IMPRENSA – A saga de Raimundo José Pinto

Por respeito ao desejo implícito da família, que desde o início do problema trata o assunto com discrição, evitei expressar publicamente minha solidariedade a Raimundo José Pinto, um dos mais completos jornalistas da sua geração, diante da sua saga contra um câncer implacável. Até aqui, limitei-me a buscar notícias de Raimundo José com amigos em comum, ou sobre ele fiquei sabendo a partir de relatos de familiares do jornalista a amigos, com os quais também me relaciono. Agora, que o assunto se tornou do domínio público, não posso deixar de registrar minha solidariedade e reverenciar Raimundo José, não só como profissional, mas também como pessoa.
Nunca fomos próximos, mas nos momentos em que as circunstâncias me permitiram estreitar a relação com Raimundo José, tive a oportunidade de estar diante de um profissional de competência, experiência e probidade inquestionáveis, que é também uma pessoa da melhor qualidade. Para além dos seus méritos profissionais, Raimundo José é também um paradigma de pessoa visceralmente boa, incapaz de um gesto torpe, permanentemente preocupado em ser leal e justo. Dele se pode discordar, mas jamais imaginá-lo movido por qualquer propósito escuso.
Por isso, independentemente de manifestar minha solidariedade, faço questão de registrar também minha mais sincera admiração e meu mais profundo respeito por Raimundo José, como profissional e ser humano.