quarta-feira, 11 de outubro de 2017

MPE – Procurador-geral exonera assessora introduzida no Núcleo de Combate à Improbidade por Medrado

O ato do procurador-geral exonerando Maria da Conceição Paiva do MPE.
Nelson Medrado (à esq.), com Maria da Conceição Paiva (penúltima
à dir.), em momento íntimo da família do procurador de Justiça.
Quem cobra uma postura mais proativa do novo procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente Martins, o primeiro promotor de Justiça a comandar o Ministério Público Estadual, certamente tomou um choque de realidade.
Embora discreto e sóbrio, mas sobretudo cioso do papel de fiscal da lei do MPE, ele revelou elogiável coragem moral ao exonerar - em ato datado do dia 10, terça-feira, e publicado no Diário Oficial desta quarta-feira, 11 - Maria da Conceição Paiva, que fora aboletada no cargo de assessor especializado de apoio técnico-operacional judicial e extrajudicial, abrigada no NCIC, o Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção. Ela é não só amiga do ex-coordenador do NCIC, Nelson Medrado, mas em particular da esposa deste, Socorro Medrado, e íntima da família do procurador de Justiça, como evidenciam fotos pinçadas do Facebook (Leia aqui). Medrado, recorde-se, ganhou notoriedade, para consumo externo, como uma espécie de xerife da moralidade pública, imagem tisnada pela sua postura silente diante dos malfeitos que pontuaram a gestão do ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves (Leia aqui), do qual é amigo há mais de 20 anos e fiel escudeiro.

Ao tentar justificar sua nomeação (Leia aqui), Maria da Conceição Paiva jactou-se de ter formação acadêmica em economia e contabilidade, afirmou que é especialista em gestão pública e acrescentou que está cursando MBA em perícia e auditoria econômica e financeira. Mas não comprovou o registro profissional no Corecon/PA, o Conselho Regional de Economia do Pará (cujo site está indisponível para consultas). No Conselho Federal de Contabilidade seu registro – por sinal suspenso – é de técnico em contabilidade, não de contador, como informa o site da entidade. Para o exercício de atribuições e cargos de economista e contador não basta formação acadêmica, mas o competente registro profissional nos respectivos conselhos.

13 comentários :

Anônimo disse...

Muito bem Dr. Gilberto Valente valorize o servidor concursado e esvazie esse aquário, exonere todos esses comissionados janelados que não passam no concurso e ganham muito mais que o concursado

Anônimo disse...

tudo certo. agora falta o PCCR, o processo do jatene e o problema do genro do procurador jorge rocha que vendeu pra o mp.

Anônimo disse...

Dr. Medrado pensou que o Dr. Gilberto era conivente com imoralidades? O Dr. Gilberto não é igual ao ex-PGJ, Marcos das Neves. Viu a diferença Dr. Medrado?

Anônimo disse...

O Dr. Gilberto tinha que analisar o conhecimento da assessora para apurar o favorecimento e não correr para exonera-la e frustrar a apuração.

Anônimo disse...

A assessora vai fazer curso de redação. O padrinho vai pagar.

Anônimo disse...

20:22, o Dr. Gilberto fez o certo. Preservou o MP. Apuração demora e enquanto isso, a assessora continuaria embolsando mais de R$ 10.000,00 por mês. Nada impede o Dr. Gilberto apurar as condições da contratação e provar o favorecimento irregular e que a assessora não preenche os requisitos necessários para a contratação e transformar a exoneração da assessora em destituição de cargo em comissão e também punir os que a favoreceram.

Anônimo disse...

Estou com pena do Dr. Medrado que no final da carreira, deixou sua imagem desgringolar.

Anônimo disse...

Se a natureza do ato foi sancionadora, ele é nulo.

Anônimo disse...

Meu Deus o que será isso!?

Anônimo disse...

O que será feito do processo do jatene? E dos beneficios fiscais? E os demais processos investigados pelo dr Medrado? Tomara que o Procurador-geral dê andamento em todos, sem exceção.

Anônimo disse...

Não entendo tamanha preocupação! O ACUSADOS estão todos numa boa. Pior não vai ficar.

Anônimo disse...

Anônimo disse...
Acompanho a carreira do Dr. Medrado. Pelo que me lembro, só as de maior repercussão e mais antigas, tem as seguintes investigações que ele participou (estão publicadas na imprensa):
- Processo com deferimento da prisão do ex governador Carlos Santos – tinha arquivado, como governador, processo por dívidas de suas lojas;
- Processo da ex governadora Ana Julia (amiga da administração superior) e o presidente COSANPA– estação tratamento lago Bolonha e captação água rio Guamá.
- Almir Gabriel – torres de transmissão FULTELPA e ORM (esse era blindado)
- Jatene (IGUALMENTE BLINDADO) – jatinho governo do estado e ORM – postos de gasolina e, agora, benefícios fiscais (por isso que ele foi afastado) – também processou e investigou o sobrinho Eduardo Salles e a investigação da locação dos carros da DELTA (Carlinhos Cachoeira) ao governo
- sonegação fiscal – só citando as maiores –VISÃO (c/ prisão decretada dos donos – pagaram), BIGBENN (busca e apreensão lojas), YAMADA (pagou com parcelamento dado por Almir Gabriel), LIDER (essa investigação foi citada nos emails da briga dos irmãos – pagou 50 milhões e não 30), FORMOSA, NAZARÉ – CERPA (processo que mais tarde seria parcelado em troca de propina que rendeu o processo do governador no STJ) – e todos os maiores distribuidores/meio-a-meio do entroncamento.
- processo, prisão da diretoria IPAMB
- ex prefeitos de Belém – DUDU (inclusive do BRT que, na Justiça federal, já deu condenação) e Zenaldo (todos 2 em grau de recurso ao STJ)
- ex presidentes da Câmara Municipal de Belém
- caso ALEPA
- Ação de improbidade contra ex presidentes do TJ (Albanira) – TCM – TCE – 2 ex presidentes da ALEPA
- sem falar dos prefeitos e de vários gestores de órgãos.
Quanto às ações de improbidade foram 52. É só contar.

7 de outubro de 2017 11:12


O anônimo fissurado acompanhou os passos da investigação do caso das torres de transmissão da funtelpa orm na promotoria de ações constitucionais? Viu os laços com o Poder Juidicário? Acredito que não porque senão teria excluido da lista.

Unknown disse...

Será que teremos concurso no MPE em 2018?