segunda-feira, 1 de junho de 2009

SAÚDE – Denúncia exige apuração

As evidências sugerem, inevitavelmente, que João de Deus coonestou um caos que acabou por tisnar, para consumo externo, a boa imagem que, a despeito do sucateamento do Ophir Loyola, ainda mantém entre os próprios médicos do hospital. Mas seja como for, a denúncia feita, extemporânea ou não, exige uma rigorosa apuração, por sua própria gravidade. Afinal, ela sugere que no governo Ana Júlia Carepa a saúde pública, e mais especificamente vidas humanas, estão à mercê de repulsivas disputas políticas intestinas. O Ophir Loyola, repita-se, é referência no tratamento de câncer no Pará.
Segundo o ex-presidente, não só foram destinados ao hospital, de janeiro a maio, apenas R$ 6.063.853,00 do total de R$ 17,5 milhões que deveria ter sido repassado, como, do pouco que foi repassado, R$ 1,5 milhão foram para despesas de utilidade pública (água, luz, telefone). Isso significa dizer, de acordo com a denúncia do ex-presidente do hospital, que restaram somente R$ 4,5 milhões, ou apenas R$ 900 mil mensais, três vezes menos que o mínimo necessário – R$ 3,5 milhões - diante das despesas para manter o hospital, de alta complexidade. "O que houve foi a redução drástica de recursos para o hospital, que atrapalhou nosso trabalho. A situação só não era pior graças à renda própria do hospital, que gira em torno de R$ 2 milhões e sofre descontos, para empresas de órteses e próteses, por exemplo", desabafou João de Deus.

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