DS – Política da terra arrasada

Para viabilizar o projeto eleitoral avalizado por Ana Júlia Carepa, os luas pretas da DS adotaram, com acintosa desfaçatez, a política da terra arrasada. Para tanto mandaram os escrúpulos às favas e passaram a lotear o governo ignorando qualquer critério técnico. O que conta, desde então, é valer-se das benesses do poder para cooptar novos aliados e com eles presumíveis votos.
Isso explica o porquê de entregar ao inexpressivo PV, que no Pará é um valhacouto de arrivistas, a OAS Pará 2000, que administra a Estação das Docas, o Mangal das Garças e a Casa das 11 janelas. Isso também serve para explicar porque a Escola de Governo tem como novo diretor geral um personagem obscuro, cuja escolaridade não ultrapassa o ensino fundamental e que é pastor da Igreja Universal, cujo braço político do Pará é o PRB.
Em uma espécie de xepa política, a Sead, a Secretaria de Estado de Administração, foi entregue ao PP de Gerson Peres, dinossauro originário da ditadura militar, habitué em alojar seus filhos e apaniguados em órgãos públicos, às vezes em funções para as quais falta-lhes qualificação. Sem esquecer, naturalmente, dos Andrade, pai e filho, respectivamente, o ex-senador e vereador de Belém Ademir Andrade e Cássio Andrade, um deputado estadual de desempenho parlamentar medíocre. Em nome do PSB, que comandam com mãos de ferro no Pará, eles primeiramente sucatearam a Sead, por eles reduzida a um comitê eleitoral e da qual migraram para a Sejudh, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, fadada a ser transformada em uma casa de tolerância, sem nenhum compromisso com a eficiência da gestão pública.