quinta-feira, 5 de outubro de 2017

MPE – Assessora patrocinada por Nelson Medrado vocifera sem desmentir denúncia de tráfico de influência


Maria da Conceição Paiva: versão farta em autoelogios, sem, porém,
desmentir a denúncia de tráfico de influência que tisna sua imagem.

Em comentário feito a propósito da postagem MPE – Patrimonialismo na esteira da amizade (Leia aqui), Maria da Conceição Paiva tenta, em vão, justificar sua nomeação para o cargo de assessor especializado de apoio técnico-operacional judicial e extrajudicial no MPE, o Ministério Público Estadual, abrigada no NCIC, o Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção. Em sua versão, farta em autoelogios e na qual desfila sua suposta qualificação para o cargo (Leia aqui), ela passa ao largo da questão basilar, que são as evidências de que sua nomeação deriva do tráfico de influência, sob o patrocínio do procurador de Justiça Nelson Medrado, na época coordenador justamente do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção.
Maria da Conceição Paiva é não só amiga de Medrado, mas em especial da esposa deste, Socorro Medrado, e íntima da família do procurador de Justiça, como evidenciam as fotos pinçadas do Facebook (Leia aqui). Foi pelas mãos amigas de Medrado que ela foi introduzida no MPE, onde embolsa mensalmente R$ 10.396,11, deixando para trás os tempos de vacas magras da extinta Sedurb, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano Regional, atual Sedop, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras, quando era obrigada a vender bolsas, para reforçar o orçamento. Na Sedop, onde permaneceu até maio de 2014, ela foi contratada sem vinculo, com um salário mensal de pouco mais de R$ 2 mil, segundo revela a página da Transparência Pará. Foi na extinta Sedurb, atual Sedop, que Maria da Conceição Paiva conheceu sua fada madrinha, Socorro Medrado, a mulher de Nelson Medrado, que lá aportou enquanto arrastava-se o contencioso judicial que garantiu-lhe a condição de servidora efetiva da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. Na Alepa, Socorro Medrado ganhava pouco mais de R$ 3 mil mensais e passou a embolsar mensalmente algo em torno de R$ 18 mil, no rastro de um PCCR, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, claramente inconstitucional (Leia aqui). O PCCR da Alepa foi referendado, mediando um arranjo espúrio, pelo ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, o amigo pessoal de Nelson Medrado e cuja gestão foi pontuada por recorrentes denúncias de corrupção e malfeitos diversos (Leia aqui).
Maltratando o vernáculo e exibindo a profundidade de um livro de autoajuda, Maria da Conceição Paiva confunde currículo com competência, da qual se revela carente, como evidencia seu próprio relato. Atuando como terceirizada, no serviço público, ou por conta própria, na iniciativa privada, ela exibe uma trajetória opaca, sem jamais permitir-se arriscar-se em um concurso público. Ela jacta-se de ter formação acadêmica em economia e contabilidade, afirma que é especialista em gestão pública e acrescenta que está cursando MBA em perícia e auditoria econômica e financeira. Mas não comprova o registro profissional no Corecon/PA, o Conselho Regional de Economia do Pará (cujo site está indisponível para consultas). No Conselho Federal de Contabilidade seu registro – por sinal suspenso – é de técnico em contabilidade, não de contador, como informa o site da entidade. Para o exercício de atribuições e cargos de economista e contador não basta formação acadêmica, mas o competente registro profissional nos respectivos conselhos.
Sobre a postura pessoal de Maria da Conceição Paiva, os termos do seu comentário são reveladores e corroboram a descrição que dela é feita nos bastidores do Ministério Público Estadual, onde é definida como farta em arrogância e parca em substância. Tanta arrogância talvez explique ela pretender recomendar ao blog cautela com as suas fontes. Não por acaso, em seus 12 anos de existência o Blog do Barata jamais foi desmentido. E não vai ser agora, porque a maior credencial para Maria da Conceição Paiva estar no MPE é, efetivamente, ter o condescendente aval de Nelson Medrado, capaz de nela ver uma insuspeita competência, que os demais assessores do Núcleo de Combate à improbidade e à Corrupção não conseguem vislumbrar.

Não lhe faltassem atributos para tanto, ousaria dizer que o talento de Maria da Conceição Paiva possivelmente se exerceria em outra áreas que não a economia e a contabilidade. Mas este, certamente, não é o caso.

30 comentários :

Anônimo disse...

Muito cedo aprendi que quem tem telhado de vidro dr.Medrado, não joga pedra no vizinho.

Anônimo disse...

Nunca confiei neste Medrado. O sujeito antipático. Parece que tem o rei na barriga.Desde novo ele era estranho.

Anônimo disse...

Que decepção Medrado!

Anônimo disse...

Medrado parecia sério.

Anônimo disse...

Aparência e nada mais.

Anônimo disse...

Só sofisma irmão.

Anônimo disse...

Deveria ter ficado calada.

Anônimo disse...

Também acho.

Anônimo disse...

Isso é só o começo. Ainda vai aparecer muita coisa. Até o momento já surgiu um caso de tráfico de influência(Conceição) e Nepotismo (Sobrinha estagiando no Nucleo) que é vedado pelo CNMP. É dever de ofício à atuação dos ilustres PJ de Improbidade.

Anônimo disse...

Não sei não. Mas continuo não acreditando nesta versão. Será? O homem era tão sisudo, combatia com tanta coragem. Será que o doutor Gilberto não conhecia essa pequena pela sua notória competência. Vamos devagar.O doutor Medrado é um sujeito muito sério.

Anônimo disse...

O Promotor Medrado foi o promotor que mais atuante em todo o MP. Ele e o Promotor Brasil foram os únicos que já tiveram coragem de processar o Governador. As organiizações Maiorama. Todos os políticos da ALEPA, Vários prefeitos

Anônimo disse...

Vc está por fora. Esse é o efeito sofisma companheiro.

Anônimo disse...

Só provoca muito barulho. Aproveita pra surfar na cristã da onda, com toda mídia que tem direito e depois que passa, acomoda aquela situação ele abandona. A resolutividade ê zero. Diferente do MPF que prende os autores dos delitos e nem a Suprema Corte consegue liberar.

Anônimo disse...

O Brasil todo mundo sabe que é Barbalho doente. Deixa o Elder ganhar pra governador aí vcs vão ver quem é o Brasil.

Anônimo disse...

Quero ver se vão trabalhar como o Dr. Medrado fazia. O blog tem as ações dele

Anônimo disse...

quem dera que as autoridades promotores só tivessem a acusação de nomear conhecidos para cargos de confiança. O mp tem caso de nepotismo cruzado. nomeação de parentes. parentes vendendo para orgão. assédio sexual e moral. arquivamento de ação contra o jader e outras autoridades.não investigou caso cerpasa. venda da celpa.

Anônimo disse...

10:54, faltou incluir na tua lista, a denúncia do promotor Savio Campos, que pediu ao PGJ que ajuizasse Ação de Inconstitucionalidade para anular o PCCR da ALEPA mas que o PGJ Marcos das Neves arquivou, beneficiando servidores que passaram imediatamente a embolsar salários absurdamente elevados. As circunstâncias desse arquivamento deveriam ser investigadas pelo blogueiro e pelo atual PGJ, Gilberto Valente que tomou posse com um austero discurso de combater corrupção e improbidade. Esse caso do PCCR da ALEPA é um ótimo treino para o PGJ Gilberto Valente mostrar a que veio e que o que disse na posse, não foi apenas um discurso pra ser divulgado na imprensa e causar boa impressão. Mostre que seu discurso, Dr. Gilberto, foi elaborado de acordo com suas convicções e disposição de fazer.

Anônimo disse...

14:13, sabendo quem se beneficiou com o PCCR da ALEPA, é desnecessário investigar as circunstancias do arquivamento da denuncia do PJ Sávio Campos.
O PGJ deveria apurar imediatamente a responsabilidade do que assinou e do que elaborou a peça do arquivamento.
Esse PCCR continua sangrando os cofres públicos, com a benevolência do MP. Estanque essa sangria, Dr. Gilberto, tomando providencias urgentes.

Anônimo disse...

Tudo isso é verdade. Mas não é motivo para não investigar o Xerife. Caiu na rede do Barata com fortes indícios precisa ser investigado. Acredito que ele não teria mais isenção para continuar no Núcleo.

Anônimo disse...

Tal qual a virgindade, uma vez perdida não recupera nunca mais.

Anônimo disse...

tem que investigar as outras coisas também e continuar as investigações já iniciadas. O dr. Gilberto ainda não disse para o que veio. só lari-lari. se não fizer até dezembro, em ano de eleição é que não faz.

Anônimo disse...

90% dos promotores e procuradores do MP do pará são covardes. Medrado e brasil são exceções e por isso são os mais conhecidos da sociedade. Dentre esses covardes com certeza estão alguns desses anônimos dai de cima. Alias além de covardes são extremamente invejosos!

Anônimo disse...

Estou de pleno acordo com o anônimo acima. Investigar tudo! Esse é o dever do Ministério Público. Sem esquecer o crime do Xerife. Pra quem não sabe tráfico de influência é crime.

Anônimo disse...

Não tente desviar o assunto. A bola da vez é o desvio de conduta do doutor Nelson Medrado.

Anônimo disse...

Tem que instaurar uma investigação. O resto é sofismo.

Anônimo disse...

Apurar que crime... Nepotismo não é por não ser parente. Tráfico de influência muito menos (art. 332 - “solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”). Na verdade quem escreveu a notícia e os comentários é um nada jurídico. Se for por questão de proficiência cabe aos novos coordenadores do Núcleo avaliar a competência da assessora.

Anônimo disse...

21:38, a assessora é amiga da esposa do Dr.Medrado. As fotos do blog provam a amizade entre elas.
O Dr. Medrado não tem como negar que sabia da amizade antiga dessa assessora, com a esposa dele porque as fotos do blog mostram o Dr.Medrado em reunião familiar com a presença da assessora.
Estás dizendo que essa senhora não foi indicada assessora pela relação de amizade com a família do Dr. Medrado?
Estás dizendo que o Dr. Medrado não influenciou na nomeação dela para assessoria no MP e nem influenciou na lotação dela no Núcleo para trabalhar diretamente sob as ordens dele?
Só dá para aceitar que essa nomeação não é imoral, se o Dr. Medrado vier a publico dizer que não teve qualquer envolvimento ou participação na nomeação dessa senhora para o DAS de assessora no MP.
O compadrio na contratação de assessores, é conduta reprovável porque privilegia critérios outros como a amizade.
Não é porque não pode ser nepotismo, que a nomeação dessa assessora seja regular porque essa nomeação pode ter violado princípios outros como o da impessoalidade.
Apurar as circunstâncias da nomeação dessa assessora é que permitirá ver se essa nomeação se deu sem irregularidade administrativa e se não houve tráfico de influencia.
O anônimo está muito seguro que a nomeação está regular, que não houve trafico de influencia como se soubesse detalhes dessa nomeação e sendo assim, poderia expor no blog para que todos saibam esses detalhes, caso contrário, o anônimo está agindo no afogadilho e está expondo opinião sem saber dos detalhes que levaram à nomeação.
A possibilidade de negociação de cargos comissionados para os amigos, pode se dar em troca de apoio e é o que faz a ética administrativa ir de ralo abaixo.
A credibilidade administrativa se extingue quando os cargos públicos são distribuídos de acordo com o prestigio que o padrinho possui.
Não importa o grau de relação interpessoal com quem o colocou no cargo, o servidor será sempre codependente de quem o indicou.
O agente público não pode ter ligação de dependência ou favoritismo com ninguém, de nenhuma natureza.
Enquanto existirem os famosos DAS e estes forem utilizados como meio para obtenção de vantagens particulares, não há porque acreditar em moralidade.
Só após a criação de normas que definam critérios objetivos e devidamente aplicados para as nomeações, é que a feira de troca de favores por cargos vai diminuir.
Existem milhares de pessoas que se dedicam aos estudos e são competentes mas não conseguem ocupar DAS porque não têm os famosos padrinhos.
Servidores concursados são preteridos na ocupação de DAS por quem tem padrinho.
Ficará provado que a nomeação da assessora ocorreu por influencia do Dr. Medrado e da amizade da nomeada com a familia dele. Basta verificar as circunstâncias dessa nomeação.

Anônimo disse...

Nepotismo e tráfico de influência são comportamentos diferentes, tratados de forma distinta. Tanto que só o segundo é þatado como crime.

Anônimo disse...

09 de outubro de 2017, 21:38, talvez a assessora tenha alguma familiaridade com números, porque a versão oferecida pela assessora ao blog, mostra pouca familiaridade com o vernáculo.

Anônimo disse...

10 de outubro de 2017 01:20 tem razão. Isso torna todo o Núcleo suspeito. Tem que tirar logo todo mundo de lá.