quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

DAY AFTER – Suposta opção

A opção política de Ana Júlia Carepa, diante da rasteira política que lhe aplicou o PMDB, ao se aliar ao PSDB, poderia ser contornada, na leitura de setores petistas, com a interlocução direta com os prefeitos, sempre ávidos por recursos, sem a intermediação dos deputados infiéis. Os que defendem essa alternativa acentuam que foi dessa forma que o ex-governador tucano Almir Gabriel obteve a submissão dos deputados aos desejos do Palácio dos Despachos.
O problema, no caso de Ana Júlia Carepa, é que a governadora, a exemplo da maioria dos demais governadores, é visceralmente dependente dos recursos do governo federal, com ênfase para as verbas do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. E o Palácio do Planalto, às vésperas da sucessão do presidente Lula, que alimenta a pretensão de fazer a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sua sucessora, certamente não há de endossar a idéia de hostilizar um cabo eleitoral com a musculatura política e a capacidade de articulação política do ex-governador Jader Barbalho. E este, pelas evidências históricas, só fica refém do calor oficial se optar por disputar o Senado, sabendo-se que as eleições majoritárias que disputa, pela extensão da rejeição ao seu nome, costumam ganhar um caráter plebiscitário.

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