UFPA – Progep entre a prepotência e o cinismo

Diante dos esclarecimentos oferecidos e o cotejo destes com as sucessivas denúncias de desvirtuamento do programa de redimensionamento de pessoal, é inevitável concluir que a Progep vagueia entre uma inocultável prepotência e o mais deslavado cinismo. As denúncias formuladas até aqui, por aqueles que têm coragem moral de fazê-las publicamente, criticam justamente o caráter autocrático do redimensionamento e questionam enfaticamente a decisão de implementar o programa sob uma atmosfera de ebulição política, que deriva da sucessão do atual reitor.
Soa inverossímil que uma instituição de ensino superior sucateada pela falta de recursos, um problema apenas aplacado nos dois mandatos conferidos ao professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, o atual reitor, esteja habilitada a implementar seriamente um programa tão ousado como é o redimensionamento de pessoal. Sem esquecer, naturalmente, que não poderia ser mais inadequado o momento escolhido para implementá-lo. O redimensionamento, em si, é não só louvável, mas necessário. Mas, para que dele possam se beneficiar a UFPA e seus servidores, não pode ficar a reboque do mandonismo tão a gosto dos incompetentes ou daqueles que, embora intelectualmente qualificados, insistem em flertar com a tentação totalitária.