domingo, 2 de abril de 2017

MPE – Quando a vítima é também cúmplice

Nelson Medrado: postura silente diante da omissão do procurador-geral.

Fonte do próprio MPE observa que soa estranha a letargia de Nelson Medrado, pela condição de procurador de Justiça, na esteira da omissão de Marcos Antônio Ferreira das Neves, ao deixar de cumprir, como procurador-geral de Justiça, um ato de ofício – que era autorizar, ou não, o ajuizamento da ação civil pública, por improbidade administrativa, contra o governador Simão Jatene, a secretária estadual de Administração, Alice Viana Soares Monteiro, e o filho de Jatene, Alberto Lima da Silva Jatene, o Beto Jatene. “O procurador-geral tinha a obrigação de se manifestar, seja autorizando, seja negando a autorização para que a ação fosse ajuizada, mas não o fez e não foi questionado diante da omissão”, pondera essa fonte.
A mesma fonte sublinha que, como procurador de Justiça, Medrado poderia ter questionado a omissão de Neves no âmbito do próprio MPE, para obrigar o procurador-geral a cumprir um ato de ofício, manifestando-se sobre o assunto. Seja recorrendo à corregedoria, seja ao conselho superior, seja ao colégio de procuradores. Medrado poderia, inclusive, ter recorrido ao CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público, para obrigar Neves a se manifestar, mas não o fez, acentua a fonte do blog. Trata-se, para essa fonte, de uma “estranha omissão” do probo procurador de Justiça.

Nesse imbróglio é inevitável concluir, ao fim e ao cabo, que Medrado e Brasil protagonizam aquela situação clássica, na qual a vítima é também cúmplice, por atos ou omissões. Pretender transferir para a decisão da juíza Kátia Parente Sena a responsabilidade pelo PAD instaurado contra Nelson Medrado e Armando Brasil equivale a repetir o marido traído da anedota, que joga o sofá pela janela, para preservar a mulher adúltera. O responsável pelo PAD a que responderão Medrado e Brasil tem nome e sobrenome, como bem sabem ambos, ainda que recalcitrem em identificá-lo – chame-se Marcos Antônio Ferreira das Neves.

6 comentários :

Anônimo disse...

Parece até que são farinha do mesmo saco. Quando Dr. Nelson Medrado, que tem sido ético e justo, passa a apoiar e validar o que fez Marcos Antônio.

Anônimo disse...

Pois é! Não dá pra entender

Anônimo disse...

Olha, os Drs. Nelson Medrado e Armando Brasil são pessoas probas. Por retaliação do Promotor Marco Antonio, já foram autorizados a abrirem investigação prá cima do jateve. Vem chumbo grosso por aí. Aguardem.

Anônimo disse...

Gente, não tem o que comemorar, isso tudo só está acontecendo porque o governador não fez a vontade do, ainda, PGJ Marcos das Neves. Se o governador tivesse feito a vontade dos das Neves tudo continuaria como estava, tudo engavetado. Porque o MP não cumpriu com sua missão tempestivamente? Tudo bem, antes tarde do que nunca, mas e se não fosse o descontentamento do atual PGJ? O interesse de um grupo se sobrepõe aos interesses de toda a sociedade? Muito triste essa situação. O MP tem por obrigação cumprir o seu dever, sem depender de troca de favores.

Anônimo disse...

Concordo! Se o governador tivesse escolhido o candidato do Pgj Marcos, nâo haveria investigação.Tem que apurar essa conduta do sr.Marcos Neves

Anônimo disse...

Isso só aconteceu porque o bode velho não escolheu o indicado pelo das Neves. Há anos e anos que isso vem acontecendo, todos nós sabemos, e não acontece nada. TJ, MP, TCs e todos os órgãos públicos corrompidos.