DUDU - A desfaçatez no limite do escárnio

Decididamente, o cinismo do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB) (foto), não conhece limites. E nem o escárnio com o qual ele trata as instituições democráticas e o desdém que dedica à Justiça.
A certeza de impunidade do célebre Dudu, O Nefasto, é tanta, e tamanha, que mesmo acossado por uma sentença determinando sua cassação, por crime eleitoral, ele não vacilou em voltar a usar o erário, sem nenhum pudor, em defesa de suas aspirações políticas.
Primeiramente, o nefasto Dudu usou recursos públicos para veicular insistentemente neste último domingo, 6, na tevê, em horário nobre, um informe publicitário, oferecendo sua versão sobre o crime do qual é acusado pela Justiça Eleitoral.
Já no final da tarde desta segunda-feira, 7, foi distribuido gratuitamente, nas principais esquinas de Belém, um tablóide com 24 páginas, Tribuna do Pará, sem publicidade, pelo menos publicidade identificada como tal, cuja principal matéria de capa denuncia como suposta manobra política a sentença cassando o mandato de Dudu, O Nefasto, estampando uma imensa foto do prefeito de Belém. No seu expediente, o jornal não informa quem é o editor-chefe. O expediente se limita a informar que o tablóide é editado por uma certa SGP Comunicações e Serviços Ltda.
Um jornal nos moldes da Tribuna do Pará é um produto caro, porque caros são seus insumos. Tão caros que é inimaginável ver distribuido gratuitamento um jornal editado por uma obscura empresa. Logo, a concluir da edição distribuída gratuitamente, soa inevitável associar a Tribuna do Pará aos cofres públicos municipais.
Trata-se de uma suspeita a ser investigada pelo Ministério Público do Pará. Se este, naturalmente, se dispuser a tanto. O que não é certo, quando se trata, dentre outros, de Dudu, O Nefasto.