da MARIA EUGÊNIA RIOS, fiel escudeira de Jader Barbalho, chefão do PMDB do Pará, que por oito anos seguidos, cobrindo as gestões de Mário Couto e Domingos Juvenil, ocupou a Procuradoria Geral da ALEPA, por onde conseguiu se aposentar, incumbindo-lhe atestar a legitimidade e legalidade de todos os atos de rotina da Casa, inclusive os processos de licitação. A quem interessa manter esta senhora sob proteção?

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