CENSURA – As razões inconfessáveis

O que revela as intenções escusas, embutidas na ação judicial, é que Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná, sentiu-se ofendida por comentários feitos por internautas. Mas não identificou nenhum agravo quando o Repórter 70, a prestigiada coluna do jornal O Liberal, relatou, em tom de escárnio, o barraco que protagonizou com o ex-marido, em plena Assembléia Legislativa. Na notícia, tanto ela como o ex-marido foram devidamente nominados, em um contexto que turbinava a versão sobre uma separação traumática, no rastro de um triângulo amoroso, assunto no qual eu jamais me chafurdei.
Esse fato robustece a suspeita de que sua indignação, em relação a este blog, na verdade derive das denúncias sobre as ilegalidades e imoralidades embutidas na minuta do anteprojeto do novo PCS da Alepa, o Plano de Cargos e Salários da Assembléia Legislativa do Pará. No imbróglio do PCS o nome de Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná, sempre esteve associado a propostas formuladas à margem da legalidade, como ascensão vertical, criação de cargos sem concurso e efetivação de comissionados e temporários. No Palácio Cabanagem, ela é identificada como uma empedernida advogada da minuta do PCS, na qual figuram “ilegalidades e imoralidades”, na definição de especialistas na matéria. "Ilegalidades e imoralidades" expurgadas pelo deputado João Salame, relator do anteprojeto do PCS.