quarta-feira, 11 de outubro de 2017

MPE – Deslumbramento e arrogância

Socorro Medrado, em primeiro plano, e Maria da Conceição Paiva (de
azul): amizade que pavimentou a nomeação da assessora no MPE.
Descrita como farta em deslumbramento e arrogância, mas parca em substância, de acordo com fontes do próprio MPE Maria da Conceição Paiva teve como principal avalista, para ser introduzida no MPE, Nelson Medrado e contra ela pesou, segundo a versão corrente, a duvidosa habilitação para o cargo para o qual foi nomeada e o claudicante desempenho nas funções. Emblematicamente, ela foi nomeada a 8 de fevereiro deste ano, pelo então procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, por sua falta de escrúpulos e pudores éticos, e que vem a ser amigo, há cerca de 20 anos, de Medrado, seu fiel escudeiro. A nomeação foi tornada sem efeito, por se dar em período eleitoral do MPE, mas a queridinha dos Medrado voltou a ser nomeada assessor especializado de apoio técnico-operacional judicial e extrajudicial, a contar de 11 de abril de 2017, em 25 de maio último, já pelo atual procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente Martins.
Na época da nomeação de Maria da Conceição Paiva, Medrado era o coordenador do Núcleo de Combate à Improbidade e à Corrupção, do qual foi posteriormente exonerado por estar respondendo a um PAD, Processo Administrativo Disciplinar, impedimento para permanecer na função, de acordo com a resolução nº 160 do CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, de 14 de fevereiro deste ano, que Martins apenas cumpriu, em um ato de ofício, do qual não poderia se eximir (Leia aqui).

Foi pelas mãos amigas de Medrado que Maria da Conceição Paiva foi introduzida no MPE, onde embolsava mensalmente R$ 10.396,11, o dobro do que ganham técnicos efetivamente competentes e de comprovada dediucação. Com isso, ela deixou para trás os tempos de vacas magras da extinta Sedurb, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano Regional, atual Sedop, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras, quando era obrigada a vender bolsas, para reforçar o orçamento. Na Sedop, onde permaneceu até maio de 2014, ela foi contratada sem vinculo, com um salário mensal de pouco mais de R$ 2 mil, segundo revela a página da Transparência Pará. Foi na extinta Sedurb, atual Sedop, que Maria da Conceição Paiva conheceu sua fada madrinha, Socorro Medrado, a mulher de Nelson Medrado, que lá aportou enquanto arrastava-se o contencioso judicial que garantiu-lhe a condição de servidora efetiva da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. Na Alepa, Socorro Medrado ganhava pouco mais de R$ 3 mil mensais e passou a embolsar mensalmente algo em torno de R$ 18 mil, no rastro de um PCCR, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, claramente inconstitucional (Leia aqui). O PCCR da Alepa foi referendado, mediando um arranjo espúrio, pelo ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, o amigo pessoal de Nelson Medrado e cuja gestão foi pontuada por recorrentes denúncias de corrupção e malfeitos diversos (Leia aqui).

6 comentários :

Anônimo disse...

O padrinho da sessora não demonstrou o mesmo empenho e desempenho para manter a sessora, como pra reintegrar a madrinha e pra garantir pra esta os 18 mil de salário.

Anônimo disse...

18 Mil é muita grana. E sem prestar concurso público!

Anônimo disse...

Faz o que na Alepa?

Anônimo disse...

16:29, como todo peixe: nada, nada, nada ...

Anônimo disse...

Muito dinheiro pra não fazer nada. Puxa vida!

Anônimo disse...

Não seria o caso de encaminhar essa situação pro doutor Nelson Medrado? Certamente ele iria resolver rapidinho.