SUCESSÃO 2010 – O ônus imposto a Regina

A despeito das credenciais exibidas, ironicamente coube a Regina Barata (foto) pagar a conta pela perfídia de Ana Júlia Carepa. Justo ela, frequentemente hostilizada pelos petralhas abrigados no Palácio dos Despachos e compelida a se contentar com a xepa das benesses que se confundem com o exercício do poder. Não por acaso, os petistas, em seus momentos de desalento, desabafavam que parlamentares tucanos, como Ana Cunha, foram aquinhoados pelo governo com mais cargos na máquina administrativa estadual do que os próprios deputados do PT. Não por méritos, diga-se, mas pelo fisiologismo escandalosamente estimulado pelos petralhas e que acabaria por tragar o governo, ao torná-lo refém de um toma-lá-dá-cá insano, porque sem a garantia contrapartida.
Regina Barata, recorde-se, destacou-se como uma parlamentar presente e atuante. Tal qual Arnaldo Jordy, líder do PPS, cuja seriedade pessoal conferiu credibilidade à CPI da Pedofilia; João Salame, também do PPS; Carlos Martins, líder do PT; Carlos Bordalo, igualmente do PT; Alexandfre Von, do PSDB; e Gabriel Guerreiro, líder do PV e, depois, líder do governo, função a qual conferiu a dignidade que Airton Faleiro, refém de interesses paroquiais, não conseguiu imprimir no exercício do papel que lhe foi confiado. Mesmo João Salame, que aportou no Palácio Cabanagem com um discurso de exaltação do fisiologismo - chafurdando-se no G-8, a bancada execravelmente fisiológica da Alepa -, redimiu-se, ao protagonizar um momento que dignificou o Legislativo, como relator do PCS, o Plano de Cargos e Salários da Assembléia Legislativa do Pará.