segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

DESCALABRO – TCE tem quase 10 vezes o total de comissionados do TCU e sequer ¼ dos servidores deste



Não por acaso conhecido como o Palácio das Sinecuras, o TCE, Tribunal de Contas do Estado do Pará, mais do que nunca corresponde à fama que a ele aderiu, particularmente na gestão como presidente do conselheiro Cipriano Sabino, um ex-deputado de perfil fisiológico e parcos escrúpulos. No tribunal há uma profusão de cargos comissionados, tradicionais fontes de sinecuras e de denúncias de servidores fantasmas, dos quais se serviriam inclusive conselheiros, para se locupletar à margem da lei, embolsando parte da remuneração de assessores pagos para não comparecerem ao tribunal. Um recente levantamento constatou que o TCE tem quase 10 vezes o total de comissionados do TCU, o Tribunal de Contas da União, sem ter sequer ¼ do total de servidores deste. O TCE, que tem hoje 612 servidores ativos, abriga atualmente 259 servidores comissionados, dos quais 172 não são efetivos, 45 são efetivos, 38 são requisitados e quatro sub judice. A maioria dos servidores sub judice é constituída por ex-temporários, aos quais tentaram enquadrar como “servidores estatutários não estáveis”, uma aberração enfim sepultada, mas alguns beneficiários do cambalacho permanecem nos quadros de efetivos e comissionados, amparados em liminares graciosas. Detalhe revelador da farra de cargos comissionados no TCE: existem, hoje, 237 cargos de provimento efetivo vagos no tribunal. Trata-se de um acintoso deslabro em um estado com índices sociais pífios como o Pará.

Na contrapartida, o TCU, com um total de 2.562 servidores, tem apenas 26 servidores comissionados, dos quais 22 não têm vínculos com a administração pública, um é requisitado de outro órgão e três são servidores de carreira do tribunal. Os cargos de livre provimento ocupados no TCE representam, portanto, mais de 42% do total de 612 servidores ativos, enquanto que, no TCU equivalem a 1% do total de 2.562 servidores ativos. O levantamento também revela que no TCU, há apenas dois tipos de cargos comissionados: oficial de gabinete e assistente. No TCE há uma profusão de cargos comissionados. São 48 os tipos de cargos comissionados no Tribunal de Contas do Estado, um vasto cardápio à disposição do nepotismo cruzado e do tráfico de influência.

17 comentários :

Anônimo disse...

Barata, no Pará manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Se em nosso Estado existisse respeito em relação ao Ministério público e Poder Judiciário situações deploráveis como a do Tribunal de Contas do Estado não existiriam.
Quem tem boca (sic) tem medo!

Anônimo disse...

Barata, essa vergonhosa/imoral realidade retratada no âmbito o TCE, certamente, nenhuma surpresa causa à sociedade paraense, a qual é, infelizmente, a mantenedora dessa orgia administrativa.
O que causa indignação mesmo, é a sepulcral conivência do MPE com essa balbúrdia que atenta contra todos os princípios norteadores da Administração pública.
Barata, Boris Casoy diria: "Isto é uma vergonha!".

Anônimo disse...

Que VERGONHAAAA!!!
A sociedade paraense espera que essa realidade mude 100% com a convocação de todos os aprovados no recente concurso público do TCE. Vamos aguardar para ver...

Anônimo disse...

FALTA DE RESPEITO PARA COM AS PESSOAS QUE PRESTARAM CONCURSO PÚBLICO DESTA INSTITUIÇÃO. E FALTA DE RESPEITO COM TODA A SOCIEDADE QUE ESPERA QUE OS ÓRGÃOS PÚBLICOS SEJAM SINÔNIMO DE BOA ADMINISTRAÇÃO E NÃO UMA FERRAMENTA DE PRESTAÇÃO DE FAVORES POLÍTICOS.

Anônimo disse...

É o vergonhoso equilíbrio dos poderes, um faz, outro finge que não ver...E assim poucos se beneficiam...

Anônimo disse...

Realizam concurso só para externalizar a intenção de atender a constituição do nosso país, mas na realidade concursados convocados não existe!

Anônimo disse...

VERGONHA E DESCALABRO!!!! Nós servidores concursados convivemos diariamente com essa indecência dentro deste palácio de sinecuras, onde os "assessores" e cabides ganham o dobro e até o triplo sem nunca terem trabalhado num órgão público e muito menos saber os princípios da Adm. Pública , como boa fé e assiduidade.

Vim de outro Estado concursado por este órgão e o que sinto é a mais pura vergonha!!!!!!!

Anônimo disse...

(Continuando...)

É tanta bagunça promovida pelos conselheiros da casa que fingem não saber de nada.
Procure por exemplo a nora do pastor e deputado Josué Bengtson. Karla Bengtson é, acreditem se quiserem, Assessora de Tecnologia da Informação (mal sabe mexer em um computador, não possui qualquer formação na área, mas faz parte da "família correta) e é remunerada com mais de 10 mil reais por isso. Procure a nora do nosso tão empolgado presidente da ALEPA e a encontrará sentadinha na procuradoria jurídica do TCE, útil como um vaso de plantas de plástico, ganhando mais de 10 mil reais... Quer ser senador, Marcio Miranda? Explica essa aí!

O cargo de assessor de tecnologia da informação no TCE é um espetáculo a parte. Caso você encontre no portal da transparência algum "assessor de tecnologia da informação", saiba que somente UM é de fato. Os demais estão todos abrigados e bem pagos por aí. É uma ferramenta incrível utilizada há muito tempo para agradar Bengtsons, Cherfans, mais "assessores" de conselheiro (tem gabinete com 2 inclusive, olha a sacolinha) etc.

O que esperar de uma casa governada por ex deputados de desempenho ridículo, de inúmeros escândalos e que presta o maior papel de hipócrita perante a sociedade? O TCE é hipócrita, dirigido por hipócritas e custa mensalmente muito mais à sociedade do que os valores que alega que consegue recuperar. Sabe os amiguinhos dos conselheiros, os grandes secretários de governo? Fiscalização nenhuma que resulte em torná-los inelegíveis ou impossibilitados de ocupar secretarias vai pra frente e aí é que estão os grandes valores. Lembra do Domingos Juvenil? Na época a "fiscalização" do TCE disse que estava tudo ok com as continhas do bigode de vassoura.



Cada gabinete de conselheiro custa valores absurdos. Não existe um apadrinhado que ganhe menos de 6 mil reais na casa, a esmagadora maioria é composta de inúteis que sequer batem seus pontos de entrada e saída, mas que são muito bem apessoados ou bem nascidos entre os marajás da política local. No departamento de comunicação da casa há inclusive marido sendo chefe de esposa (algo que o RJU torna completamente ilegal). Em lugar nenhum pode, mas no TCE tá tudo liberado.

O final de 2016 foi super engraçado. Tivemos o Conselheiro Luis Cunha (presidente à epoca) buscando ser tratado como herói por ter "conseguido" pagar o 13º dos servidores.
Se não tivesse enchido a casa de encostado de luxo seria mais fácil, conselheiro...

É bom a sociedade ficar de olho no TCE e também no TCM (que já deveria ter sido extinto por excesso de corrupção e de dinheiro desviado para campanha de um certo ex-vereador e atual deputado estadual jovenzinho com sobrenome Araújo), pois estes são parte vital da corrupção que assola o estado inteiro. Te cuida, paraense...

Anônimo disse...

A nora do pastor e deputado Josué Bengtson, Karla Bengtson, mal sabe mexer em um computador? Um absurdo. O Tribunal de Contas não pode admitir isso. Vamos dar uma solução? Coloquemos ela na Diretoria de Contas.

PORTARIA Nº
31.980, DE 01 DE
FEVEREIRO DE
2017.
1 – EXONERAR KARLA LESSA BENGTSON, matrícula 0100927,
do cargo de Assessor de Tecnologia da Informação NS-02, a
partir de 01-02-2017;
2 - NOMEAR a referida servidora para exercer o cargo em
comissão de Diretora da Escola de Contas NS-02, a partir de
01-02-2017.

Anônimo disse...

É assim que todas as contas do Estado são aprovadas. Não poderia ser diferente com Conselheiros políticos e fiscalizações conduzidas por afilhados (sem independência funcional e capacidade técnica).

O TCE e o TCM têm que barrar essa onda de Processos Seletivos Simplificados em nosso Estado. Como já não conseguem criar mais DAS para acomodar seus cabos eleitorais, o jeito está sendo colocá-los como temporários.

No entanto, se nem os aprovados do concurso deles, eles chamam, imagine se vão intervir na admissão de pessoal dos outros órgãos (embora tenham por obrigação legal)? Uma colega estudou muito para o concurso do TCE e foi aprovada entre os primeiros lugares de uma lista gigantesca de cadastro de reserva. Ficou bem dentro das vagas, mas já me disse que talvez não entre esse ano.

Anônimo disse...

O cardápio parece vasto, mas não é nada variado. É TUDO PEIXE.

Anônimo disse...

Barata, por favor, faça um post e comente sobre a não convocação dos concursados. O órgão está repleto de "penduricalhos" e o que a nova presidente faz no seu 1º dia de trabalho? Demite as pessoas responsáveis pela realização do concurso, assim como a gerência e coloca o assunto como a última prioridade do TCE. Absurdo!

Unknown disse...

Uma vergonha, depoi o Estado não tem dinheiro pra nada, temos que acabar com esses patifes de M, acabar com TCE e TCM e várias outras repartições que não servem pra nada.

Anônimo disse...

na cdp companhia docas do pará tem muito isso.

Anônimo disse...

26 comissionados entre 2500 servidores do TCU x 259 comissionados entre 600 servidores do TCE PA? Quem controla esse tribunal de contas? Nosso dinheiro está indo para o ralo.

Denunciem

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd1URBiZrwtHtpUlEADiCyJ8Cq-pXd2uTt2eT3tGn0NiCNooQ/viewform

https://www2.mppa.mp.br/sistemas/gcsubsites/index.php?action=Orgao.site&oOrgao=80

Anônimo disse...

faça matéria sobre a falta de nomeação dos aprovados no último concurso, bem como a quantidade de comissionados nomeados nos últimos meses.

Anônimo disse...

Esses vagabundos do tce/tcm não prestam contas a ninguém. Jogam solto, fazem o que bem entendem. Um verdadeiro antro de ladrões.